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A carreira em Jornalismo é repleta de desafios e emoções. Para quem não gosta de rotina, poderá realizar o seu sonho, pois nenhum dia é igual ao outro. Essa é uma das áreas mais tradicionais e procuradas no cenário atual, sabia?

Para saber se vale a pena mergulhar nessa jornada, é importante saber todos os detalhes do setor. Por isso, separamos a seguir tudo que você precisa saber sobre o Jornalismo: suas rotinas, principais cargos, nomes famosos para inspirá-lo, e muito mais!

Confira a seguir!

Conheça a carreira no Jornalismo

A carreira no Jornalismo é marcada por rotinas muito dinâmicas e emocionantes, além de ser uma das áreas mais influentes da Comunicação Social. O profissional dessa área possui um papel essencial na sociedade, sendo responsável por informar, educar e investigar fatos importantes.

Para entender melhor sobre essa área, vamos explicar a seguir o que é o Jornalismo, suas principais editorias e nomes que fizeram história no setor e que poderão inspirá-lo.

O que é o Jornalismo

O Jornalismo é uma área que aplica um conjunto de práticas e técnicas de investigação, apuração e comunicação de fatos de interesse público. Ou seja, sua função é produzir e transmitir notícias que sejam relevantes socialmente.

Essa é uma atividade que visa sempre a comunicação de informações verídicas e utiliza as melhores técnicas para chegar a esse objetivo. Além disso, os profissionais prezam por uma comunicação clara e objetiva, atendendo ao direito da sociedade em ser informada.

O Jornalismo pode ser exercido em diversas formas e meios, tais como:

  • Mídia impressa: jornais e revistas;
  • Mídia eletrônica: televisão e rádio;
  • Mídia digital: podcasts, portais de notícias, redes sociais, entre outras plataformas digitais.

Para poderem atuar nessa área, os Jornalistas são treinados para coletar, organizar, analisar e transmitir informações com objetividade e imparcialidade. 

A importância desses profissionais é tão grande que, por muito tempo, eles foram conhecidos como “Quarto Poder”, como um complemento do Legislativo, Executivo e Judiciário, tamanha a sua capacidade de influência na sociedade.

Principais editorias do Jornalismo

O Jornalismo é formado por diversas editorias, sendo cada uma delas responsável por temas específicos de reportagem. Estão entre as principais delas: política, cultura, economia, policial, cultural e investigativo.

Cada editoria possui suas particularidades. Por isso, é comum que os jornalistas passem por um processo de especialização. Afinal, cada uma delas possui suas terminologias, métodos de investigação e apuração e abordagem.

Por exemplo, um especialista em Jornalismo Econômico precisa conhecer bastante do jargão financeiro, além de entender sobre as dinâmicas do mercado, oscilações de moedas estrangeiras, inflação, entre outras questões.

Estão entre as principais editorias do Jornalismo:

  • Jornalismo Político: aborda as notícias voltadas para decisões e bastidores do mundo político, seja ele nacional ou internacional. Apura sobre negociações entre as casas legislativas, executivas e judiciárias, disputas de poder, governança, políticas públicas, questões legislativas, entre outros temas.
  • Jornalismo Esportivo: o profissional dessa área cobre eventos esportivos de diferentes áreas (futebol, vôlei, boxe, basquete, tênis, entre outros). Também pode realizar entrevistas com atletas, fazer análises de partidas e reportagens sobre o impacto do esporte na sociedade.
  • Jornalismo Econômico: essa editoria aborda temas relacionados à economia, finanças, mercado de trabalho, e comércio, traduzindo informações complexas para o grande público. Pode fazer análises de indicadores econômicos, investigar causas de crises financeiras e apontar tendências para os próximos anos, embasados nas análises dos especialistas do setor.
  • Jornalismo Cultural: contempla temas culturais, como artes, música, cinema, literatura e comportamento. Muitos profissionais dessa área fazem resenhas e críticas. Por exemplo, essa é a editoria na qual os críticos de cinema trabalham. Também podem entrevistar grandes nomes da cultura.
  • Jornalismo Investigativo: uma das editorias mais desafiadoras, abrange as reportagens aprofundadas que apuram e revelam informações escondidas e que sejam de interesse público. Essa é uma editoria tão importante que ela é respaldada por organizações específicas, como a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). 
jornalista entrevistando política com microfone
O Jornalismo acompanha os bastidores do mundo Político

Grandes nomes do Jornalismo

Estão entre os grandes nomes do Jornalismo figuras importantes, como Joseph Pulitzer, Caco Barcellos, Truman Capote, Gabriel García Márquez. Eles podem ser uma grande inspiração para quem deseja entrar na área. 

Conheça mais sobre essas figuras icônicas a seguir!

Gabriel García Márquez

Popularmente conhecido como “Gabo”, Gabriel García Márquez é conhecido mundialmente por ser vencedor do Nobel de Literatura em 1982. O colombiano, antes de fazer história com seus livros que revolucionaram o gênero do “realismo mágico”, também foi jornalista.

Inclusive, o próprio Jornalismo marcou bastante o seu processo de escrita, inclusive, auxiliando na decisão dos temas abordados em seus livros, especialmente nos conteúdos de crônicas.

Essas crônicas trazem temas muito corriqueiros, mas universais, a partir de observações do cotidiano ele faz reflexões sobre escrita, filosofia, Jornalismo, paixões, música, política. Ele tem um estilo único, marcado por uma escolha lexical, vocábulos que apenas ele usa”. — Joana Rodrigues, professora de Letras da Universidade Federal de São Paulo.

Joseph Pulitzer

Joseph Pulitzer é um dos grandes nomes do Jornalismo Investigativo mundial. Sua importância é tão grande, que um dos principais prêmios da área recebe o seu sobrenome. 

Boa parte das técnicas aplicadas no dia a dia das redações, atualmente, foi criado por ele, quando editor do The World, jornal que ele comprou em 1883. 

Albert Londres

Albert Londres é considerado um dos pioneiros do Jornalismo Investigativo, junto com Pulitzer. Sua abordagem influencia, até hoje, muitos profissionais da área. Um dos seus trabalhos mais notáveis foram as investigações e críticas dos abusos do colonialismo, como o trabalho forçado.

Truman Capote

Truman Capote é considerado um dos responsáveis pelo Jornalismo Literário, um estilo que visava fazer reportagens especiais mais longas e aprofundadas, em formato literário. 

O livro “A Sangue Frio”, uma obra sobre o assassinato de uma família do Kansas, é considerado uma obra obrigatória nas faculdades de Jornalismo. Isso porque ele é considerado um marco deste gênero.

livro In cold blood de Truman Capote
O livro “A Sangue Frio” é um marco do Jornalismo Literário

Caco Barcellos

Caco Barcellos é um dos grandes nomes do jornalismo investigativo brasileiro. Atualmente, ele está a frente do Profissão Repórter, um programa televisivo que mostra os bastidores do fazer jornalístico.

Ele já era reconhecido pelas suas investigações aprofundadas e documentários focados em temas como injustiça social e violência. Alguns de seus trabalhos viraram livros que, inclusive, foram premiados. Estão entre os principais deles, e que vale a pena a leitura:

  • Rota 66 (vencedor do prêmio Jabuti);
  • Abusado, o dono do morro Dona Marta (vencedor do prêmio Jabuti);
  • Nicarágua: a Revolução das Crianças.

Clarice Lispector

Conhecida como uma das maiores escritoras do mundo, com obras traduzidas em diversos idiomas, Clarice Lispector também fez carreira no jornalismo, com experiência nos jornais A Noite e Diário da Noite.

Além disso, ela trabalhou como colunista do Correio da Manhã, além de ter atuado como entrevistadora para a revista Manchete. Também escreveu crônicas semanais para o Jornal do Brasil, entre os anos de 1967 e 1973.

Nelson Rodrigues

Nelson Rodrigues é conhecido pelo seu trabalho como romancista e teatrólogo, mas ele também fez história no jornalismo. Ele começou sua carreira cedo na área, com apenas 13 anos, em 1925. 

O começo foi na editoria de polícia, no jornal A Manhã, fundado por Mário Rodrigues, seu pai. Mas começou a se destacar como escritor pelo seu trabalho na cobertura de partidas de futebol. Nesses textos, ele fazia descrições dramáticas, transformando os jogos em batalhas heroicas.

Além disso, também se destacou no Jornalismo com a produção de artigos e crônicas. Inclusive, um dos seus trabalhos mais reconhecidos foi a coluna “A Vida Como Ela É…”, que já foi adaptada como série para televisão.

Machado de Assis

Machado de Assis é reconhecido como um dos maiores escritores do país e, recentemente, tem viralizado, justamente, por estar sendo descoberto por apaixonados por literatura fora do Brasil.

O escritor, conhecido por obras célebres, como Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas, teve muita influência das suas atividades no Jornalismo em sua escrita.

Jornais mais famosos do mundo

Os principais jornais do mundo são reconhecidos pela sua qualidade, imparcialidade, produção de reportagens de grande alcance, além do seu papel na disseminação de informações de interesse público. Muitos deles são conhecidos e respeitados globalmente. Estão entre os principais deles:

  • The New York Times (EUA): é considerado um dos jornais mais influentes do mundo. Ele possui uma forte tradição em Jornalismo investigativo e análises políticas e culturais profundas.
  • Le Monde (França): é considerado um dos principais jornais da Europa, famoso pelas suas análises detalhadas sobre política e economia.
  • Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo (Brasil): esses são dois dos jornais mais tradicionais e respeitados no Brasil. Ambos trabalham com uma ampla cobertura em todas as editorias e produzem diversas reportagens investigativas no Brasil.
  • Washington Post (EUA): é reconhecido pela sua cobertura política. Também teve muito destaque pelo papel desempenhado na investigação do escândalo Watergate, que resultou na renúncia do presidente Richard Nixon.
  • Globo News: canal de notícias da televisão fechada, realiza uma ampla cobertura de notícias nacionais e internacionais, além de trabalhar com temas de interesse cultural e econômico.
jornal da folha de São Paulo em banca
A Folha de São Paulo é um jornal tradicional

Como está o mercado para Jornalismo

O mercado para Jornalismo tem passado por muitas mudanças recentemente, especialmente movimentadas pelas tecnologias e mídias digitais. Isso tem gerado novas oportunidades e, também, desafios que estão colocando em xeque os modelos tradicionais.

Confira a seguir mais sobre o cenário atual e as tendências para o futuro.

Mercado atual

O mercado atual de Jornalismo tem passado por diversos desafios, ao mesmo tempo, em que há, também, mudanças que possibilitam oportunidades interessantes. Vamos abordar mais sobre esses pontos a seguir.

Novos formatos

O Jornalismo tem passado por um momento forte de reinvenção, especialmente, devido à transformação digital. Isso abriu possibilidades para criação de novos formatos, como podcasts, séries investigativas, documentários diferenciados, entre outras possibilidades.

Isso tem ajudado a área a lidar com os desafios gerados pela chegada do Jornalismo Digital, reinventando boa parte das práticas tradicionais. Assim, mais pessoas conseguem, hoje, criar conteúdos jornalísticos e se destacarem na área.

Um exemplo disso recente foi o podcast “A Mulher da Casa Abandonada”, criado pelo jornalista Chico Felitti em parceria com a Folha de São Paulo. Em formato de áudio seriado, é uma reportagem investigativa profunda sobre uma herdeira paulistana investigada por crimes ligados a trabalho análogo à escravidão.

Isso vale para quem deseja atuar com Jornalismo Independente, o que facilitou conseguir, até mesmo, conseguir a verba para investigações, a partir de financiamentos coletivos e editais voltados para esse tipo de prática.

Queda nas receitas

O Jornalismo passa por um momento de crise de queda tanto no Jornalismo Impresso quanto, também, no Digital. Esse é um desafio enfrentado no Brasil e em outros países, com a queda nas receitas de publicidade e dificuldades de monetizar portais de notícias.

Porém, novas medidas, como campanhas de apoio ao Jornalismo Independente, assinaturas para leitura de notícias (gerando o famoso paywall, ou seja, “pague para ler”), ou criando espaços com banners para monetização por AdSense tem sido algumas tentativas de resgatar a rentabilidade desse setor.

Tendências futuras para o mercado para Jornalismo

O Jornalismo possui uma tendência de continuar se reinventando nos próximos anos, especialmente, diante de novas tecnologias que impactam diretamente as práticas da área. Isso vale tanto para as mídias sociais quanto, até mesmo, sobre a produção mesmo, com a chegada da Inteligência Artificial.

Confira a seguir alguns dos principais pontos que podemos esperar para esse mercado no futuro.

Jornalismo Digital e Multiplataforma

O Jornalismo Digital deve se intensificar ainda mais e estar presente em mais plataformas, especialmente, com o aumento no número e formatos de redes sociais. Essa área deve continuar sendo a espinha dorsal do setor.

mulher vendo notícias em celular
O Jornalismo Digital tende a aumentar com mais redes sociais

Por isso, será preciso que os profissionais continuem se adaptando a formatos que vão além do texto. Aprender técnicas relacionadas com produção e edição de vídeos, gráficos e narrativas multimídias será um diferencial no futuro.

Além disso, com as mudanças nos motores de busca (como Google), os jornalistas precisarão cada vez mais conciliar a linguagem jornalística com habilidades em SEO e engajamento digital. Isso ajudará a proporcionar maior visibilidade para as matérias e, ao mesmo tempo, manter a conduta ética na profissão, evitando sensacionalismos apenas para ganhar cliques.

Inteligência Artificial (IA)

A Inteligência Artificial tende a ser cada vez mais incorporada na produção jornalística. Ela poderá ser utilizada para automatizar tarefas repetitivas e facilitar algumas investigações.

É o caso, por exemplo, de matérias que utilizam um grande volume de dados para análise. Com o uso dessas ferramentas, será possível que essas informações possam ser utilizadas em matérias complexas mais rapidamente, diminuindo o tempo de produção de reportagens de profundidade.

Além disso, alguns veículos de Jornalismo Independente estão fazendo uso deste tipo de ferramenta para proteger os profissionais de eventuais perseguições políticas. Assim, os vídeos são transmitidos por avatares criados por IA, preservando suas identidades.

Contudo, o papel do jornalista humano na curadoria, interpretação e contextualização das informações permanecerá insubstituível. Assim, essas tecnologias são aliadas das rotinas de reportagens, mantendo o compromisso com a verdade e imparcialidade.

Jornalismo local e hiperlocal
O jornalismo local e hiperlocal tende a ganhar ainda mais força nos próximos anos, justamente, pela facilidade de produzir conteúdos deste tipo e publicá-las nas mídias sociais.

Com isso, a população consegue ter atualização de informações mais próximas da sua realidade com maior agilidade. Inclusive, essa é uma área na qual o jornalismo independente pode crescer ainda mais, cobrindo pontos que os grandes veículos tendem a não cobrir.

Diversificação das fontes de receita

Para superar os desafios da queda de renda de publicidade, os modelos de negócios tenderão a ter mudanças para dependerem menos dos anunciantes. Essa já é uma tendência presente no momento, mas tende a ter mais ajustes nos próximos anos.

Algumas formas viáveis de sustentar operações jornalísticas de qualidade são:

  • Modelos de assinatura;
  • Paywalls;
  • Financiamento coletivo (crowdfunding);
  • Eventos ao vivo;
  • Criação de produtos pagos para viabilizar a produção jornalística. 

Conheça os principais cargos na área de Jornalismo

O Jornalismo é uma carreira versátil, que abre possibilidades para diferentes cargos, como repórter, editor, assessor de imprensa e, até mesmo, atuar no serviço público e empreender.

Quanto mais você souber sobre cada uma das funções, melhor poderá se preparar para se especializar e começar uma jornada de sucesso. Confira mais sobre as possibilidades a seguir.

A carreira em Jornalismo no setor privado

O setor privado é o que mais absorve profissionais formados em Jornalismo. Ele possui uma alta variedade de tipos de mídia, como impressas, digitais, televisivas ou de rádio, permitindo encontrar a que mais se adéqua para seus objetivos de carreira. 

jornalista e rapaz conversando em podcast
O rádio é um meio no qual o jornalista pode encontrar oportunidades

Confira a seguir os principais cargos que podem ser exercidos nessa área.

Repórter

O repórter é o profissional responsável por fazer a função de investigar, apurar e redigir informações de interesse público. É um papel de grande responsabilidade e, por isso, deve sempre atuar com objetividade e ética, garantindo a veracidade dos fatos.

Seu trabalho envolve a coleta de dados, realização de entrevistas, acompanhamento de eventos ao vivo e elaboração de matérias. Ele está presente em todos os veículos de mídia.

Um bom repórter deve ter boas habilidades de comunicação, senso crítico, curiosidade e agilidade. Além disso, é comum que ele precise trabalhar com forte pressão e prazos apertados. 

Colunista e articulista

Os colunistas e articulistas são os profissionais que produzem conteúdos opinativos, que podem ser artigos, crônicas e textos sobre temas relacionados com política, cultura, economia ou comportamento.

São pessoas que possuem um forte conhecimento na área e, por isso, conseguem fazer análises interpretativas de diferentes contextos. Por isso, o trabalho deles é bem diferente dos repórteres, já que eles podem — e devem — expressar suas opiniões, não precisando se basear em objetividade e imparcialidade.

Além disso, eles podem ter uma maior liberdade para terem seu estilo próprio, além de uma abordagem autoral. Muitos escritores, inclusive, surgiram a partir do trabalho como colunistas ou articulistas. 

Correspondente internacional

O correspondente internacional é o repórter que trabalha fora do país, cobrindo notícias da região em que está alocado. Ele é responsável por levantar e apurar informações sobre acontecimentos globais.

Esses profissionais cobrem eventos como crises políticas, guerras, eventos econômicos, desastres naturais ou, então, fatos que possuem repercussão internacional. Alguns deles podem ficar em regiões de alto risco ou com maior dificuldade de acesso.

Contudo, é uma carreira que permite ter experiências únicas em outros países. Para isso, é importante ter fluência em, pelo menos, um segundo idioma. Geralmente, o inglês é o principal, mas pode ser preciso dominar uma língua local, dependendo da região.

Além disso, eles devem ser resilientes, dispostos a trabalhar sob pressão e em condições adversas. A maioria dos grandes veículos contratam correspondentes internacionais, como CNN Brasil, Folha de São Paulo, O Globo, entre outros.

Fotógrafo

O fotógrafo é o profissional responsável por captar imagens que complementam as reportagens jornalísticas, trazendo um registro visual dos fatos. Seu trabalho é uma forma de corroborar o relato do repórter.

Além disso, os registros podem impactar e trazer tanto mais credibilidade quanto emoção às notícias. Em alguns casos, pode ser a principal narrativa de uma matéria. 

Por isso, esses profissionais precisam dominar bem habilidades técnicas com as câmeras profissionais. Também, devem ter um olhar crítico e criativo, entender de iluminação e composição e ter ousadia para se posicionar bem para fotos importantes, sem deixar de cuidar da sua segurança.

Eles podem trabalhar em redações de jornais, revistas, portais de notícias e agências de notícias. Boa parte das coberturas envolve registrar situações extremas, como guerras e desastres naturais.

fotógrafa na Ucrânia tirando fotos
O fotógrafo pode trabalhar em situações extremas, como guerras

Editor

O editor é responsável por supervisionar a produção do conteúdo jornalístico, passando pela concepção de pautas até a edição final dos textos. É uma profissão de liderança, coordenando o trabalho dos repórteres e revisores.

O editor de cada editoria decide quais serão as notícias publicadas e pode direcionar o enfoque de uma matéria. Ele também deve garantir que o padrão de qualidade e as normas editoriais do veículo sejam seguidas pelos repórteres.

Por isso, as habilidades dos editores envolvem capacidade de liderança, domínio da língua portuguesa e saber se comunicar bem, para orientar e avaliar o trabalho da equipe. Também deve estar atualizado sobre os acontecimentos e tendências de mídia, para direcionar a cobertura jornalística da melhor forma possível.

Editor-chefe

O editor-chefe é considerada a liderança máxima em uma redação jornalística. Ele responde pela gestão geral do conteúdo, estando acima dos editores das editorias específicas.

Ele realiza a supervisão de todos os processos editoriais, além de ser o responsável por definir e coordenar a linha editorial do veículo. Ele garante que todos os materiais publicados sejam éticos, responsáveis e alinhados com os princípios e missões do jornal.

Para atuar nessa função, é preciso que o profissional tenha uma forte experiência no Jornalismo, além de ter outras competências, como habilidades de gestão, liderança e comunicação. 

Também deve ser capaz de tomar decisões rápidas e responsáveis, especialmente sob pressão. Isso porque, em caso de problemas, ele é o primeiro a ser chamado para prestar esclarecimentos. Por isso, é comum lidar com situações de crise e, também, gerenciar conflitos internos.

Assessor de imprensa

O assessor de imprensa é o jornalista que, na verdade, atua como um intermediário entre uma organização (seja uma empresa, entidade governamental ou figura pública) e a mídia. 

A ideia é que ele trabalhe para colocar seu cliente em evidência e melhorar sua imagem junto à opinião pública e, também, gerenciar cenários de crise. Para isso, ele é responsável pela produção de comunicados de imprensa (releases), organiza entrevistas coletivas e pode ser o responsável por produzir respostas solicitadas pelos veículos de imprensa. 

Por conhecerem como funcionam as dinâmicas das redações, os formados em Jornalismo são os mais indicados para este tipo de função. O profissional deve ter habilidades em comunicação social, marketing e relações-públicas. 

Também deve saber como manejar cenários de crise e trabalhar de forma estratégica para atingir objetivos de comunicação.

Diferentemente de outras carreiras desse campo, eles trabalham em empresas, agências de comunicação, ONGs ou, até mesmo, podem trabalhar de forma independente.

A carreira em Jornalismo no setor público

A carreira em Jornalismo no setor público também oferece diversas oportunidades para profissionais que querem atuar com informação e comunicação em órgãos governamentais, entidades públicas, universidades, instituições de pesquisa, entre outros.

Diferentemente do setor privado, em que há uma forte pressão por resultados e audiência é constante, a atuação do jornalista no setor público geralmente foca em informar, educar e promover a transparência junto à sociedade.

jornalista falando em reportagem
O jornalismo público costuma ter foco em informar

Conheça a seguir os papéis que esses profissionais podem exercer no setor público!

Jornalista

Os jornalistas que atuam no setor público possuem a função de comunicar ações, decisões e criações de políticas públicas e projetos, que foram desenvolvidos pelos órgãos governamentais ou por outras instituições (por exemplo, bancos públicos, universidades, entre outros).

Nessa função, os profissionais atuam com produção de notícias para os portais próprios das organizações, notas, relatórios e materiais quem possuem o objetivo de informar a população sobre questões de interesse para elas.

Um dos pontos centrais da atividade dos jornalistas no setor público é garantir a transparência das ações governamentais e aproximar o governo da população, com informações que sejam claras e acessíveis. Ou seja, tem um papel social muito importante.

Para isso, eles precisam ter algumas habilidades que ajudam na realização das atividades. Estão entre elas

  • Ter um bom entendimento de políticas públicas, governança e legislação;
  • Ter boas habilidades de redação e comunicação interpessoal;
  • Saber comunicar para o público em geral;
  • Ter familiaridade com temas específicos com os quais trabalha (por exemplo, saber de economia para ser jornalista em um banco público, ou sobre pesquisa para atuar em universidades.

Assessor de comunicação

O Assessor de Comunicação no setor público cumpre um papel semelhante ao do jornalista, sendo responsável pela gestão da comunicação de um órgão ou entidade governamental.

Assim, o papel dele é garantir que a informação seja transmitida de forma clara, transparente e estratégica para toda a sociedade. Então, além da comunicação de fatos e produção de notícias (que é o papel do Jornalista no setor público), ele também pode fazer:

  • Produção de comunicados, notas e releases para a imprensa;
  • Gestão de crise de imagem;
  • Planejamento de campanhas de comunicação (por exemplo, ações de incentivo à vacinação);
  • Organizar eventos para a imprensa (como coletivas);
  • Gerenciar o relacionamento com a imprensa e outras partes interessadas.

Para atuar como Assessor de Comunicação, esse profissional deve se especializar nos conhecimentos nas áreas de Comunicação Social, Relações Públicas e Marketing Institucional. Também deve ser proativo na construção de uma imagem positiva da entidade ou órgão que representa.

Docente

O Jornalista pode atuar, também, como docente nas universidades e faculdades públicas. Nesta função, ele tem o papel fundamental de formar as próximas gerações desses profissionais. 

Ele pode ser responsável por algumas das principais disciplinas que fazem parte da graduação de Jornalismo ou de Comunicação Social, tais como:

  • Técnicas de redação;
  • Fotografia;
  • Processos de produção de reportagem;
  • Editoração gráfica;
  • Edição de vídeos;
  • Ética no Jornalismo, entre outras.

Para se tornar docente em instituições públicas, é exigido, pelo menos, a titulação mínima de Mestrado. Porém, atualmente, a maioria das vagas exigem Doutorado para poder realizar o concurso

Além do conhecimento acadêmico, a experiência prática no mercado também pode ajudar na sua prática docência. As habilidades didáticas, capacidade de pesquisa e saber como orientar trabalhos acadêmicos também serão fundamentais para trilhar uma excelente carreira como professor de Ensino Superior.

professor e alunos em aula
Para atuar como docente, é preciso ter, pelo menos, o Mestrado

A carreira em Jornalismo para quem é empreendedor

A carreira em Jornalismo abre portas para ter o seu próprio negócio, nas áreas de plataformas digitais, criação de veículos independentes, atuar como freelancer ou outras possibilidades.

Confira a seguir as principais possibilidades para ter seu próprio negócio nesse campo.

Jornalismo independente

O jornalismo independente é aquele no qual a empresa não está ligada a grandes grupos de mídia ou veículos tradicionais. Ou, também, que não é dependente, principalmente, de verbas publicitárias.

Ou seja, neste caso, há uma maior liberdade para criar a própria linha editorial do jornal e, até mesmo, pensar em mais plataformas de comunicação (sites, blogs, canais de vídeos, podcasts, entre outros). Também, geralmente, há uma maior flexibilidade para textos autorais e análises críticas.

Esse é um campo cada vez mais crescente, especialmente, por um aumento na demanda por liberdade editorial e ter maior autonomia para trabalhar temas que possam ser mais delicados. Além disso, ele também, geralmente, abre possibilidade de estabelecer uma relação mais direta com o público.

Um exemplo de veículo independente no Brasil é o The Intercept, que se destaca pelas suas reportagens investigativas. Outra, também, é a Agência Pública, focada em verificação de fatos (factchecking) e, também, tem uma atuação independente da grande mídia.

Freelancer

Muitos profissionais decidem trabalhar como freelancer. Nesse caso, a pessoa tem a flexibilidade de prestar serviços para diferentes veículos de comunicação, sem vínculo empregatício e, também, trabalhar por projeto.

Normalmente, esses profissionais se especializam em uma editoria e propõem pautas para os editores-chefes dos jornais, sejam eles tradicionais ou independentes. Se eles aceitarem, o freelancer tem um prazo para entregar a matéria pronta.

Nesse caso, o trabalho de produção da notícia e apuração é toda por parte do freela. Além disso, ele também deverá ter capacidade de negociar valores e prazos e criar um bom portfólio, para se destacar no mercado.

Jornalismo investigativo

O jornalismo investigativo é um campo desafiador e, ao mesmo tempo, que chama cada vez mais atenção no mercado. Com a necessidade de apurações mais rápidas para não perder notícias importantes, os jornais tradicionais estão tendo mais dificuldades em conseguir investir em investigações mais aprofundadas.

Neste caso, os profissionais especializados nessa área podem atuar, de forma autônoma, seja sozinho ou com uma equipe de colegas, para fazer apurações mais profundas e complexas. 

Algumas das matérias de jornalismo investigativo podem demorar meses ou, até mesmo, anos, para serem concluídas. Mas os resultados podem influenciar diretamente a sociedade. 

Salários e benefícios

Os salários na área de Jornalismo podem variar conforme o cargo exercido pelo profissional. Segundo o site Salário, a média salarial para o especialista nesse campo é de R$ 4.153,60.

Porém, cada área poderá ter suas variações e, até mesmo, o lugar de contratação pode impactar nessa média. Por exemplo, há diferenças de ganhos entre profissionais nos jornais privados e os servidores públicos.

mulher digitando em computador em sala com outros colegas
Há diferença de salário entre o setor público e privado

Para ter uma dimensão dos ganhos médios, separamos as médias salariais para os principais cargos dentro do Jornalismo. Confira a seguir:

  • Repórter: R$ 4.515*;
  • Repórter fotográfico: R$ 4.131,20*;
  • Editor: R$ 5.472*;
  • Editor-chefe: R$ 7.119*;
  • Assessor de Imprensa: R$ 4.063*;
  • Assessor de Comunicação: R$ 4.778*.

Além do salário, os profissionais contratados com carteira assinada (ou seja, na modalidade CLT) podem ter diversos benefícios, entre eles:

  • Vale-alimentação e vale-refeição;
  • Vale-transporte;
  • Participação dos lucros e dividendos;
  • Auxílio-creche;
  • Auxílio-cultural;
  • Ressarcimento das despesas em caso de viagens para apuração.

Os profissionais que trabalham como freelancer ou com contração como PJ (Pessoa Jurídica), geralmente, não possuem benefícios, sendo um prestador de serviços. Porém, nesse caso, normalmente a pessoa recebe uma remuneração média por trabalho acima do valor recebido na contração CLT.

* Fonte: sites Salário e Glassdoor. As médias salariais podem variar ao longo do tempo e a localização da vaga.

Cultura e dia a dia da carreira em Jornalismo

O dia a dia no Jornalismo é marcado por um ambiente dinâmico, de alta pressão e com curto prazo para realizar as atividades. Os desafios podem variar conforme o veículo de comunicação, editoria e, também, do cargo ocupado.

Conhecer mais sobre esses pontos ajuda você a decidir, também, se essa é uma rotina que está alinhada com seus objetivos de carreira. Então, vem com a gente descobrir como é a rotina nessa profissão!

Ética e compromisso com a verdade

Um dos princípios básicos do Jornalismo é o compromisso irrestrito com a verdade e imparcialidade dos fatos.  Por isso, o profissional precisa estar atento para sempre agir de forma ética e sempre buscar a veracidade do que está apurando.

Por isso, o código de ética dos Jornalistas é um documento bem rigoroso e amplo, diante da responsabilidade que esses profissionais possuem com a sociedade. Inclusive, alguns casos emblemáticos mostram os danos que uma cobertura equivocada pode mostrar.

Um dos principais e que, inclusive, é estudado em todas as faculdades é o “Caso Escola Base”. No ano de 1994, uma sequência de erros de apuração sobre uma denúncia errada de abuso sexual levou a danos irreversíveis na vida e na reputação dos envolvidos. 

Por exemplo, um delegado deu falso testemunho para o jornalista responsável e a falta de checagem fez com que o caso repercutisse nacionalmente. Os acusados injustamente nunca conseguiram se recuperar completamente sobre a situação.

Colaboração e competitividade

O ambiente de trabalho em uma redação pode gerar, ao mesmo tempo, um local de alta colaboração entre os profissionais e, ao mesmo tempo, ser muito competitivo. Lidar com essa dualidade faz parte da rotina dos Jornalistas.

A colaboração entre os profissionais é necessária para produção de conteúdos de qualidade. Por exemplo, a parceria entre fotógrafo e repórter é fundamental para uma cobertura, especialmente, em eventos de alto impacto.

Ao mesmo tempo, os Jornalistas estão sempre disputando o espaço de maior destaque, com apurações que ganhem repercussão pública. Essa é uma competição saudável e que ajuda, também, a proporcionar boas pautas e apurações de qualidade.

jornalistas em conferência e microfones em cima da mesa
Os jornalistas constantemente disputam espaço de destaque

Pressão por prazos e adaptabilidade

O Jornalismo lida, constantemente, com prazos muito apertados, pela necessidade de sair a frente dos concorrentes para noticiar um fato importante. Os repórteres diários precisam lidar com necessidade de ter uma apuração responsável e, ao mesmo tempo, ágil.

Com as redes sociais ganhando cada vez mais espaço, o imediatismo tem ganhado ainda mais espaço nas rotinas das redações. Por isso, a pressão para cobrir eventos em tempo real é cada vez mais alta.

Rotina de apuração e reportagem

No Jornalismo diário, a rotina começa cedo e, muitas vezes, o final do expediente pode ser estendido, especialmente, se há algum fato novo e impactante que precisa ser apurado. 

Por exemplo, em caso de um acidente de grandes proporções, os profissionais podem ser chamados para cobrirem o fato, a fim de fazer uma apuração mais complexa e ágil. Há, também, os dias em que alguns profissionais fazem plantão, estando disponíveis para serem acionados, justamente, caso seja preciso fazer alguma cobertura de urgência.

Já algumas editorias não têm essa demanda tão ágil, porém, podem exigir um alto tempo para produção de uma reportagem específica. É o caso, por exemplo, do Jornalismo Investigativo, que envolve um tempo maior para analisar todos os fatos envolvidos, podendo se estender por meses.

Para apurar uma matéria, o profissional pode realizar entrevistas com todos os envolvidos, conferir documentos, verificar datas, colocar em confronto versões diferentes, entre outras atividades.

Além disso, também é importante que o conteúdo produzido (seja texto, áudio, vídeo, matéria multimídia, entre outros) passe pelo processo de edição e revisão. Geralmente, os editores das editorias são responsáveis por esse processo.

Eles analisam tanto as questões sobre clareza das reportagens quanto, também, analisam se o que foi produzido está alinhado com a linha editorial do veículo de comunicação. Também verificam se as informações estão corretas ou se há alguma imprecisão.

Jornalismo de Dados

O Jornalismo de Dados tem se tornado, praticamente, uma editoria nova, mas, ao mesmo tempo, também passa todas as áreas das redações. As reportagens precisam trazer tanto um maior volume de dados quanto, também, apresentá-los de forma mais didática.

Ferramentas como infográficos, mapas interativos, e narrativas visuais são cada vez mais essenciais para contar fatos de forma mais envolvente e informativa. Além disso, muitas matérias analisam um alto volume de dados para conseguir encontrar fatos importantes e de interesse público.

Sindicatos e associações profissionais

No Brasil, o Jornalismo conta com o suporte de diversas associações profissionais e sindicatos, que possuem o papel tanto de apoiar os profissionais quanto, também, auxiliar na regulação da profissão. Entre elas, estão a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), entre outras.

jornalistas brasileiros em coletiva de imprensa
As associações ajudam a regularizar a profissão

Vamos conhecer mais sobre elas a seguir.

Sindicatos dos jornalistas

Cada estado possui seu próprio sindicato de Jornalistas, que é responsável por defender os interesses dos profissionais e reduzir as chances de abusos e problemas com os empregadores.

Eles são formados por profissionais da área, que fazem intermediações com as empresas e, também, com os parlamentares para regulações que protejam os Jornalistas. Algumas de suas principais funções são:

  • Realizar negociações salariais locais;
  • Ajudar com assistência jurídica para os profissionais que estejam passando por algum tipo de problema no trabalho;
  • Fiscalizar as condições de trabalho e entrar com ações em caso de descumprimento da legislação sobre a profissão;
  • Realizar cursos de capacitação, que ajudam os profissionais a fortalecerem sua carreira no mercado;
  • Entrar com ações coletivas, quando necessário, que possui maiores chances de sucesso do que ações individuais.

Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)

A Federação Nacional dos Jornalistas é uma das principais associações profissionais, que representa os Jornalistas brasileiros. Ela unifica e coordena as ações dos sindicatos locais, também atuando por melhores condições de trabalho.

Além disso, eles também estão sempre em busca de manter a liberdade de imprensa, um princípio fundamental para que a profissão possa existir. A FENAJ também é responsável por:

  • Emitir a Carteira de Jornalista para exercício da profissão;
  • Definição dos pisos salariais, que precisam ser respeitados pelas redações;
  • Promoção de campanhas pela valorização do Jornalismo;
  • Defesa da regulamentação profissional;
  • Negociações coletivas nacionais;
  • Realização de eventos para discussão sobre boas práticas jornalísticas.

Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji)

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) foi fundada em 2002, como uma forma de fortalecer a atuação profissional de quem trabalha com apurações investigativas. 

Como esses profissionais, muitas vezes, estão expostos a problemas como ameaças de violência, coação, tentativa de cercear a liberdade de expressão e de imprensa, a Abraji funciona como uma forma de proteção para essas pessoas.

Isso é fundamental, especialmente, com o aumento no número de violências contra jornalistas. Segundo dados da própria Abraji, o Brasil passou por uma escalada de problemas nesse quesito no ano de 2022, com aumento de 69,2% em comparação com o ano anterior.

Além desse papel de proteção, também estão entre as atribuições dela:

  • Aprimoramento profissional dos Jornalistas investigativos;
  • Defesa do direito de acesso a informações públicas;
  • Proteção do direito de exercício de profissão dos profissionais.

Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) é uma das organizações de classe mais antigas do país. Foi criada em 1908 e, também, possui um papel de proteção e defesa dos profissionais da área.

Entre suas atribuições, estão:

  • Combate ao assédio judicial contra jornalistas;
  • Defesa da liberdade de imprensa;
  • Preservação da memória do jornalismo brasileiro;
  • Promoção de debater sobre mídia e sociedade.

Associação Nacional de Jornais (ANJ)

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) é uma organização voltada para os responsáveis pelas redações. Ela também defende o exercício da atividade jornalística e liberdade de expressão.

Suas principais áreas de atuação são:

  • Defesa da liberdade de expressão, imprensa, pensamento e propaganda;
  • Desenvolvimento do mercado publicitário para jornais. 
jornais com propagandas diversas
A Associação Nacional de Jornais atua no desenvolvimento do mercado publicitário

Regulamentações e ética profissional

O Jornalismo tem seu próprio código de ética, que deve ser seguido pelos profissionais, para garantir que as atividades serão exercidas dentro dos princípios desse campo (transparência, isenção, veracidade, sigilo da fonte, entre outros pontos).

Além disso, a área também possui legislações que abordam diretamente sobre questões da prática profissional. Todo Jornalista precisa saber os principais pontos sobre cada um desses documentos e leis.

Vamos falar mais sobre cada um deles a seguir. Confira!

Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros

O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros é um documento criado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), que regulamenta e norteia a prática desses profissionais no dia a dia. Descumpri-lo pode fazer com que você perca o direito a exercer a profissão.

Ele estabelece alguns parâmetros importantes para a atividade nas redações. Estão entre os principais deles:

  • Veracidade e precisão: os jornalistas devem sempre buscar a verdade, checando rigorosamente suas fontes e informações antes da publicação.
  • Imparcialidade e objetividade: ser um Jornalista totalmente neutro é impossível, porém, os profissionais devem se comprometer em apresentar diferentes perspectivas de um fato, dando o direito ao contraditório a todos os envolvidos em uma notícia;
  • Independência: os profissionais devem se manter independentes de interesses políticos, econômicos ou pessoais que possam comprometer sua integridade. É por isso que Jornalistas não podem fazer publicidade de marcas, por exemplo;
  • Responsabilidade social: o Jornalismo tem um papel social essencial e os profissionais devem estar conscientes dos impactos e consequências do seu trabalho;
  • Transparência: toda a prática deve priorizar a transparência sobre métodos e fontes, sempre que possível.
  • Jornalistas devem ser transparentes sobre seus métodos e fontes, sempre que possível.

Decreto-Lei nº 972/1969

O Decreto-Lei nº 972/1969 é o responsável pela regulamentação da profissão de Jornalista no Brasil. Ele é o responsável por definir o que é, de fato, considerado Jornalismo para a legislação, quais são as funções que o profissional pode exercer.

Constituição Federal de 1988

A Constituição Federal possui dispositivos que estão diretamente relacionados com a prática do Jornalismo no Brasil, como a garantia da liberdade de expressão e de imprensa e o direto ao sigilo da fonte (Art. 5º, IX e Art. 220), proibição da censura (Art. 220, § 2º) e assegurar o direito de resposta (Art. 5º, V).

Desafios e perspectivas futuras

O Jornalismo é uma carreira desafiadora, principalmente, devido à rotina de alta pressão, prazos curtos e alta responsabilidade no dia a dia. A área tem enfrentado, também, questões relacionadas com momento atual, como o impacto das mídias sociais, desinformação e cenário econômico incerto.

O futuro do Jornalismo também envolve cenários positivos, com novos modelos e formatos de conteúdo surgindo, além de um aumento do interesse do público em manter-se constantemente informado.

homem lendo jornal em cafeteria
A vontade das pessoas de se manterem informadas oferece oportunidades para os jornalistas

Vamos conhecer a seguir quais são os principais desafios e cenários futuros para quem deseja entrar nessa carreira.

Consolidação da mídia digital e novas tecnologias

O Jornalismo hoje já incorporou o uso das mídias digitais em sua prática e está passando por uma fase de maturidade sobre esse assunto. Cada vez mais os veículos estão se adaptando às linguagens desses ambientes (como redes sociais e sites), expandindo sua capacidade de levar informações para toda a população.

Além disso, tecnologias emergentes, como Inteligência Artificial, Realidade Virtual, Análise de Dados, entre outras, estão sendo cada vez mais utilizadas, proporcionando formas inovadoras de informar a sociedade. 

Isso tem levado a desafios novos, como a necessidade de unir a linguagem tradicional do Jornalismo com técnicas de SEO, para que os portais possam se destacar nos motores de busca (como o Google). Além disso, é preciso cada vez mais saber como lidar com o desafio de atrair novas gerações, falando sua linguagem, mas sem perder o rigor jornalístico.

Desinformação e fake news

A proliferação de fake news e desinformação nas redes sociais é um dos maiores desafios do Jornalismo contemporâneo. Um diferencial das redações tem sido a capacidade de verificar fatos e garantir a veracidade das informações, mantendo a confiança junto ao público.

O problema é que, com a necessidade de apurações cada vez mais ágeis e alta pressão, muitos profissionais podem errar nesse processo e transmitir informações equivocadas. Por isso, equilibrar imediatismo e rigor na apuração tem sido um dos grandes desafios dessa área no momento.

Crescimento do Jornalismo de Dados e Investigativo

Com a possibilidade de poder analisar maior volume de dados em menor tempo por meio das ferramentas digitais, o Jornalismo de Dados tem ganhado mais espaço nos veículos de mídia. 

Isso tem ajudado, também, a facilitar as apurações investigativas, já que é possível encontrar correlações que poderiam demorar meses ou, então, serem inviáveis antes do surgimento dessas ferramentas. 

Com isso, no futuro, podemos esperar uma maior importância dessa área, com a possibilidade de ter acesso a informações detalhadas, baseadas em dados, potencializando as possibilidades de apuração. A Inteligência Artificial, inclusive, tem um grande potencial de ser uma aliada nesse ponto.

Ao mesmo tempo, o desafio será manter-se atualizado no uso das ferramentas tecnológicas para este tipo de atividade. Os futuros Jornalistas precisarão dominar softwares de análise e visualização de dados e métodos de investigação digital.

A importância da credibilidade e da qualidade

O Jornalismo será cada vez mais cobrado para manter a sua credibilidade e qualidade pelo público. Diante do alto volume de informações disponíveis online, a população busca os veículos como forma de saber o que, de fato, está ocorrendo.

Por isso, veículos que publicam notícias falsas, erros e distorções poderão sofrer com boicotes ou perda de reputação com o público. Os profissionais que trabalharão nesses veículos precisarão se destacar pela sua ética, rigor na apuração e, também, pela capacidade de contextualizar e explicar notícias complexas.

moça vendo notícia falsa em celular
Veículos que publicam notícias falsas podem perder credibilidade

Como ingressar na carreira de Jornalismo

Para ingressar na carreira de Jornalismo, é importante combinar uma formação acadêmica sólida e de qualidade, além de ter uma boa construção de contatos profissionais. Essa combinação poderá facilitar a contratação por grandes veículos de imprensa.

Mas afinal, quais são os passos necessários para dar os primeiros passos nessa área? Conhecer isso ajuda você a se preparar desde o começo da formação para conquistar um lugar de sucesso e se tornar um Jornalista renomado.

Vem com a gente conhecer mais sobre essa jornada e planeje sua preparação para essa carreira! 

Preparação para o mercado de trabalho

Apesar de não ser mais obrigatório para o exercício da profissão, a formação em Jornalismo ou em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo ainda é exigida pelos principais veículos de mídia.

Esse é o primeiro passo para poder concorrer nas melhores vagas disponíveis. Por isso, é fundamental investir em uma graduação de qualidade.

A formação ajuda, também, que você aprenda sobre questões essenciais da carreira, tais como:

  • Redação jornalística;
  • Técnicas de reportagem e entrevista;
  • Fotografia;
  • Edição gráfica;
  • Editoração, entre outras.

Além disso, muitos cursos possuem disciplinas optativas para especialização em editorias específicas. Assim, você pode ir testando várias áreas e ver com qual delas se identifica mais para se especializar após sua formação.

A formação teórica é importante, mas também é essencial desenvolver as habilidades práticas que as rotinas de redação exigem. Uma das formas para isso é investir no estágio ou, então, nos programas de trainee para formação de Jornalistas (como os realizados pela Folha de São Paulo). 

Essa é uma oportunidade incrível para conhecer como as redações funcionam de fato e, também, ter contatos que poderão ajudá-lo a conquistar posições de sucesso na área. Inclusive, muitos desses programas e estágios contratam os alunos que mais se destacam.

Estratégias de busca de emprego e networking

O networking é fundamental para quem deseja entrar na carreira de Jornalismo. Participar de eventos, manter contato com profissionais da área e construir uma rede de contatos sólida pode ser determinante para o sucesso na área.

Desde o começo da sua formação, é interessante participar dos congressos de Jornalismo, seminários, workshops e eventos. Eles ajudam a se aproximar de outros profissionais, editores e empregadores em potencial.

Porém, muitas pessoas não estão próximas de grandes centros e podem ter maior dificuldade em participar dos eventos. Nesse caso, as plataformas digitais serão suas maiores aliadas.

Redes sociais, especialmente o LinkedIn, pode ajudar a ter contato com pessoas que poderão abrir portas para você no futuro. Para isso, lembre-se de ter um perfil atualizado e, principalmente, produzir conteúdo de qualidade, que demonstre suas habilidades na área.

Aproveite o espaço para trocar ideias e se aproximar de pessoas conhecidas na área. Caso você faça projetos autônomos, utilize as redes sociais para divulgar seus trabalhos, compartilhar notícias e ideias. 

homem com celular com app do LinkedIn
O LinkedIn ajuda você a se conectar com as pessoas e a divulgar seu trabalho

Preparando um portfólio e currículo de destaque

O portfólio do Jornalista é fundamental para demonstrar suas habilidades na área. Ele deve refletir as habilidades do profissional, mostrando seu comprometimento com as melhores práticas jornalísticas.

Mas, como criar um portfólio que se destaque? Aproveite as oportunidades durante a sua formação! Muitas disciplinas pedirão que você entregue trabalhos que poderão entrar no seu portfólio, tais como:

  • Elaboração de podcasts jornalísticos;
  • Edição de materiais audiovisuais;
  • Fotojornalismo;
  • Produção de reportagens em profundidade, entre outras.

Então, aproveite esses materiais para criar o seu portfólio. Lembre-se de escolher aqueles que são os melhores, refletindo sua qualidade profissional.

Por exemplo, quer trabalhar com Jornalismo Esportivo? Então, participe de coberturas de eventos esportivos feitos pela sua faculdade, grave o conteúdo e suba no seu portfólio. Isso pode ajudar a conquistar uma excelente vaga na área.

O portfólio é essencial, mas também é preciso saber como criar um bom currículo. Veja algumas dicas para arrasar na hora de criar o seu:

  • Destaque as suas habilidades relevantes e que estejam relacionadas com a vaga que está tentando;
  • Crie um currículo e portfólio para cada processo seletivo;
  • Enfatize suas habilidades técnicas e, também, as soft skills (ou seja, as habilidades comportamentais, como capacidade de comunicação, trabalhar em equipe, entre outros);
  • Invista em aprender uma língua estrangeira, pois isso tem sido cada vez mais exigido nas redações;
  • Faça um resumo das suas experiências profissionais, mostrando o que aprendeu nesse período;
  • Revise o portfólio e o currículo constantemente, para atualizá-lo e garantir que ele está alinhado com as demandas do mercado.

Educação necessária para uma carreira de sucesso no Jornalismo 

A formação superior em Jornalismo em uma instituição renomada abre portas para boas vagas. Além disso, as especializações complementam a formação e destacam o currículo nos processos seletivos.

Mas afinal, como escolher as melhores instituições? E quais são as possibilidades de pós-graduação? São apenas essas as opções de formação?

Para tirar todas essas dúvidas, continue lendo, que vamos explicar todas elas!

Graduação e especialização

As principais redações do país exigem que os profissionais tenham diploma de Jornalismo. Esse é um curso de bacharelado com duração média de 4 anos (8 semestres), com uma pegada interdisciplinar.

O curso geralmente abrange todas as áreas do Jornalismo, indo além da reportagem (que é a mais conhecida popularmente). Nela, você aprenderá a fotografar, fazer gravações, realizar programas de rádio, fazer editoração, entre várias outras habilidades.

Mas não só isso: a grade curricular do curso também traz disciplinas essenciais para a reflexão sobre a importância do Jornalismo para a sociedade e a necessidade de trabalhar de forma ética na área. 

Disciplinas como Sociologia da Comunicação, Ética em Comunicação, Antropologia, Filosofia da Comunicação, entre outras, ajudam você a se tornar um profissional crítico, consciente e preparado para lidar com os principais desafios do dia a dia.

rapaz estudando em faculdade
Diversas disciplinas do curso ajudam você a formar um senso crítico

Por ser um campo muito amplo, as faculdades, geralmente, proporcionam a possibilidade de se especializar em alguns campos ou editorias por meio das disciplinas optativas. Algumas das oferecidas são:

  • Jornalismo científico;
  • Jornalismo policial;
  • Jornalismo econômico;
  • Jornalismo para rádio;
  • Jornalismo televisivo, entre outras.

Porém, sua formação profissional não termina com a graduação! Para se destacar no mercado, é interessante aprofundar seus conhecimentos com cursos de pós-graduação.

Com duração menor, entre 1 a 2 anos, eles são mais voltados para a prática e direcionar o conhecimento para um campo específico. E, também, destacam seu currículo nos processos seletivos.

Algumas opções de pós-graduação para Jornalistas são:

Para quem deseja entrar para a área acadêmica, vale a pena fazer, então, o mestrado e, depois, o doutorado. Essa formação permitirá que você possa fazer os concursos para professor no Ensino Superior público ou, então, ser contratado por instituições particulares.

Principais habilidades necessárias

O Jornalismo exige habilidades que ajudam a complementar o conhecimento aprendido no curso de formação. Elas são fundamentais para o sucesso na carreira, destacando-o no mercado.

Estão entre as principais habilidades que você deve desenvolver na sua trajetória para ser um Jornalista renomado:

  • Ter uma boa comunicação escrita e verbal;
  • Ser curioso e ter uma mentalidade investigativa, para descobrir histórias únicas e importantes;
  • Saber ter uma boa gestão de tempo, cumprindo prazos e trabalhando sob pressão;
  • Ser resiliente;
  • Estar disposto a aprender e adaptar-se a novas tecnologias, formatos e estilos.

Saiba também: no Listando, confira 7 filmes sobre Jornalismo!

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Mergulhe no mundo do Jornalismo com a Anhanguera!

Agora você sabe tudo sobre essa profissão, que é uma das mais desafiadoras e encantadoras do mercado. Então, venha dar o primeiro passo para seu caminho rumo ao sucesso: faça a faculdade de Jornalismo com a Anhanguera!

Aprenda com os melhores profissionais, experientes no mercado e com uma grade curricular atualizada, que contempla os principais desafios da atualidade. Tenha toda a infraestrutura para aprender tudo que é necessário para ser um excelente Jornalista!

Faça sua inscrição e comece já sua graduação!

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