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Mulheres no ensino superior são maioria: entenda o motivo

O mercado de trabalho está mudando, e isso é reflexo, inclusive, do maior acesso que as pessoas estão tendo à educação. O fomento ao ingresso e à permanência de jovens e adultos no ensino superior vem criando uma dinâmica logo mais adiante, nas empresas. E não é só isso que tem impactado esse cenário. A participação das mulheres no ensino superior, como a maioria das estudantes, também tem seu mérito.

Depois de um longo histórico que inclui a proibição do estudo para as mulheres, as restrições de cursos e de conteúdos e até mesmo a impossibilidade de frequentar uma faculdade em função dos deveres domésticos, as mulheres vêm, finalmente, ocupando seus respectivos lugares dentro das maiores referências de ensino superior no Brasil e no mundo. E é sobre isso que você vai conferir neste conteúdo. Vamos lá? Aproveite a leitura!

Confira os dados que comprovam a dominância das mulheres no ensino superior

É possível afirmar que o perfil do estudante de ensino superior brasileiro é branco, feminino, com idade entre 19 e 24 anos, que estuda em instituições privadas, à noite, completou o ensino médio em escola pública, mora com os pais e trabalha para somar uma renda de até dois salários mínimos.

A sociedade vem avançando constantemente no que diz respeito não só à participação, como também à dominância das mulheres no ensino superior. Se, no início da história do ensino superior, ter uma graduação era algo impossível para uma mulher, hoje, elas são a maioria nos meios universitários.

Uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que elas têm avançado muito em relação à sua participação em atividades produtivas, acesso a recursos, à educação, à vida pública e à tomada de decisão. Entre os dados apresentados pelo instituto estão que:

  • as mulheres estudam por mais anos do que os homens;
  • 21,5% das mulheres completaram a graduação, enquanto apenas 15,6% dos homens atingiram o mesmo feito;
  • outro levantamento mostra que 57% dos estudantes de ensino superior são mulheres;
  • elas ocupam cerca de 71,3% das vagas nos cursos de Licenciatura;
  • no Bacharelado, 54,9% são do sexo feminino;
  • na área de saúde e bem-estar, esse número sobre para 72,1%;
  • as mulheres também são a maioria nos cursos de Pedagogia (92,5%); Serviço Social (89,9%); Nutrição (84,1%); Enfermagem (83,8%); Psicologia (79,9%) e Fisioterapia (78,3%).

Veja como as mulheres estão dominando o espaço de ensino superior

A dedicação e o interesse em conseguir uma qualificação, bem como ascender na carreira e conseguir desempenhar um papel profissional satisfatório é, provavelmente, um dos fatores de maior peso na hora das mulheres escolherem ingressar no ensino superior. Mesmo assim, esse é um caminho que pode se tornar bastante difícil e cheio de desigualdades.

Apesar de serem a maioria e estarem inseridas nas mais diversas áreas de estudo, as mulheres ainda sofrem duras diferenças em relação às oportunidades que recebem e, principalmente, ao salário ofertado em contrapartida pelos seus serviços.

Reconheça a importância das ações afirmativas

Você já parou para pensar em como as mulheres ainda têm menos oportunidades ou remunerações no mercado de trabalho se elas estão se qualificando em um número muito maior do que os homens? Isso é, sobretudo, uma carência de ações afirmativas, que reforcem a relevância da igualdade de gênero e da criação de espaços igualitários em todos os locais.

Desenvolver uma sociedade mais justa e menos desigual precisa ser construído no dia a dia, justamente por meio dessas ações que reafirmam e reforçam o posicionamento esperado de todos, homens e mulheres.

Saiba como a participação feminina no ensino superior muda o mercado de trabalho

A participação massiva das mulheres no ensino superior tem provocado transformações no mundo do trabalho. Não é difícil prever que, com o grande ingresso feminino nas faculdades, elas acabam se qualificando muito mais do que os homens para a vida profissional.

Apesar de, há algum tempo, as mulheres praticamente não ocuparem cargos decisivos, hoje, essa realidade já vem mudando. Apesar disso, ainda que as mulheres estejam mais qualificadas, existe uma forte incidência de casos em que elas ganham menos do que os homens e têm outras dificuldades, como entrar no mercado de trabalho.

Em geral, institutos como o IBGE atribuem a isso o fato de que as mulheres ainda acabam dedicando seu tempo ao cuidado de outras pessoas do grupo familiar ou dos afazeres domésticos, com cerca de 73% (10,5 horas) a mais do que os homens. Isso diminui seu tempo disponível para se dedicar aos estudos superiores, especializações e assim por diante.

Um relatório da Education at Glance 2019, uma espécie de raio-X da educação, mostra que a empregabilidade entre as mulheres brasileiras que têm entre 25 e 34 anos com ensino superior é de 82%. Já as que têm ensino técnico é de 63%, e esse número cai para 45% para as que não têm essa capacitação.

Entre os homens, no entanto, os números são bem mais altos:

  • 89% de empregabilidade para quem tem ensino superior;
  • 76% para quem tem ensino técnico;
  • 76% para quem não tem qualquer formação superior.

As mulheres são bem representadas nas áreas da educação e das ciências sociais, por exemplo. Enquanto os homens ocupam a grande maioria dos cargos na área de tecnologia da informação, engenharia e construção.

Entenda como e por que assumir uma postura pró-feminista

A participação feminina no ensino superior e no mercado de trabalho já avançou muito. No entanto, tudo isso se deve à ação intensiva de mulheres que lutaram por seus direitos ao longo de muitos anos. Portanto, hoje, o que podemos fazer é reforçar essa voz e criar espaços de igualdade e reconhecimento para essas pessoas.

Infelizmente, nós ainda vivemos em uma sociedade que sobrecarrega grande parte das mulheres com afazeres e cuidados domésticos, enquanto os homens têm muito mais disponibilidade de tempo para se dedicar ao aperfeiçoamento profissional. Isso faz com que as mulheres busquem alternativas de trabalho e de ensino mais flexíveis para dividir sua atenção entre tudo.

Facilitar o acesso das mulheres ao ensino superior com opções flexíveis de cursos, horários e metodologias é um bom começo. Porém, não é tudo. Cada um tem um papel importante e fundamental na criação de oportunidades, espaços de fala e atuação e na promoção do ingresso e da ocupação das mulheres, seja nas salas de aulas, seja dentro das empresas.

Coloque o empoderamento feminino em prática

Todos podem se envolver nesse sentido e reforçar essa luta. Portanto, informe-se sobre o assunto, procure ler a respeito e faça a sua parte no empoderamento feminino.

Se você gostou deste conteúdo sobre a participação das mulheres no ensino superior, não deixe de conferir nosso e-book sobre como acertar na escolha da faculdade ideal!

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