Como se tornar um gestor financeiro? Dicas para crescer na carreira!

como se tornar um gestor financeiro

Atingir o cargo de gestor financeiro pode ser feito através da junção de formação adequada, de aquisição de experiência e atenção às oportunidades do mercado profissional. É uma posição de grande responsabilidade e, por isso, recrutadores são extremamente rigorosos nessa contratação.

Lidar com planilhas, ERPs e indicadores-chave de desempenho são só o básico em um gerenciamento de finanças. Se você deseja atingir um cargo de líder financeiro, precisa estar em formação contínua e de fato praticando seus conhecimentos. A guerra faz o soldado e o estudo o transforma em general.

Preparamos o artigo abaixo para que você saiba como planejar e agir no seu desenvolvimento profissional, alcançando novos patamares na sua carreira em finanças. Confira como são as habilidades exigidas na trajetória profissional em finanças e como obtê-las.

Carreira em Finanças: como se tornar um gestor financeiro?

O avanço da carreira em finanças e o alcance de cargos grandes, como diretor ou gestor financeiro, depende basicamente de estudo e experiência. Só que falar de forma aberta assim não ajuda muito, né? Por isso, abaixo colocamos de forma objetiva e detalhada o que você precisa para avançar profissionalmente na área de gestão financeira.

Educação e Qualificações

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Existem pessoas hoje em dia que acreditam que diplomas não tem mais serventia para o avanço na carreira profissional como um todo. Isso é um mito e dizemos que, sem formação, você dificilmente chegará longe. O salário de um gestor financeiro vai de 3 a 19 mil no CLT e só quem se qualifica chega aos maiores.

A busca por esse cargo pode começar por diferentes portas. Um técnico ou tecnólogo em gestão financeira, administração, contabilidade ou economia, são bons inícios. Quanto mais específico, mais rápido você adquire os conhecimentos pedidos na gestão financeira.

Depois disso, a formação fica mais estreita. Você precisa buscar conhecimentos adicionais que seu curso não forneceu sobre processos financeiros, caso esse curso não fosse específico da carreira, e, então, ir para os próximos níveis. 

  • Certificações Profissionais

Certificações profissionais são provas de que você obteve conhecimentos pontuais e específicos na sua carreira. Muitas pessoas subestimam a força de um certificado no currículo, mas eles atestam habilidades que podem faltar nos seus concorrentes.

Isso é, sem contar, claro, que esse conhecimento específico terá impacto direto na sua capacidade de solução de problemas na gestão financeira. Uma certificação de analista financeiro, por exemplo, já aumenta em muito seu valor profissional.

Conheça algumas principais certificações profissionais na área de gestão financeira:

  • Analista financeiro;
  • Metodologias Ágeis;
  • Gestão Estratégica de Custo;
  • Administração de Condomínios (nicho de gestão financeira imobiliária);
  • Contabilidade comercial;
  • Processos de Gestão Administrativa;
  • Sigma SIX (multidisciplinar);
  • Analista de investimentos;
  • Gestão de riscos financeiros;
  • Planejamento financeiro;
  • Técnico de mercado financeiro.
  • Cursos de Especialização e MBAs

Quando falamos mais acima de salários que começam com R$3 mil, estávamos falando dos cargos para pessoas com graduação apenas. Os maiores ganhos vêm para quem pode assumir compromissos reais de um líder do setor financeiro, como gestor ou diretor.

Formação contínua em finanças significa progressão contínua em salários e cargos. Por isso, obter MBA em finanças ou gestão financeira empresarial pode trazer resultados reais para sua carreira. 

Veja sugestões de áreas de especialização para seu MBA, mestrado ou outro tipo de pós-graduação em finanças:

  • Consultoria empresarial;
  • Economia financeira;
  • Empreendedorismo contábil;
  • Finanças com ênfase em mercado de capitais;
  • Finanças e análise de risco;
  • Finanças e controladoria;
  • Finanças internacionais;
  • Finanças, auditoria e controladoria;
  • Gestão bancária e fintechs;
  • Gestão estratégica de negócios;
  • Gestão pública;
  • Gestão estratégica em compras;
  • Gestão pública;
  • Gestão estratégica tributária;
  • Gestão financeira empresarial estratégica;
  • Gestão ágil;
  • Planejamento tributário;
  • Gestão comercial;
  • Gestão tributária contábil;
  • Processos gerenciais;
  • Análise financeira e estratégia empresarial;
  • Avaliação estratégica de investimentos e gestão financeira;
  • Compliance e gestão de riscos;
  • Contabilidade com ênfase em tributos;
  • Contabilidade, perícia e auditoria;
  • Economia criativa;
  • Gestão de custos e planejamento estratégico.

Desenvolvimento de Habilidades

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Cursos e certificações no geral são recursos fundamentais para o avanço da carreira em finanças. Só que há habilidades bem específicas que você também precisa obter, através de certificação ou estudo autodidata. Preparamos algumas das principais na lista abaixo:

  • Habilidades Técnicas
    • Elaboração ou ao menos uso avançado de planilhas como Excel;
    • Uso de ferramentas modernas de gestão financeira, como ERPs;
    • Análise de dados com capacidade de tomada de decisão;
    • Elaboração de relatórios financeiros completos, dinâmicos e de fácil compreensão;
    • Capacidade de modelagem, acompanhamento e análise de ferramentas de organização de processos e estratégias, como PODC, matriz SWOT e fluxogramas;
    • Conhecimento atualizado de leis e regulamentações financeiras;
    • Análise e gestão de riscos e investimentos;
    • Elaboração de orçamentos;
    • Previsão de resultados com base em leitura de dados;
    • Matemática avançada no geral;
    • Dinâmicas da indústria;
    • Conhecimento avançado sobre os conceitos básicos da gestão financeira (fluxo de caixa, impostos, rentabilidade de aplicações);
    • Formação de preço;
    • Análise de custos;
    • Domínio dos meios de cobrança e pagamento (análise de taxas, vencimento etc);
    • Gestão de taxas;
    • Conhecimento em encargos trabalhistas;
    • Elaboração de gráficos eficientes e inteligentes;
    • Uso de inteligência artificial;
    • Gestão de Processos;
    • Automação de tarefas de rotina com execução precisa;
    • Auditoria financeira;
    • Inteligência em negócios;
    • Mercado monetário e taxas de câmbio.
  • Habilidades Interpessoais

O gestor financeiro não é responsável apenas por lidar com dinheiro, mas também com pessoas. Sua educação continuada em finanças também deve abordar suas habilidades ao lidar com colegas, colaboradores, superiores e parceiros de trabalho.

Confira algumas das principais habilidades interpessoais esperadas de um gestor financeiro:

  • Liderança;
  • Storytelling de dados (mostrar de onde veio, por onde passou e para onde deve ir de forma humana e efetiva);
  • Comunicação clara, objetiva e completa;
  • Colaboração;
  • Capacidade de escuta e fala empática com pessoas de todos os níveis hierárquicos;
  • Resolução de conflitos;
  • Flexibilidade;
  • Proatividade;
  • Habilidades de apresentação de informações no geral;
  • Gestão de recursos humanos básica (na parte de comunicação e interação, não necessariamente habilidades de, por exemplo, endomarketing);
  • Gestão de equipes;
  • Delegação de atividades inteligente;
  • Construção de bons relacionamento profissionais;
  • Capacidade de networking;
  • Separação de relações profissionais e pessoais no geral;
  • Solução de problemas;
  • Pensamento crítico;
  • Adaptabilidade;
  • Atenção ao detalhe.

Planejamento de Carreira

O planejamento de carreira de um gestor financeiro é uma atividade que, por si só, já auxilia nos seus estudos. Essa tarefa exige habilidades que também são utilizadas ao fazer um plano financeiro, como segmentar atividades em passos dentro de um objetivo maior.

Mostraremos abaixo como você pode fazer esse planejamento, mas quero chamar a sua atenção para outro ponto antes. Serve para sua carreira e para seu trabalho com gestão financeira.

Adaptabilidade é tão importante quanto planejamento, pois oportunidades e obstáculos novos aparecem a todo momento e seus passos devem contemplar até mesmo esses desvios de caminho.

Vamos às dicas de planejamento de carreira:

  • Definição de Objetivos

É preciso entender com clareza onde você quer estar amanhã, semana que vem e daqui a cinco anos. Sua vida é definida por ações de curto prazo e as consequências delas a longo prazo. É como escalar uma montanha, você deve pensar em cada fissura que se apoiará visando o percurso como um todo. 

O começo da definição de objetivos é olhar para a situação atual. Quem é você profissionalmente, qual sua formação, qual sua experiência e o que você é capaz de fazer? 

Com base nessas respostas, você se pergunta onde gostaria de estar daqui a, digamos, 10 anos. Esse objetivo a longo prazo é mutável, passará por alterações e isso é natural conforme as oportunidades e obstáculos se apresentam, mudando as possibilidades e até os seus interesses pessoais.

Logo, esse objetivo a longo prazo pode ser algo abrangente, como “quero ser um diretor financeiro”, ou bem específico, como “quero ser gestor financeiro da empresa x”. Só que tenha em mente que o objetivo a longo prazo específico será mais simbólico, pois tanto você quanto essa empresa passarão por transformações nesse período. 

O passo seguinte é elaborar os planos a médio prazo, que são aqueles entre um e cinco anos. Eles devem estar dentro dos seus objetivos a longo prazo. Se o seu objetivo é se tornar gestor financeiro da empresa x, precisa pensar em formações e experiências profissionais que o ajudarão a chegar lá.

Isso envolve tanto os conhecimentos da sua área quanto às necessidades características do setor daquela empresa. Quem deseja ser um grande gestor da indústria alimentícia tem que saber os custos de aquisição e manutenção de máquinas para liofilização, pasteurização etc. 

Diferente dos planos a longo prazo, os de médio prazo são mensuráveis e mais claros. A partir dessa parte do planejamento, você deve analisar e calcular suas ações de forma objetiva. “MBA no curso x em y anos”, “Experiência no exterior no país z trabalhando na atividade n”, etc.

A curto prazo, suas ações são as que você faz hoje, esta semana, este ano. As certificações que você quer receber, para onde enviar seus currículos, assuntos que deve estudar, eventos para participar etc.

  • Criação de um Plano de Ação

Quando você sabe onde quer chegar, fica mais fácil encontrar um caminho. A definição de objetivos foi o desenho do mapa e agora você deve criar um plano de ação, uma trilha para alcançá-los. 

Você precisa identificar, concretamente, todos os recursos e tomadas de ação necessários para alcançar os objetivos. Seus planos devem considerar fatores sobre os quais você tem controle e os que não.

Por exemplo, a escolha pela instituição de ensino do seu MBA depende muito mais de você do que de outros. Os prazos de matrícula desse curso dependem da instituição. O que você pode e deve fazer quanto a isso? Quais as consequências e como isso se relaciona com os seus objetivos?

Identifique cada passo que deve ser percorrido. Pense em quais as consequências possíveis em cada decisão e como pode corresponder às variáveis, inclusive as imprevisíveis. Tenha planos B e C, mas também recursos para se manter no plano A. Enquanto estiver aplicando suas ações, reavalie o plano com frequência e se puder contar com orientação e feedback de profissionais, melhor.

  • Mentoria e Aconselhamento

Ter um mentor de carreira é uma decisão de maturidade profissional elevada e a escolha certa pode ser mesmo arriscada. Há muitos benefícios em seguir sua jornada com orientação profissional e vamos te contar quais são.

Um bom mentor de carreira, especialista no seu setor ou não, conhece os desafios gerais do mercado de trabalho. Os detalhes do cenário mudam todo ano, como lançamentos de tecnologia, exigências de mercado, quantidade de oportunidades. No entanto, todos esses fatores possuem similaridades.

Um profissional em orientação mostrará os caminhos mais comuns para superação desses obstáculos e aproveitamento das oportunidades. Ele terá experiência e capacitação para identificar essas respostas.

No entanto, como dissemos, a escolha certa não é fácil. Investigue o portfólio, as formações e as experiências desse profissional. Entenda se o que ele fala e estuda é realmente pautado por ciência e realidade da administração de carreiras. Veja se ele se atualiza quanto aos setores do seu objetivo e qual o empenho dele com os orientandos.

Experiência Prática

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Ciência sem experiência coloca você em uma posição delicada. A teoria bem estudada fundamenta muitas ações práticas, mas, sozinha, falha. Acontece que os livros podem apresentar ferramentas e possíveis consequências nos usos delas, mas o mundo real não se comporta como no papel.

Fazer um curso de gestão de processos, por exemplo, é tão importante quanto aplicar suas ferramentas e ver os processos funcionando.

O profissional ideal sabe balancear estudo e prática. Você pode estudar o setor financeiro e conhecer mil ferramentas e cálculos, mas congelar com a primeira instabilidade do mercado.

Logo, se quiser avançar na carreira de gestor financeiro, busque experiências como:

  • Estágios e Programas de Trainee

Estágios e programas de trainee colocam você em experiências práticas e variadas de profissional. Os seus gestores ainda orientarão seu trabalho e acompanharão seu progresso, permitindo você aprender pelas experiências de outros, assim como “relaxar mais” para experimentar novas soluções.

A maior dica que podemos dar para estágios e programas de trainee, no entanto, é ficar atento às pequenas lições que fazem diferença. Um orientado mais esperto ouvirá quando seus líderes contarem sobre os próprios obstáculos e como os superaram.

Outra possibilidade é fazer intercâmbio corporativo. Fazer imersão em outras culturas organizacionais e humanas trará insights valiosos.

  • Projetos e Participação em Eventos

Fazer parte de eventos e projetos do setor de gestão financeira dará acesso a  conhecimentos, práticas e até contatos únicos. Você ouvirá de profissionais reais como eles superaram seus obstáculos, facilitando suas resoluções de problemas em futuras oportunidades profissionais.

Por exemplo, a Febraban Tech, a feira de tecnologia da Federação Brasileira de Bancos, traz tudo que há de inovação tecnológica em bancos. Conhecendo soluções inovadoras existentes ou que estão por vir colocam você dois passos à frente dos concorrentes.

Manutenção e Atualização Constante

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O conhecimento possui data de validade. Você deve se manter estudando para estar sempre atualizado com as soluções validadas para gestão financeira, prever desafios e desenvolver as próprias técnicas, autorais e revolucionárias. Para isso, considere estes dois tópicos:

  • Leitura e Pesquisa

Certificações e diplomas ajudam muito na carreira. No entanto, na prática, é a soma de conhecimento e experiência que trará as respostas. Você deve se manter constantemente atualizado com as tendências do setor, independente de como isso vai para o currículo.

Muitos recrutadores, na verdade, usam formações apenas como uma pré-seleção de candidatos. É na hora da entrevista e conversas do dia a dia (para quem busca promoção) que ele avalia se você tem ou não conhecimento e experiência necessários. O uso de termos, apresentação de problemas e perguntas técnicas vão ser apresentados: você está pronto para responder à altura?

A forma de se manter atualizado é fazendo leituras constantes de boas fontes. Livros para aprofundar conceitos, revistas e blogs especializados para as últimas tendências, e jornais para mudanças dos meios políticos, econômicos e geográficos, que impactam diretamente no seu setor.

  • Educação Continuada

As diferenças entre um analista de gestão financeira para um gestor e um diretor estão na aquisição de habilidades específicas. Você precisa se manter estudando conhecimentos avançados e estruturais da carreira, assim como novidades e tendências.

Diferente de um analista, um gestor financeiro precisa compreender sobre política, contabilidade avançada, planejamento de contas e investimentos, e outros conhecimentos, principalmente os específicos do setor ao qual atende. Só que não são apenas os conhecimentos técnicos que diferenciam esses dois cargos. O gestor e o diretor financeiro também possuem habilidades de liderança, comunicação, tomada de decisão rápida, análise de dados e tendências, previsibilidade, autonomia e gestão de conflitos.

Por isso, não foque sua formação apenas em conhecimentos financeiros. Você não precisa fazer uma graduação inteira em gestão de recursos humanos, mas pode usar outras fontes de conhecimento e certificados mais objetivos.

Conferências, webinars e cursos livres e profissionalizantes costumam ter curta duração e ainda fornecem lições e conhecimentos profundos, pontuais e importantes para você desenvolver essas habilidades. 

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Tecnólogos, cursos livres e cursos profissionalizantes são ótimas maneiras de se manter em constante estudo. São portas para conhecimentos aprofundados e obtenção de habilidades técnicas e interpessoais, fundamentais para ser um gestor financeiro.

Elaboramos uma lista de cursos que farão total diferença no seu avanço profissional no setor financeiro. Confira qual faz mais sentido para o seu momento de carreira e clique agora para conhecer mais:

Alcançar o cargo de gestor financeiro exige uma combinação de educação formal, certificações específicas, habilidades técnicas e interpessoais, além de uma experiência prática robusta. Este é um caminho que demanda comprometimento contínuo e adaptação às mudanças do mercado. 

A constante atualização e educação continuada são indispensáveis para se manter relevante e competitivo no mercado financeiro. Com dedicação, planejamento e o suporte educacional adequado, você poderá trilhar um caminho de sucesso rumo à posição de gestor financeiro. Explore as opções de cursos e certificações disponíveis e dê o próximo passo em sua jornada profissional com confiança!

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