O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é a principal avaliação educacional do Brasil e, para milhões de estudantes, representa muito mais que uma prova. A nota do ENEM pode ser usada para disputar vagas em universidades públicas, concorrer a bolsas de estudo em instituições privadas, acessar programas de financiamento estudantil e até participar de processos seletivos em outros países.
Programas como SiSU, ProUni e FIES usam a nota do exame como critério de seleção, o que faz do ENEM uma das formas mais amplas de ingresso no Ensino Superior. Além disso, cada vez mais instituições brasileiras e estrangeiras aceitam o resultado como parte do processo de admissão.
Neste guia, você vai conhecer as principais formas de aproveitar a sua nota. E, claro, vamos mostrar como a Anhanguera pode ser sua parceira nessa jornada!
Qual é a função do resultado do ENEM?
Criado em 1998, o ENEM tinha o objetivo de avaliar a qualidade da educação básica no Brasil. No começo, a ideia era apenas medir o desempenho dos alunos ao final do Ensino Médio e gerar dados para políticas públicas. Mas com o tempo o exame ganhou outra dimensão e se tornou a principal porta de entrada para o Ensino Superior.
Hoje, a nota do ENEM serve para muito mais. Ela permite disputar vagas em universidades públicas pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU), concorrer a bolsas de estudo parciais ou integrais em instituições privadas por meio do ProUni e obter financiamento estudantil em programas como o FIES. Em vários países, inclusive, o resultado também é aceito em processos seletivos, o que abre a possibilidade de estudar no exterior.
Mais que uma nota no boletim, o ENEM vira um passe de entrada para várias oportunidades. É ele que ajuda a decidir onde estudar e qual caminho seguir, sem limitar seus sonhos.
Afinal, como usar a nota do Enem?
SiSU como ingresso em universidades públicas
O SiSU é, para muita gente, o caminho mais direto para entrar em uma universidade pública. Ele funciona como uma vitrine nacional: as instituições participantes oferecem vagas em cursos de graduação usando a nota do ENEM como principal critério de classificação.
Criado em 2010, o sistema deixou de ser apenas uma alternativa aos vestibulares tradicionais e virou praticamente indispensável para quem busca ensino superior gratuito.
Nos últimos anos, o SiSU passou por mudanças importantes que afetam quem vai se inscrever. Em 2025, por exemplo, o Ministério da Educação trouxe 261.779 vagas em 6.851 cursos distribuídos entre 124 instituições. A oferta continua alta, mas isso não significa vaga garantida. Em cursos mais disputados, a nota de corte sobe bastante, então vale pesquisar as estatísticas de anos anteriores para montar sua estratégia.

Outra mudança de peso é que agora o SiSU tem apenas uma edição por ano, regra que começou em 2024. Antes eram dois processos, um por semestre, o que dava mais flexibilidade e possibilidade. Hoje, todas as vagas — para o primeiro e o segundo semestre — são concentradas em um único período de inscrição. Ou seja, é uma chance por ano, o que torna o planejamento do ENEM e a definição de metas de nota ainda mais decisivos.
Também rolaram novidades para quem pensa em cursos a distância. A nova política federal para a educação a distância (EaD), definida pela Portaria nº 378/2025, trouxe mais opções de formato, como cursos semipresenciais ou híbridos. Mas junto vieram exigências: infraestrutura nos polos, avaliações presenciais em algumas matérias e uma carga mínima de aulas presenciais ou síncronas.
O que saber para mandar bem no SiSU
Se você quer mandar bem no SiSU, aqui vão alguns conceitos importantes que você precisa conhecer:
- Nota de corte: é a menor nota que garantiu vaga em determinado curso e chamada. Ela varia conforme número de inscritos, perfil dos candidatos (ampla concorrência ou cotas) e oferta de vagas. Consultar notas de anos anteriores ajuda a ter uma meta realista.
- Escolha de opções: dá para selecionar duas opções de curso. A primeira costuma ser a preferida, e a segunda serve de plano B — de preferência em um curso com nota de corte mais baixa para aumentar as chances.
- Modalidades de concorrência: ampla concorrência ou cotas (por renda, escola pública, raça/etnia etc.). Saber em qual modalidade você vai se inscrever é importante para traçar a melhor estratégia, afinal, a sua posição em cada modalidade pode mudar bastante.
- Prazo e calendário: com uma única edição anual, perder o período de inscrição significa esperar até o ano seguinte, por isso é importante ficar atento.
- Estatísticas recentes: os relatórios do MEC divulgam dados de chamadas regulares e listas de espera. Analisar esses números ajuda a prever padrões de convocação e aproveitar vagas que sobraram.
ProUni como acesso a bolsas em faculdades privadas
Se o SiSU é o principal caminho para universidades públicas, o ProUni (Programa Universidade para Todos) é a grande chance de quem quer estudar em faculdades particulares com bolsa de estudos. Criado em 2004, o programa oferece bolsas integrais (100%) e parciais (50%) usando a nota do ENEM como critério de seleção.
Quem pode se inscrever
Para concorrer, o candidato precisa:
- Ter renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo para bolsas integrais, ou até 3 salários mínimos para bolsas de 50%;
- Não ter diploma de curso superior.
A Lei 14.350/2022 ampliou quem pode participar: antes, era exigido Ensino Médio em escola pública ou escola privada como bolsista integral. Agora, com as regras novas, estudantes que cursaram o Ensino Médio em escola privada sem bolsa também podem participar, desde que se encaixem no critério de renda.

Por que vale a pena
Em 2024, o ProUni ofereceu mais de 406 mil bolsas em instituições de todo o Brasil, segundo o MEC — uma das maiores edições da história. As vagas abrangem diversas áreas: desde cursos superconcorridos, como Enfermagem e Direito, até graduações tecnológicas e licenciaturas.
Com o Prouni, milhares de estudantes que não teriam como pagar uma faculdade já conseguiram se formar, entrar no mercado de trabalho e melhorar de vida. É a prova de como a nota do ENEM pode ser usada para novas oportunidades.
FIES como alternativa de financiamento estudantil
Se o SiSU garante vagas em universidades públicas e o ProUni oferece bolsas em faculdades privadas, o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) é a alternativa para quem não conseguiu uma bolsa, mas precisa de ajuda para pagar a mensalidade.
Criado em 1999, o programa permite financiar parte ou até todo o valor do curso e começar a pagar só depois da formatura, com condições bem mais vantajosas que as de um empréstimo comum.
Como funciona
- Juros zero: disponível para estudantes com renda familiar per capita de até 3 salários mínimos;
- P-Fies: para quem tem renda maior, existe a modalidade feita em parceria com bancos privados, que oferece juros reduzidos;
- Em todos os casos, o pagamento da dívida começa depois da conclusão da graduação, ou seja, durante a graduação você pode se dedicar aos estudos.
Números e mudanças recentes
Em 2023, foram oferecidas cerca de 67 mil vagas em instituições de todo o país. Ou seja, o programa é uma opção real para quem não se encaixa no ProUni ou não atingiu a nota necessária para o SiSU.
Nos últimos anos, o governo fez ajustes para manter o programa viável. Entre eles:
- exigência de participação no ENEM, com média mínima de 450 pontos e nota acima de zero na redação;
- definição de um teto para o valor das mensalidades financiadas, garantindo equilíbrio entre custo e benefício.
Por que vale a pena
O FIES é um financiamento que ajuda a tornar a faculdade possível quando o orçamento aperta. Para muita gente, já significou terminar a graduação, conseguir o primeiro emprego da área e dar um passo importante na vida profissional.
Universidades estrangeiras que aceitam a nota do ENEM
O que muita gente não sabe é que existem instituições fora do Brasil que aceitam a nota do ENEM como critério de seleção para a graduação. Em muitos casos, não é preciso fazer vestibulares ou provas adicionais no país de destino.
Para quem pensa em estudar no exterior, essa é uma forma prática de aproveitar um resultado que já tem: a nota do ENEM pode ser usada diretamente na candidatura, simplificando etapas e reduzindo custos.

As universidades que adotam o exame veem nele um indicador consistente de desempenho, já que avalia leitura, raciocínio lógico e conhecimentos de ciências e matemática.
A maioria das instituições que aceitam o ENEM fica na América Latina, mas também existem opções na Europa e em partes da Ásia. Essa alternativa permite cursar a graduação em outro país e, de quebra, conhecer novas culturas e modos de ensino, algo que enriquece a formação pessoal e profissional.
Países e instituições que aceitam o ENEM
● Portugal: Mais de 50 universidades, entre elas a Universidade de Coimbra e a Universidade do Porto, usam a nota do ENEM no processo de seleção;
● França: Algumas instituições aceitam o exame em programas de parceria, principalmente em cursos de engenharia e ciências sociais;
● Reino Unido: Universidades como a University of Bristol já reconheceram a nota em processos seletivos específicos;
● Irlanda: Instituições como o Griffith College Dublin também aceitam o ENEM como parte de seus critérios de admissão;
● Canadá: Algumas universidades analisam a pontuação do ENEM junto com o histórico escolar;
● América Latina: Países como Argentina, Chile, Colômbia e Uruguai têm instituições que aceitam o exame brasileiro como forma de ingresso direto.
Dicas para aproveitar melhor sua nota do ENEM
Tirar uma boa nota é só o começo. Depois também é preciso usar esse resultado de forma planejada para não desperdiçar oportunidades. Muita gente se inscreve no SiSU, ProUni ou FIES sem pesquisar as regras de cada programa e acaba deixando vagas ou benefícios passarem. Ter um objetivo claro e entender como cada seleção funciona ajuda a ter uma oportunidade de verdade de ingressar no Ensino Superior.
É importante saber que a pontuação pode ser usada em mais de um processo ao mesmo tempo. É possível, por exemplo, tentar o SiSU e, caso não consiga a vaga, disputar uma bolsa do ProUni ou recorrer ao FIES. Quem pensa em estudar fora também precisa olhar os prazos das universidades estrangeiras, que costumam ter calendários diferentes.
Também fique de olho nos editais e nas mudanças nas regras. Alterações como a unificação do SiSU em uma única edição anual e a ampliação das normas do ProUni podem impactar sua estratégia, então estar atualizado ajuda a não perder informações importantes.

Dicas práticas para usar sua nota do ENEM da melhor forma
- Pesquise notas de corte: consulte edições anteriores do SiSU e do ProUni para ter uma noção da pontuação que você precisa tirar para entrar no curso que deseja;
- Diversifique suas opções: inscreva-se em mais de um programa (SiSU, ProUni, FIES) para aumentar as chances de ingresso;
- Fique de olho no calendário: cada processo seletivo tem prazos diferentes, por isso, perder a data pode significar ter que esperar até o ano seguinte;
- Entenda as regras de cada modalidade: conheça os critérios de renda, cotas e autodeclaração para não ser eliminado por falta de documentação;
- Planeje alternativas: escolha cursos ou campus com níveis de concorrência variados para ter um plano A e um plano B;
- Avalie oportunidades no exterior: se pensa em estudar fora, pesquise universidades que aceitam o ENEM e verifique os prazos de candidatura.
Veja também! Saiba mais sobre como usar sua nota do Enem:
Do ENEM para a faculdade: o próximo passo é seu
A nota do ENEM pode ser usada de várias maneiras: para disputar vagas em universidades públicas pelo SiSU, concorrer a bolsas em instituições privadas pelo ProUni, buscar financiamento pelo FIES ou até se candidatar a faculdades no exterior. O exame se tornou um dos principais caminhos de acesso ao Ensino Superior no Brasil.
Depois do resultado, a escolha é pessoal. Avalie qual programa combina com seus objetivos e prazos e organize a inscrição de acordo com sua realidade. Planejamento e informação são o que realmente ajudam a transformar a nota em oportunidade.
A Anhanguera oferece cursos de graduação presenciais e a distância em áreas como Direito, Enfermagem, Fonoaudiologia, Administração, Engenharia e Pedagogia, além de graduações tecnológicas e licenciaturas. Nós temos professores com experiência prática e recursos para quem precisa conciliar os estudos com trabalho ou outros compromissos.
Se você pretende usar a nota do ENEM para ingressar na faculdade, aproveite as opções que apresentamos para planejar o próximo passo da sua formação na Anhanguera!
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