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Guia completo da carreira em Ciência Política

A Ciência Política é uma área extremamente sedutora e interessante. Afinal, os especialistas nessa área possuem conhecimento para fazer análises de conjunturas internacionais complexas, entre outras possibilidades incríveis.

Se você gosta de lidar com assuntos deste tipo, ou é apaixonado por conhecer mais sobre política nacional e internacional, já pensou em entrar para essa carreira? Com oportunidades incríveis e diferenciadas, é ótimo para quem quer trabalhar em uma área super dinâmica.

Vem com a gente descobrir mais sobre esse campo e veja se vale a pena ingressar nessa área!

Conheça a carreira de Ciência Política

A carreira de Ciência Política é uma das mais procuradas, justamente, porque é uma área muito dinâmica, rica e complexa. Nunca há um dia igual ao outro e sempre há novidades a serem acompanhadas. 

Então, vem com a gente entender o que é, de fato, essa área, o que ela estuda e quem são os grandes nomes que criaram excelentes estudos sobre o campo. Confira a seguir!

O que é a Ciência Política

A Ciência Política é um campo que está dentro da grande área das Ciências Sociais. Ela estuda tudo que envolve o campo político, de forma científica. Entre as possibilidades de estudo, estão:

  • Sistemas de governo;
  • Processos políticos;
  • Políticas públicas;
  • Relações de poder;
  • Relações internacionais;
  • Organização das sociedades;
  • Como as autoridades ganham credibilidade e sustentam o seu poder;
  • Questões geopolíticas;
  • Como as decisões de quem está no poder afeta a vida dos cidadãos;
  • Dinâmicas de poder e resistência.

Quem atua nessa área são os cientistas políticos. Eles desempenham um papel essencial na análise e interpretação dos eventos políticos. Além disso, também desenvolvem teorias que explicam o comportamento político dos diferentes atores.

E não é só isso! Eles também podem atuar em conjunto com outros especialistas para fazer a formulação de propostas para melhorar a governança. 

Como a maioria das áreas nas Ciências Sociais, ela também é dividida em subcampos. Estão entre os principais deles:

  • Teoria Política;
  • Administração Pública;
  • Governança e Comportamento Eleitoral;
  • Política Internacional;
  • Geopolítica;
  • Sociologia Política;
  • Filosofia Política;
  • Relações Internacionais.

O que a Ciência Política estuda

Mas afinal, o que os especialistas em Ciência Política estudam? Saber isso é importante, porque, geralmente, são áreas que os profissionais precisam continuar estudando ao longo da vida. 

Conheça a seguir um pouco mais sobre cada uma das principais áreas e veja se alguma delas desperta o seu interesse!

Teoria política

Esse campo é responsável pelos estudos de ideias e conceitos que norteiam o pensamento político ao longo da história. Os intelectuais da área analisam questões como liberdade, justiça, democracia e poder.

Alguns dos grandes nomes de pensadores da história criaram suas teorias para esse campo. Estão entre os principais deles:

  • Platão;
  • Aristóteles;
  • Maquiavel;
  • John Locke;
  • Max Weber;
  • Karl Marx;
  • John Rawls.
estátuas de platão e sócrates
Platão influenciou as Ciências Políticas

Governança e administração pública

É um campo que faz a análise dos sistemas de governo, das estruturas de poder, e das políticas públicas. Ele analisa quais são as melhores medidas para realizar a administração das questões do setor público. Alguns dos temas explorados por quem pesquisa nessa área são: eficiência, transparência e participação cidadã.

Comportamento eleitoral

Essa área pesquisa sobre quais são os comportamentos ligados com as escolhas de voto. Ou seja, analisam como e por que os cidadãos votam, o que influencia suas escolhas e, também, vê quais são as formas como os partidos políticos organizam suas campanhas.

Essa é uma área fundamental para compreender as dinâmicas das eleições (sejam elas municipais, estaduais e federais) e como se formam os governos democráticos.

Relações internacionais

Esse é o estudo das interações entre países e como se dão as relações de poder entre eles. Essa é uma área fundamental para compreender o papel do Estados no cenário global e como conflitos e ameaças moldam a política internacional. Estão entre os principais temas estudados por essa área:

  • Diplomacia;
  • Guerras;
  • Comércio internacional;
  • Funcionamento das organizações internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU).

Análise política

A análise política é uma das principais áreas dentro das Ciências Políticas. Os especialistas fazem a aplicação de métodos quantitativos e qualitativos para analisar dados políticos e avaliar o impacto de políticas públicas. 

Isso inclui a interpretação de estatísticas eleitorais, pesquisas de opinião e estudos de casos para fornecer insights sobre o funcionamento dos sistemas políticos.

Quais são os principais nomes da Ciência Política

Além de conhecer as áreas, também é importante conhecer mais sobre quais foram os nomes mais marcantes da Ciência Política e como eles trouxeram reflexões interessantes para os estudos da área.

Vem com a gente e conheça os principais intelectuais da área!

Nicolau Maquiavel

Maquiavel é considerado o “pai da Ciência Política moderna”. Uma de suas principais obras é “O Príncipe”. Ela explora a “realpolitik” (ou seja, quais são as ações políticas baseadas em questões práticas) e a arte da governança. 

Suas ideias sobre poder e liderança foram tão impactantes que continuam sendo estudadas e debatidas até hoje. E olha que ele foi publicado em 1532!

John Locke

John Locke é um dos fundadores do liberalismo e, por isso, é um dos nomes mais marcantes da Ciência Política. Esse intelectual é conhecido, especialmente, pela sua “teoria do contrato social” e sua defesa dos direitos naturais.

Sua obra tem um impacto muito importante na história mundial. Por exemplo, ela influenciou a Declaração de Independência dos Estados Unidos e o pensamento democrático moderno.

busto de john locke em biblioteca
John Locke tem grande influência na Ciência Política

Max Weber

Max Weber foi um sociólogo e cientista político, sendo um dos nomes mais influentes da história desse campo. Ele é conhecido pelos seus estudos sobre a burocracia e o poder.

Sua obra “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” é uma análise clássica sobre a relação entre religião, economia e política.

Karl Marx

Karl Marx, além dos seus estudos sobre economia e filosofia, também foi um teórico político. Sua obra é famosa pela sua crítica ao capitalismo e teoria da luta de classes. 

Suas ideias basearam o marxismo, uma das correntes mais influentes da teoria política, junto com o liberalismo.

Hannah Arendt

Hannah Arendt foi uma filósofa política, que ficou conhecida mundialmente pelas suas análises sobre o totalitarismo, especialmente sobre o nazismo e, também, sobre a natureza do poder e da condição humana.

Suas obras são praticamente obrigatórias para quem é apaixonado por Ciência Política —”Origens do Totalitarismo” e “A Condição Humana”.

Como está o mercado para Ciência Política

Para quem deseja entrar na área de Ciência Política, essa é uma área que proporciona diversas oportunidades para vários campos. É possível atuar desde a área acadêmica até a participação no setor público e, também, pode realizar consultorias, participar de Organizações Não-Governamentais (ONGs), entre outros.

mulher auxiliando jovem em ação social
Quem se forma na área também pode trabalhar em ongs

Além disso, com cada vez mais canais de vídeos e mídias alternativas de jornalismo surgindo, há mais oportunidades, também, para atuar como especialista consultor nesses espaços, como comentarista.

Por isso, se você quer entrar no campo de Ciência Política, esse é um momento incrível para conquistar excelentes oportunidades, seja pelo aumento no número de oportunidades quanto, também, pela versatilidade nas possibilidades de atuação.

Com o aumento do interesse pela área política, há um investimento cada vez maior em especialistas para falar sobre o assunto. Mas, além disso, também há um aumento no número de vagas em outros campos tradicionais dessa área. Estão entre eles:

  • Docência e pesquisa;
  • Consultoria para campo político;
  • Consultoria para marketing político;
  • Trabalho na administração pública e governança;
  • Pesquisa eleitoral;
  • Atuação em Organizações Não-Governamentais (ONGs) e organizações internacionais (por exemplo, como observador internacional em eleições).

Por isso, esse é um campo que terá excelentes oportunidades para o futuro. Então, se está em busca de uma área com grandes chances de sucesso, vale a pena investir nessa carreira.

Cargos e especializações em Ciência Política

Agora que você conhece mais sobre a área e o mercado atual favorável, é o momento de conhecer mais sobre quais são os principais cargos que esse especialista pode assumir no mercado. Confira as principais a seguir, divididos pelo setor público, privado e empreendedorismo.

A Ciência Política no setor privado

Muitas pessoas não sabem, mas é possível ter excelentes oportunidades de trabalho no setor privado para Ciência Política. Descubra mais sobre as principais possibilidades de atuação a seguir!

Consultoria em Análise Política e Risco Político

No setor privado, os profissionais encontram excelentes oportunidades para serem contratados em consultorias que prestam serviços para empresas e Organizações Não-Governamentais (ONGs).

Uma das formas de trabalho é realizando análises políticas e de risco político para empresas que atuam em ambientes dinâmicos e incertos, que podem sofrer com mudanças nessa área.

Por exemplo, algumas empresas do setor financeiro podem sofrer com cenários de crise mundial. Ao consultar um analista político, os gestores conseguem se antecipar a esses problemas e evitar danos para seu negócio.

Outro tipo de organização que pode contratar o serviço de análise política e de risco político são aquelas que estão envolvidas em setores altamente regulamentados, como energia, infraestrutura e finanças. Eles geralmente contam com o suporte deste profissional para ajudar na formulação de estratégias de mitigação de riscos e lobby político.

Esses profissionais utilizam suas habilidades analíticas para avaliar como mudanças políticas, legislativas e regulatórias podem impactar os negócios, tanto no mercado nacional quanto no internacional. 

Responsabilidade social corporativa e governança corporativa

Outra possibilidade de atuação no setor privado é atuar com governança corporativa e adoção, também, de estratégias de responsabilidade social corporativa (RSC). 

Especialmente com o crescimento da adesão às práticas de ESG (Environmental, Social and Governance ou, em português, governança ambiental, social e corporativa), as empresas têm ficado mais interessadas na adoção de práticas de governança.

Afinal, a ideia não é só cumprir as regulamentações, mas também aproveitar este tipo de ação para melhorar sua imagem pública e criar valor sustentável a longo prazo. Com isso, é possível conquistar uma boa relação com clientes e parceiros, fortalecendo o nome no mercado.

O cientista político tem um papel estratégico nisso, especialmente quem possui especialização em governança e políticas públicas. Eles são altamente valorizados para desenvolver e implementar políticas internas que alinhem os objetivos do negócio com as demandas sociais e ambientais.

Relações governamentais e lobbying

Outra demanda cada vez maior no setor privado é de especialistas que possam atuar em relações governamentais, intermediando o contato entre empresas e órgãos públicos — ou seja, atuando com estratégias de lobbying. 

Os cientistas políticos que são especialistas neste tipo de ação atuam com funções dede elaboração de estratégias de lobbying a, até mesmo, análise de cenários políticos e regulamentes que possam afetar o ambiente de negócios.

Geralmente há uma forte demanda desse tipo de especialista em mercados que possuem uma forte regulamentação. Assim, os cientistas políticos pensam em formas de buscar, junto aos legisladores, leis e regulamentações que favoreçam o setor de atuação do negócio.

É comum que empresas da área de telecomunicações, saúde e energia contratem cientistas políticos para ajudar que seus interesses sejam representados junto às casas legislativas (como Congresso Nacional, Senado Federal ou, ainda, outras instâncias, como órgãos reguladores).

congresso nacional em Brasília
Os profissionais podem trabalhar para empresas junto a orgãos públicos, como o Congresso Nacional

A Ciência Política no setor público

O setor público é um dos lugares que mais atraem profissionais da área de Ciência Política, principalmente, pela possibilidade de trabalhar diretamente com esses temas. Assim, você consegue encontrar diversas possibilidades de cargos interessantes.

Vamos conhecer mais sobre os principais a seguir!

Administração pública e planejamento de políticas públicas

Uma das principais atribuições que o cientista político pode ter no setor público é auxiliar direta ou indiretamente na formulação, implementação e avaliação de políticas públicas. Nesse caso, os profissionais podem atuar, por indicação, em ministérios (como o Ministério da Educação), secretarias estaduais e municipais e em agências reguladoras.

Além disso, também há a possibilidade de atuar como servidor público e, assim, ter um cargo contínuo em algumas esferas públicas, não precisando sair quando há uma troca de governo.

Esses profissionais utilizam seus conhecimentos específicos para ajudar no desenvolvimento de políticas que atendam às necessidades da população. Além disso, também atuam com a gestão dos recursos públicos e ajudam a garantir a transparência e eficiência governamental.

Podem, também, atuar na elaboração de pesquisas de institutos importantes, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os conhecimentos da área de Ciência Política ajuda, neste caso, a pensar em como elaborar os questionários, recortes populacionais e analisar os dados com precisão.

Assessoria Política

Outra possibilidade é ser contratado para ser assessor político de parlamentares e governantes. Nesse papel, os profissionais ajudam a desenvolver estratégias para a realização das atividades do cargo, além de também fazer parte das equipes que formulam propostas políticas. 

Além disso, também realizam análises de conjuntura sobre o cenário político atual, ajudando a evitar ou gerenciar eventuais crises para parlamentares, ou governantes.

Esse é um cargo altamente estratégico e de alta responsabilidade. O conhecimento do profissional ajuda a garantir que as ações e estratégias sejam eficazes. Além disso, também proporciona que as políticas implementadas estejam alinhadas com as expectativas do seu eleitorado.

Diplomacia e relações internacionais

Outra possibilidade de atuação para os cientistas políticos é seguir uma carreira no campo das relações internacionais — mais especificamente como diplomata. 

Nesse caso, você poderá ser alocado em embaixadas, consulados e organizações internacionais, como a ONU ou o Banco Mundial. Nessa área, são responsáveis por:

  • Promover boas relações diplomáticas entre países;
  • Desenvolver políticas de cooperação internacional;
  • Representar os interesses nacionais em eventos e fóruns globais.

Para poder atuar como diplomata, é preciso ser aprovado no concurso público para essa carreira. Vale lembrar que este é um dos mais concorridos do país, especialmente, pelo seu alto salário e, claro, a possibilidade de trabalhar em outros países.

O cargo não exige uma formação específica em Ciência Política. Porém, a prova (que é altamente exigente) cobra muitos conteúdos relacionados com Relações Internacionais e Governança Global, que você verá ao longo da sua graduação. 

Então, se seu sonho é se tornar um diplomata, essa é uma formação que poderá ajudá-lo a conquistar o seu objetivo mais facilmente!

mulher dando discurso em evento
Quem quer ser diplomata pode estudar Ciências Políticas

Docência no ensino superior

Outra possibilidade, também, de atuar no setor público, é tornar-se docente no ensino superior público e, de fato, ser um cientista político, sabia disso?

Isso acontece porque, geralmente, nas instituições públicas de ensino, os docentes atuam com o tripé “ensino-pesquisa-extensão”. Ou seja, além de dar aulas, o profissional também faz pesquisas científicas.

Se você quer atuar com isso e, também, é apaixonado por sala de aula, essa é uma carreira que pode ser muito interessante. Porém, além da graduação em Ciências Políticas, será preciso passar, também, pelo mestrado e doutorado, para formar-se como pesquisador.

Geralmente, as vagas são destinadas aos Departamentos de Ciência Política das instituições, dentro da Faculdade de Ciência Política. 

A Ciência Política para quem é empreendedor

O cenário atual facilita bastante para que diversas áreas possam empreender. Na Ciência Política, não é diferente! Confira a seguir as possibilidades de atuar nessa área com o seu próprio negócio.

Consultoria Independente

Os cientistas políticos que desejam empreender podem criar sua própria consultoria especializada. Alguns dos serviços que poderá oferecer são:

  • Análise política;
  • Análise de riscos políticos;
  • Assessoria eleitoral;
  • Marketing político;
  • Análise de conjuntura nacional e internacional;
  • Gestão de crise.

Esses profissionais podem prestar consultoria para partidos políticos, empresas e ONGs, ajudando-os a navegar por cenários complexos e tomar decisões estratégicas melhor informadas. A flexibilidade e variedade de projetos tornam essa uma possibilidade para quem busca autonomia e um campo de atuação diversificado.

Pesquisa e desenvolvimento de projetos

Outra opção é, também, realizar trabalhos freelancer para desenvolvimento de projetos de pesquisa aplicada, que podem ser financiados por fundações e organizações internacionais.

Esses projetos, geralmente, podem abordar temas como governança, sustentabilidade e políticas públicas, oferecendo soluções inovadoras para problemas sociais e políticos.

Educação e capacitação

Outra possibilidade é aproveitar o seu conhecimento específico para auxiliar na educação sobre questões políticas. Por exemplo, é possível criar cursos, workshops e programas de capacitação para profissionais que atuam em ONGs, em espaços de militância, entre outros, para ajudar nas atividades que eles realizam.

Além disso, também pode criar programas voltados para empresas que possuem relação direta ou indireta com o setor político. Por exemplo, é possível criar workshops de como identificar mudanças na conjuntura política e como reagir a tempo para isso. Esse tipo de capacitação pode ser interessante para gestores responsáveis por tomadas de decisões estratégicas na empresa.

Além disso, com o crescente interesse em educação online, há uma oportunidade significativa para a criação de plataformas de ensino que atendam a um público mais amplo. Muitas pessoas se interessam, até mesmo, por formações teóricas. 

Então, por exemplo, é um especialista na obra de Max Weber? Que tal criar um curso para que estudantes e acadêmicos interessados no assunto possam aprofundar seus conhecimentos?

rapaz em curso online com professora em vídeo
Existem oportunidades para trabalhar com educação online

Salários e Benefícios

Como você viu, o que não faltam são oportunidades de cargos diferentes para trabalhar na área de Ciência Política. Porém, como decidir entre tantas opções? Um dos principais critérios, claro, está relacionado com os salários e benefícios que poderá ter.

Por isso, separamos as principais médias salariais dos cargos que você viu anteriormente. Veja a seguir.

  • Profissional de Ciência Política: R$ 6.801,35;
  • Analista político: R$ 2.450*;
  • Especialista em governança corporativa: R$ 11.867*;
  • Assessor político/parlamentar: R$ 6.600*;
  • Diplomata: R$ 20.926,98 (inicial)*;
  • Docente em ensino superior na área de Ciência Política: R$ 6.434,07*.

* Fontes: Glassdoor, Vagas e Salario. As médias salariais podem variar ao longo do tempo e, também, conforme o local de atuação.

Além do salário, os profissionais, geralmente, também podem ter benefícios trabalhistas que tornam ainda mais atrativo entrar para essa área. Estão entre os principais oferecidos pelos contratantes e, também, no setor público:

  • Vale-alimentação e vale-refeição;
  • Vale-transporte;
  • Auxílio-creche;
  • Auxílio-cultura;
  • Benefícios por qualificação, entre outros.

Cultura e desafios da carreira

A carreira em Ciência Política, como muitas outras, também possui uma cultura de trabalho única e, também, tem seus desafios próprios. Conhecer mais sobre isso ajuda, também, a chegar preparado e identificar se, realmente, essa é uma área que deseje atuar.

Vamos conhecer mais sobre os principais pontos a seguir!

Ambiente acadêmico e intelectual

Mesmo para quem vai atuar no mercado, no setor privado, geralmente há um contato muito forte com conhecimentos acadêmicos. Geralmente, há uma parceria próxima a universidades e institutos de pesquisa.

Para quem vai para a docência, é importante conhecer, também, como são as rotinas nesse ambiente. Geralmente, eles são altamente competitivos, com a necessidade de publicar artigos recorrentemente, participar de conferências e buscar financiamentos para projetos de pesquisa.

Contudo, para quem gostaria de trabalhar com desenvolvimento de teorias políticas, estudos comparativos e análise de fenômenos políticos contemporâneos, essa é uma área que poderá contemplar seus sonhos!

Ambiente colaborativo e necessidade de formar redes de contatos

Essa é uma carreira que valoriza a colaboração. Isso porque os cientistas políticos, independentemente da área, frequentemente trabalham em equipe, seja nas suas instituições ou empresas ou, então, em projetos interinstitucionais ou internacionais. 

Assim, esteja preparado para trocar ideias com seus parceiros, trocar ideias e desenvolver projetos conjuntos. Assim, ter uma boa rede de contatos é fundamental para ter uma carreira sólida. Se decidir pela área acadêmica, isso é ainda mais importante, para facilitar as cooperações entre grupos de pesquisa. 

Ética e impacto social

Essa é uma área na qual os profissionais são frequentemente movidos por um senso de responsabilidade social e ética. Isso vale tanto pela análise de políticas públicas, na consultoria para governos ou, ainda, na pesquisa acadêmica.

A atuação profissional é movida por questões ligadas com governança, promoção da justiça social e o fortalecimento da democracia. Esse compromisso ético com o impacto social positivo influencia bastante essa carreira.

rapaz lendo anotações e escrevendo
A ética influencia muito quem segue nas Ciências Políticas

Assim, é comum que muitos cientistas políticos vejam suas carreiras como uma forma de promover mudanças sensíveis no mundo, mesmo quando operam fora do setor governamental. 

Incertezas no setor privado na área de consultorias

Para quem atua no setor privado, mais especificamente com consultorias, pode ter uma dificuldade maior para lidar com a instabilidade do mercado. Isso porque a demanda por consultorias de análise política pode flutuar segundo as mudanças no cenário político e econômico.

Além disso, há um aumento da demanda em momentos específicos, como campanhas eleitorais, e uma queda acentuada entre esses períodos. Assim, há uma menor previsibilidade do que no setor público.

Os consultores e analistas políticos precisam ser adaptáveis e capazes de se reinventar continuamente para manter sua relevância em um mercado dinâmico.

Desafios de sustentabilidade e governança global

Para os profissionais que estão envolvidos em questões de governança, há o desafio de lidar com a complexidade das relações internacionais, conflitos de interesses entre países e a necessidade de promover a sustentabilidade em políticas de longo prazo.

Os cientistas políticos que atuam nessa área precisam navegar por cenários geopolíticos complicados, nos quais as decisões que eles tomem podem ter consequências amplas e duradouras.

Dificuldades em separar a vida pessoal e profissional

Outro ponto é que, por envolver muitos estudos teóricos e práticos e prazos apertados (por exemplo, para contemplar editais para projetos de políticas públicas), esses profissionais podem ficar muito mergulhados nas práticas profissionais.

Com isso, é comum que muitos passem mais tempo do que deveriam trabalhando, deixando folgas e férias de lado, não conseguindo deixar o trabalho de lado. Isso vale, especialmente, para quem atua como consultor, comentarista político ou pesquisador.

Por exemplo, se um profissional está em férias e ocorre o início de uma guerra, ele tende a ficar atento para as principais novidades e deixa o descanso para trás. Por isso, muitos especialistas dessa área sofrem com questões ligadas com estafa, estresse e burnout.

Sindicatos e associações profissionais

Outro ponto que faz parte da cultura da área de Ciência Política são as participações em sindicatos e associações. Ambos desempenham um papel essencial na defesa dos profissionais.

Além disso, eles também ajudam na capacitação contínua e na formação de redes de contatos dos profissionais. Essas entidades são responsáveis por ajudar cientistas políticos em negociações coletivas, fornece suporte legal e promover o desenvolvimento de políticas que beneficiem a categoria.

Não há, especificamente, um sindicato de cientistas políticos. Porém, dependendo da área de atuação para a qual você vai, é possível encontrar sindicatos que poderão proporcionar suporte. É o caso, por exemplo, dos docentes no ensino superior, que possuem sindicato próprio. O mesmo vale para os funcionários públicos.

Temos, também, as associações profissionais. A principal no Brasil é a Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP). Ela pretende promover o desenvolvimento da área no país, além de fomentar o intercâmbio entre pesquisadores e organizar eventos científicos, como congressos e seminários.

moça ministrando curso em auditório
A ABCP promove congressos e seminários

Ela é uma associação-referência para profissionais e estudantes da área, oferecendo plataforma de divulgação de pesquisas e discussão de temas relevantes para o campo. 

Tanto a ABCP quanto outras entidades da área também ajudam na colaboração entre cientistas políticas por meio de redes de pesquisa, grupos de trabalho temáticos e publicações acadêmicas. Essas atividades são fundamentais tanto para o desenvolvimento individual quanto, também, da área como um todo.

Fazer parte de associações e de sindicatos pode trazer vários benefícios para sua carreira, entre eles:

  • Realizar cursos de capacitação, workshops e seminários;
  • Ter um grupo que atua com pressões para manter a carreira valorizada;
  • Ser uma rede de apoio e colaboração para os profissionais em situações difíceis, até mesmo, sobre apoio emocional em situações adversas;
  • Ajuda a estabelecer redes de contato, que podem ajudar a conseguir melhores vagas de trabalho.

Regulamentações e ética profissional

No Brasil, não há um órgão regulador da carreira de Ciência Política, diferente do que acontece em outras áreas. Por isso, não há uma regulamentação específica, tal como ocorre na Medicina ou Direito, por exemplo. 

No entanto, isso não quer dizer que o profissional não tenha que cumprir algumas regras e diretrizes. Isso porque, dependendo da área, ele terá regras específicas da carreira para atuar. Por exemplo, os docentes devem seguir as diretrizes da universidade para qual trabalham, além das leis relacionadas com o serviço público.

Da mesma forma, também está submetido às regras, códigos de ética e leis relacionados com a pesquisa científica. Por exemplo, há diretrizes que regulamentam a necessidade de enviar as pesquisas que envolvem humanos (ou seja, as realizadas na área de Ciência Política) para comitês de ética, segundo a Resolução nº 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde.

Então, caso você decida entrar para a área, deverá acompanhar quais são as regras, códigos de ética e regulações que fazem parte das suas atividades.

Porém, mesmo sem ter um documento específico para a área, é preciso que os profissionais atuem de forma ética, para garantir a credibilidade e integridade da área. Os profissionais devem atuar de forma correta, seja em pesquisa, análise de dados ou apresentação das suas conclusões.

Um dos desafios éticos mais significativos é manter a imparcialidade e a neutralidade nas atividades. Mesmo que, na vida pessoal, cada profissional tenha suas próprias visões e ideologias, a ética profissional exige que eles mantenham uma postura objetiva e analítica nos trabalhos.

Isso é fundamental, especialmente, em análises eleitorais, estudos de comportamento político e na avaliação de políticas públicas — todas áreas nas quais as opiniões pessoais podem influenciar os resultados.

homem sendo entrevistado em sala com livros
Um dos desafios da profissão é manter a imparcialidade

Oportunidades e perspectivas futuras

Agora é o momento de saber o que esperar da Ciência Política para os próximos anos. Essa é uma área que, tal como várias outras atualmente, está sendo impulsionada por mudanças com os avanços tecnológicos, mas não só isso.

As alterações nas dinâmicas políticas globais e a crescente demanda por análises políticas mais sofisticadas e complexas também têm provocado muitas mudanças positivas no setor.

Então, vem com a gente ver quais são as oportunidades atuais e o que esperar para o futuro da área!

Expansão das consultorias de Análise Política e crescimento de demanda no setor privado

Nos últimos anos, o setor privado tem demonstrado bastante nas análises políticas que ajudam a prever cenários internos e externos. Isso pode ser fundamental para formular estratégias de negócios.

Os exemplos são vários, mas quer ver um simples? Imagine que um gestor tem a possibilidade de poder abrir uma filial da sua empresa em outro país. Será que esse é o melhor momento?

Dependendo da área, não basta apenas fazer uma análise de conjuntura financeira, mas também política. Afinal, se há chance de alguma crise ou, então, problemas com uma área, isso pode atrapalhar o potencial sucesso desse investimento.

Se é uma empresa de óleo e gás e o país está investindo em reduzir o número de indústrias que atuam com esse segmento, pode não ser uma boa ideia abrir uma filial por lá. Um cientista político poderá fazer essa análise de conjuntura.

Além disso, com a globalização e a interconectividade dos mercados, a necessidade de especialistas que possam oferecer insights sobre a governança global e as implicações políticas para as empresas aumentará. O cientista político que estiver preparado para fornecer análises detalhadas, utilizando tanto metodologias tradicionais quanto novas tecnologias, terá um mercado em crescimento à sua disposição.

Revolução digital para a análise de dados políticos

A revolução digital e a popularização do big data estão potencializando as possibilidades de análise da Ciência Política. Por exemplo, hoje é possível coletar e analisar altos volumes de dados de redes sociais, para identificar tendências políticas e análises de conjuntura. 

Isso, em conjunto com técnicas avançadas de análise, permite que os profissionais consigam fazer previsões mais precisas e compreender melhor os padrões de comportamento político e eleitoral.

Para o futuro, o desenvolvimento de novas tecnologias de Inteligência Artificial (IA) e aprendizado de máquina ajudará, ainda mais, nessa questão. Contudo, ao mesmo tempo, também gera desafios significativos para a área política, como o uso cada vez maior de bots e deepfakes.

O fato de a maioria das pessoas estar predisposta a acreditar em um vídeo ou áudio criado digitalmente, por não saberem que é possível fazer tal coisa, facilita o êxito de campanhas de desinformação ou golpes online que utilizem tais técnicas [de deepfake].

Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky
imagem deep fake
Deepfakes são desafios para a área

Expansão da importância desse profissional em organizações internacionais

Com o aumento das tensões geopolíticas e o aumento da complexidade das relações internacionais, há uma demanda crescente por cientistas políticos em organizações internacionais, como a ONU, o Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Esses profissionais são essenciais para a análise de políticas globais, mediação de conflitos, e promoção de direitos humanos e desenvolvimento sustentável.

Muitos brasileiros, inclusive, têm ganhado muita visibilidade em vagas internacionais nessas organizações, pelo papel diplomático que o país possui. E isso vai além de situações relacionadas com guerras e conflitos geopolíticos. Por exemplo, isso foi importante para conseguir a importação de vacinas durante a pandemia de Covid-19.

Além disso, o papel dos cientistas políticos em embaixadas, consulados e outras missões diplomáticas estão se expandindo, à medida que os governos reconhecem a importância de análises políticas robustas para guiar suas políticas externas. 

O futuro da diplomacia exigirá profissionais com cada vez mais conhecimento profundo sobre as dinâmicas internacionais e das políticas públicas, sendo capazes de lidar com um ambiente global cada vez mais complexo.

Desafios de governança e transparência

À medida que as sociedades exigem mais transparência e ética de seus governos e instituições, cientistas políticos serão chamados a desempenhar um papel central na promoção dessas mudanças. 

A demanda por políticas de governança que assegurem accountability, combate à corrupção, e participação cidadã estão cada vez mais evidentes e os governantes estão de olho nisso. Isso cria boas oportunidades para cientistas políticos que podem desenvolver e implementar práticas de governança eficazes, tanto no setor público quanto no privado.

Academia e formação de novas gerações

Com o aumento na procura por cursos dessa área, justamente pela importância da Ciência Política no contexto atual, também teremos um aumento na procura de docentes para participarem da formação dos futuros profissionais.

O aumento também acontece porque novas formações e especializações estão surgindo. Por exemplo, os cursos de pós-graduação em Humanidades Digitais, que pesquisam as dinâmicas humanas no mundo digital, estão cada vez mais aparecendo e será necessário ter cientistas políticos no corpo docente, para dar conta de diferentes discussões nessa área.

Ao mesmo tempo, os profissionais também estão passando pelos desafios de adaptar o ensino em Ciência Política para as mudanças tecnológicas e sociais, incorporando novas metodologias e áreas de estudo, como políticas digitais e governança ambiental.

Além disso, também vivemos uma tendência crescente de internacionalização do ensino, com a realização de intercâmbios e colaborações entre universidades de diferentes países. Com isso, a tendência é que os pesquisadores tenham maior visibilidade e impacto global.

Aumento da demanda por habilidades analíticas

Com o aumento da complexidade nas relações políticas globais, há uma demanda crescente por cientistas políticos que sejam capazes de fazer análises políticas mais detalhadas, além de conseguirem fazer previsões sobre tendências políticas.

Assim, cada vez mais exige-se habilidades em Big Data, análise quantitativa e qualitativa e modelagem política para boas oportunidades na área.

homem fazendo análise de big data com símbolos digitais na imagem
Habilidades em Big Data são valorizadas na profissão

Expansão das oportunidades em governança e sustentabilidade

Com a expansão do foco em governança corporativa e sustentabilidade, também há um aumento de demanda por cientistas políticas que possam ajudar a integrar práticas de governança responsável e sustentação em suas operações. Isso ajuda a abrir novas oportunidades para esses profissionais em áreas como responsabilidade social corporativa e gestão de políticas ambientais.

Como ingressar na carreira de Ciência Política

Até aqui você viu uma jornada completa na área de Ciência Política. Ou seja, se está interessado em dar o primeiro passo para começar nessa área, é importante saber como ingressar. 

Ter uma preparação cuidadosa ajuda a potencializar suas chances de conquistar melhores oportunidades e alcançar seus objetivos. Por isso, vem com a gente e veja quais são os passos que precisa seguir para conquistar seu sucesso!

Preparação para o mercado de trabalho

O primeiro passo para começar sua jornada na carreira de Ciência Política é ter uma formação acadêmica sólida, em um curso de qualidade. Ele proporciona a base essencial, que proporciona uma introdução abrangente sobre os principais conceitos, teorias e metodologias da área.

Durante a graduação, os alunos podem aproveitar o momento para se envolverem em atividades extracurriculares, como grupos de estudo, projetos de pesquisa e estágios. Isso ajuda a complementar sua formação teórica com experiências práticas. 

Além disso, também é importante para aproveitar esse momento de formação para desenvolver habilidades complementares, que ajudarão a diferenciá-lo no mercado. Entre as principais, estão:

  • Domínio de metodologias quantitativas e qualitativas de pesquisa;
  • Proficiência em idiomas estrangeiros;
  • Competências em tecnologias digitais e análise de dados;
  • Capacidade de trabalhar em equipe;
  • Boa comunicação;
  • Estar atualizado com as principais novidades do mercado.

Estratégias de busca de emprego e networking

Outro ponto importante para entrar nessa área é importante, também, dominar as estratégias de busca de emprego e como criar seu networking. Ter uma boa experiência prática ajudará a abrir muitas portas no futuro.

Uma das formas de conseguir isso é aproveitar o período da graduação para buscar estágios e oportunidades de voluntariado, que ajudarão a ter uma compreensão melhor sobre a área e, ainda poderá abrir boas oportunidades de emprego no futuro.

Outra estratégia para formar uma rede sólida de contatos é participando de conferências, seminários e workshops produzidos pelas principais associações da área. Eles são excelentes oportunidades para fazer networking e, ainda, conhecer quais são as últimas pesquisas e tendências na área.

Além disso, utilize as tecnologias ao seu favor: conte com as plataformas de networking profissional, como o LinkedIn. Ela pode ajudar a conectá-lo com colegas de profissão e buscar oportunidades de emprego, além de divulgar seu trabalho por meio da produção de conteúdo com análises políticas.

moça segurando celular com app do LinkedIn
O LinkedIn é uma boa plataforma de networking e produção de conteúdo

Essa é uma estratégia interessante, especialmente, para quem não mora perto de grandes centros e não consegue participar dos eventos presencialmente. Encurte os espaços por meio dessas plataformas e poderá, até mesmo, conseguir vagas fora da sua cidade.

Manter um perfil atualizado e ativo nessas plataformas pode aumentar significativamente a visibilidade do profissional e facilitar o contato com recrutadores e empregadores.

Preparando um currículo de destaque

Um bom currículo pode fazer toda a diferença na hora de destacá-lo no mercado e conseguir vagas que permitirão alcançar os seus objetivos profissionais. Esse é um dos pontos que mais deixam pessoas em dúvida, especialmente para quem está começando a entrar no mercado de trabalho agora.

Porém, há diferenças entre o currículo para o mercado e para a área acadêmica. Mas como isso funciona? Confira as principais diferenças e dicas para aumentar o seu sucesso em processos seletivos a seguir.

Currículo para o mercado

O currículo de um cientista político que está em busca de uma vaga no mercado deve ressaltar a formação acadêmica. Mas isso não é apenas sobre o curso de graduação mas, também, sobre quaisquer especializações, publicações e prêmios que recebeu ao longo da trajetória.

Reforce, também, seu conhecimento sobre técnicas de análise e pesquisa. Muitos recrutadores estarão de olho nisso, para saber se você terá as habilidades necessárias para aquela atividade. Se souber fazer análise de dados, estará a frente de muitos concorrentes no mercado atual.

Foque, também, nas experiências práticas, especialmente estágios, ações voluntárias, participação em grupos de pesquisa, entre outras possibilidades. Deixe claro suas habilidades em línguas estrangeiras, pois pode ser o diferencial para algumas vagas.

Uma dica importante é: adapte seu currículo para cada oportunidade de emprego. Diferentes cargos podem exigir ênfases em diferentes habilidades e experiências. Assim, ao adaptar o CV, é possível aumentar significativamente a chance de sucesso em processos seletivos.

Currículo para a área acadêmica

Já para quem deseja entrar na área acadêmica, deverá ficar de olho em um outro tipo de currículo: o Lattes. Esse é uma espécie de documento específico da área acadêmica. Nele, além das suas experiências profissionais, poderá inserir suas pesquisas publicadas, participação em workshops e em congressos e mostrar que está engajado no ambiente acadêmico. 

O cadastro é feito diretamente na plataforma Lattes. Mas, caso você não tenha interesse na área acadêmica, vale mais a pena investir em fortalecer o currículo tradicional mesmo.

sombra de mão com celular com app do Lattes
A plataforma Lattes é ótima para quem quer seguir a vida acadêmica

Formação necessária para Ciência Política

Como você viu, o primeiro passo para começar uma carreira em Ciência Política é investir em uma formação acadêmica na área. Mas afinal, qual é o curso de graduação mais indicado? E quais especializações vale a pena investir no futuro?

Vamos apresentar esses pontos a seguir. Vem com a gente!

Graduação em Ciência Política 

O primeiro passo é fazer uma graduação em Ciência Política, sendo a melhor opção para quem deseja se especializar nessa área. Esse curso oferece uma abordagem abrangente sobre os principais conceitos, teorias e metodologias que fundamentam esse campo.

Geralmente o curso é apresentado na modalidade bacharelado e, por isso, possui, em média, 4 anos de duração (8 semestres). Ao longo do curso, você mergulhará em várias disciplinas teóricas e práticas. Estão entre as principais delas:

  • Teoria Política;
  • Governança;
  • Análise quantitativa e qualitativa;
  • Comportamento Eleitoral;
  • Relações Internacionais;
  • Diplomacia, entre outros.

Essa é uma área interdisciplinar, que traz conhecimentos de diversos campos, como Sociologia, Filosofia, Economia, Administração Pública, entre outras. Além disso, muitos cursos incentivam, também, que os alunos realizem estágios, para terem uma primeira experiência com a área e, também, prepará-lo para o mercado de trabalho.

Além disso, alguns cursos também permitem que o aluno possa participar de grupos de pesquisa, o que ajuda em sua formação teórica. Isso ajuda, inclusive, caso queira, no futuro, entrar em um mestrado para começar uma carreira acadêmica.

Pós-graduação 

Após a formação na graduação, há também a possibilidade de se especializar ainda mais em uma área específica da Ciência Política, por meio de um curso de pós-graduação.

Esses cursos são ideais para profissionais que desejam se atualizar ou, então, focar em um campo específico para se preparar para novas oportunidades de trabalho. E, claro, ainda fortalece seu currículo para se destacar no mercado de trabalho.

Para quem deseja empreender, ter uma pós-graduação ajuda a construir uma imagem de autoridade, essencial para conquistar a confiança dos seus futuros clientes.

Mestrado e doutorado 

Para quem deseja entrar na área acadêmica, a trajetória pode levá-lo a entrar nos cursos de mestrado e doutorado. Com eles, é possível ter uma formação mais aprofundada no campo e, ainda, aprender como desenvolver sua própria pesquisa, por meio de um trabalho acadêmico original.

O mestrado é a primeira fase, na qual você fará estudos detalhados, aplicando métodos rigorosos de pesquisa. Ele tem duração média de 24 meses (2 anos).

Já o doutorado é o grau mais avançado que um pesquisador pode ter e é direcionado para quem deseja criar sua própria pesquisa e tornar-se docente no ensino superior.

Durante essa fase, o estudante desenvolve uma tese original, que contribui significativamente para o campo da Ciência Política. Ele tem duração de 48 meses (ou seja, 4 anos).

rapaz escrevendo em biblioteca
No doutorado de 4 anos, o estudante desenvolve uma tese

Ao investir nessa formação, você será incentivado a fazer publicações de artigos acadêmicos, participação em conferências internacionais e se envolver em redes de pesquisa. Essas atividades são fundamentais para construir um nome forte na academia e abrir portas para tornar-se docente em universidades e instituições de pesquisa.

Além disso, você também poderá estabelecer conato com professores renomados e colegas de todo o mundo, podendo expandir suas possibilidades de atuação a, até mesmo, para carreira internacional.

Curso de extensão 

Os cursos de extensão uma excelente maneira para que cientistas políticos atualizem seus conhecimentos e possam continuar construindo um nome forte no mercado. Geralmente, essas são opções de curta duração e focam em temas específicos.

Alguns exemplos são:

  • Políticas públicas;
  • Análise quantitativa em Ciência Política;
  • Big data em análise política;
  • Análise qualitativa em Ciência Política;
  • Uso de Python em Ciência Política;
  • Uso da Inteligência Artificial aplicada à governança;
  • Políticas de sustentabilidade, entre outros.

É importante escolher opções fornecidas por faculdades, institutos e organizações especializados. Assim, além de ter um nome forte no currículo, você terá certeza de que estará, realmente, aprendendo algo positivo para sua carreira.

Além disso, essas opções de cursos também são uma excelente oportunidade para expandir a rede de contatos e melhorar o seu networking.

Veja também: no Papo Reto, conheça a carreira em Direito!

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Conquiste o mundo da Ciência Política com a Anhanguera

Agora você sabe tudo sobre Ciência Política. Então, que tal investir em uma carreira que está cada vez mais em expansão e dominar essa área, seja no setor público ou privado? Para isso, conte com a Anhanguera!

Faça seu curso de bacharelado com a comodidade do Ensino à Distância, com um currículo atualizado. Chegue preparado para lidar com os principais desafios atuais, independentemente do cargo escolhido.

Além disso, aprenda com professores experientes na área, tenha acesso a materiais incríveis e conte com todo o apoio para conquistar as melhores vagas do mercado.

Faça já sua inscrição e dê seu primeiro passo para o sucesso como cientista político.

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