Educação Inclusiva: o que é e como acontece no ensino superior?

educação inclusiva

Olhar para grupos vulneráveis ou que precisem de assistência especial para terem as mesmas oportunidades da maioria faz parte de um grande movimento ao redor do mundo. Como o acesso à educação é um direito de todas as pessoas, cada vez mais estão surgindo leis e políticas públicas com esse fim. 

A própria Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)¹, há muito, realiza um trabalho nesse sentido e afirma que “alcançar grupos excluídos e marginalizados e fornecer-lhes educação de qualidade requer o desenvolvimento e a implementação de políticas e programas inclusivos.”

Pensando nisso, já que o tema está em alta e há um mercado de trabalho crescente voltado à questão, criamos este post aqui na Anhanguera para explicar a você como funciona a educação inclusiva. Vamos lá?

O que é a educação inclusiva?

A educação inclusiva trata de uma reorganização das instituições de ensino ― da educação infantil até a pós-graduação ― para que todos os alunos, independentemente de quaisquer limitações, participem das aulas em geral, nas classes adequadas à sua idade física e condição mental. 

Para isso, os espaços da escola, mobiliário e equipamentos deverão sofrer adaptações, a fim de receber alunos portadores de deficiência. Ainda, professores e funcionários deverão passar por capacitação profissional, visando garantir uma educação de nível idêntico à dos demais alunos sem deficiência e, claro, prezar por harmonia e acolhimento de todos os lados no ambiente educativo.

Vale dizer que educação inclusiva não é a mesma coisa que educação especial, e uma não exclui a outra. 

A educação inclusiva bem-sucedida se dá por meio da aceitação, da compreensão e da atenção às diferenças e à diversidade dos alunos, que podem incluir aspectos físicos, cognitivos, acadêmicos, sociais e emocionais no ambiente educativo com e sem deficientes. 

Já a educação especial é voltada especificamente ao atendimento a pessoas com deficiência, tanto em escolas regulares quanto em escolas especializadas, e pode incluir atividades pedagógicas e terapêuticas.

Educação inclusiva no ensino superior

Ao longo dos últimos anos surgiram leis, ações e programas que vêm beneficiando universitários portadores de deficiência. Alguns dos principais são (por ordem cronológica):

  • 2004 ― Programa Universidade para Todos (Prouni): portadores de deficiência podem concorrer a bolsas de estudos integrais;
  • 2005 ― Programa de Acessibilidade na Educação Superior (Incluir): traz ações para o acesso a estudantes com deficiência às instituições federais de ensino superior;
  • 2007 ― Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE): menciona a acessibilidade arquitetônica dos prédios escolares, formação pedagógica especializada e uso de tecnologia na educação de alunos com deficiência;
  • 2011 ― Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Plano Viver Sem Limite): recomenda, entre outras coisas, a equiparação de oportunidades, incluindo a educação inclusiva;
  • 2015 ― Lei nº 13.146, Lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência (LBI): dedica um dos capítulos ao direito à educação em todos os níveis de ensino;
  • 2016 ― Lei nº 13.409: trata da reserva obrigatória de vagas para estudantes com deficiência em instituições federais, tanto para cursos técnicos quanto superiores.

Qual é a importância da educação inclusiva?

Um dos grandes temas que vêm sendo discutidos no mundo atual é a importância de a sociedade compreender e aceitar a existência da diversidade ― que inclui raça, gênero, orientação sexual, condição social, cultura, religião e deficiência física e mental. 

Entre todas as discussões está a educação inclusiva, que luta para a criação de políticas de oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional iguais às de quem não é deficiente. 

A educação inclusiva considera a diversidade e as contribuições de cada aluno na sala de aula. Em um ambiente verdadeiramente inclusivo, todos os estudantes se sentem seguros e têm um sentimento de pertencimento, especialmente por poderem aprender no seu tempo e ritmo. 

A inclusão é uma tendência mundial. Além das questões relativas à dignidade humana e à conquista de direitos, no mundo dos negócios, as grandes empresas já perceberam que ter equipes diversas é altamente benéfico para alcançar resultados positivos.

A variedade de perspectivas decorre das diferenças de caráter, ocupação, gênero, origem social e experiência de vida entre os indivíduos. Portanto, quanto mais diversas as equipes, maiores as chances de encontrarem as melhores soluções rapidamente. 

Quais são os princípios da educação inclusiva?

Agora que você já entendeu o que é a educação inclusiva e por que é tão importante, veja que ela abraça três grandes grupos que merecem estrutura especial para o seu desenvolvimento. São eles:

  • estudantes com deficiência;
  • estudantes com transtornos globais de desenvolvimento ou autistas;
  • estudantes com altas habilidades ou superdotação.

A partir do olhar sobre esses grupos, é possível traçar o rumo das políticas e dos programas de ensino. Por esse motivo, 5 princípios norteiam a educação inclusiva, segundo o Instituto Rodrigo Mendes (SP):

  1. Toda pessoa tem o direito de acesso à educação.
  2. Toda pessoa aprende.
  3. O processo de aprendizagem de cada pessoa é singular.
  4. O convívio no ambiente escolar oferece benefícios a todos.
  5. A educação inclusiva diz respeito a todos.

Como a educação inclusiva acontece nos cursos superiores?

Desafios não faltam para fomentar a educação inclusiva na faculdade. Mas com um projeto pedagógico bem-estruturado e vontade de mudança da cultura organizacional, muitas faculdades já criaram uma agenda positiva de ações para os diferentes perfis de alunos. Por exemplo:

  • deficiência visual e auditiva: uso de linguagem específica para comunicação. Por exemplo, Libras (Língua Brasileira de Sinais) e Braille;
  • deficiência intelectual: estratégias de comunicação alternativas para o desenvolvimento do pensamento;
  • deficiência física: adaptação da infraestrutura física, adoção de equipamentos e utilização de materiais alternativos;
  • Transtorno Global do Desenvolvimento (autismo): estratégias especiais para adaptação e regulação do comportamento;
  • altas habilidades: aumento dos recursos educacionais e/ou aceleração dos conteúdos para esses alunos.

Com isso, seguem alguns exemplos de ações de fomento à educação inclusiva.

Capacitação profissional

Agenda de capacitação do corpo docente para:

  • compreensão do conceito de educação inclusiva;
  • estratégias de ensino e metodologias pedagógicas;
  • ações para estimular o ambiente inclusivo.

Criação de uma rede de apoio

Educadores, alunos e familiares precisam de acompanhamento. Por isso, o apoio de áreas como a Psicologia é essencial, a fim de oferecer assistência no que for necessário para melhorar a experiência do aluno.

Reestruturação física

Eliminação das barreiras arquitetônicas e aumento dos recursos para o aprendizado. Por exemplo:

  • adaptação dos acessos e dos espaços da faculdade;
  • adaptação das salas de aula, com mesas e cadeiras especiais, bem como dispositivos digitais;
  • flexibilização da grade curricular;
  • adoção de vestibular online;
  • cursos EAD (a distância);
  • instrumentos de avaliação diversificados, que atendam especialmente a esse público. 

Como me preparar para trabalhar na área?

A educação inclusiva é uma área com demanda de empregabilidade crescente, mas que ainda carece de profissionais especializados. Por essa razão, se você tem interesse em trabalhar com pessoas portadoras de deficiência, é necessário investir na Licenciatura em Educação Especial.

A Anhanguera oferece esse curso com duração de 8 semestres, ou seja, 4 anos. Durante a faculdade, você vai adquirir conhecimentos sobre as práticas pedagógicas e metodologias voltadas a cada um dos principais grupos inclusivos, a fim de potencializar seu desenvolvimento e aprendizado.

Uma vez concluída a graduação, você poderá trabalhar em lugares diversos, como:

  • escolas e institutos educacionais;
  • atendimentos personalizados;
  • classes especiais em ambiente hospitalar;
  • consultorias;
  • gestão escolar;
  • secretarias de ensino;
  • pesquisa.

Que tal começar a sua Licenciatura em Educação Especial e Inclusiva?

Neste post, você entendeu o que é e como funciona a educação inclusiva, com foco no ensino superior. Já está imaginando que poderia atuar nessa área?

Então, dê o próximo passo: inscreva-se já no curso de Educação Especial ― Licenciatura da Anhanguera e conte com um dos melhores projetos pedagógicos do país!

¹ https://en.unesco.org/themes/inclusion-in-education.

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