Imagine seu dia a dia: ao acordar, você já dá aquela olhadinha no celular para ver as notificações, faz uma compra online ou paga uma conta por aplicativos. Quando precisa de informação, busca na internet, lê um artigo ou assiste a um vídeo informativo. E quando está relaxando, aproveita as redes sociais ou assiste a séries e filmes em plataformas de streaming.
Mas você já pensou que todo esse universo digital depende de profissionais capacitados para desenvolver e manter os sites e sistemas? É aí que entram os tecnólogos em desenvolvimento web.
Um profissional de desenvolvimento web é responsável não apenas pela criação de sites, mas pela construção de toda a infraestrutura que permite que essas plataformas operem sem falhas, levando em conta desde o design até a programação e a segurança dos dados.
Essa função se tornou central para empresas de todos os setores, que precisam de uma presença online para se conectar com clientes, realizar transações e divulgar produtos e serviços. O tecnólogo em desenvolvimento web também colabora com equipes de design, marketing e TI, assegurando que o site ou aplicativo atenda aos objetivos do negócio, enquanto é intuitivo e atrativo para o público.
Portanto, se você está curioso para descobrir mais sobre esta carreira, o seu lugar é aqui. Vem com a gente!
- 1 Conheça a carreira em desenvolvimento web
- 2 Como está o mercado para a carreira em desenvolvimento web
- 3 Cargos e especializações em desenvolvimento web
- 4 Salários e benefícios
- 5 Cultura e desafios da carreira
- 6 Como ingressar na carreira de desenvolvimento web
- 7 Caminhos e educação necessária para a carreira em desenvolvimento web
- 8 Como se qualificar
Conheça a carreira em desenvolvimento web
A carreira em desenvolvimento web está profundamente ligada à evolução da internet e das tecnologias que moldaram o ambiente digital como conhecemos hoje. Desde os primeiros experimentos com redes de computadores até o mundo online, o desenvolvimento web acompanha a evolução das ferramentas e linguagens que tornaram a internet um dos maiores marcos da história da comunicação humana.
O conceito de internet como uma rede global surgiu na década de 1960, mas foi em 1989 que Tim Berners-Lee criou a World Wide Web, revolucionando a maneira como acessamos e compartilhamos informações. Ele definiu seu objetivo da seguinte forma:
“A Web foi projetada para ser um meio colaborativo e universal, acessível a qualquer pessoa com uma conexão” – Tim Berners-Lee, criador da World Wide Web.
Isso pavimentou o caminho para o surgimento de uma carreira voltada à criação de páginas e aplicações web. Berners-Lee é reconhecido como o criador do primeiro navegador e da primeira linguagem de marcação (HTML), que ainda é a base do desenvolvimento web até os dias atuais.
A partir desse ponto, o trabalho de desenvolvimento web se expandiu rapidamente. Nos anos 1990, o cientista da computação e empreendedor Marc Andreessen lançou o navegador Mosaic, e mais tarde, o Netscape, tornando a navegação na internet acessível ao público geral. Com isso, o desenvolvimento web deixou de ser algo restrito a especialistas e se tornou uma área de crescimento acelerado.
Buscando dinamizar os sites criados, de forma que a experiência de navegação para os consumidores fosse mais interativa e ágil, foi questão de tempo para o surgimento de novas linguagens e ferramentas, como o JavaScript, criado por Brendan Eich
Para entender melhor o papel do JavaScript, é importante começarmos compreendendo o que são HTML e CSS, pois eles trabalham juntos como uma equipe. O HTML, ou HyperText Markup Language, é responsável por dar forma à página web, definindo aonde cada parte do conteúdo está localizada. Se pensarmos em um site como um edifício, o HTML seria como o esqueleto desse edifício, determinando onde ficam os cômodos e quais partes formam sua estrutura básica.
Já o CSS, ou Cascading Style Sheets, vem logo após o HTML para garantir que esse “esqueleto” ganhe forma, cores e estilos adequados. Ele é o responsável por ajustar o design visual do site, como a cor de botões, o estilo das fontes e a organização do layout. O CSS trabalha em conjunto com o HTML para garantir que o conteúdo seja apresentado de uma forma atraente e organizada.
Diferente do HTML, que organiza a estrutura de uma página, e do CSS, que define a aparência visual, o JavaScript permite que os elementos respondam às ações do usuário em tempo real. É graças a ele que você pode clicar em botões e ver conteúdos mudando sem precisar recarregar a página, como em formulários que verificam informações antes de serem enviados ou notificações que aparecem instantaneamente.
Além do papel de interatividade do JavaScript em navegadores, ele também pode ser utilizado no lado servidor com a tecnologia Node.js. O Node.js permite que desenvolvedores utilizem o JavaScript para construir não apenas a parte visual e interativa de um site, mas também toda a lógica e operações do servidor que suportam a página. Isso facilita o desenvolvimento completo de aplicações, tanto no lado do cliente quanto no servidor, usando uma única linguagem.
Assim, hoje, o desenvolvimento web é uma carreira que combina criatividade, lógica e o domínio de várias ferramentas tecnológicas. Desde a criação de interfaces intuitivas até a implementação de servidores que suportam milhões de usuários, o papel do profissional nesta área é muito importante para o funcionamento do mundo digital. A internet, que começou como um projeto acadêmico e militar, agora é o palco de negócios, educação, entretenimento e comunicação, e o desenvolvedor web está no centro desse ecossistema, construindo e aprimorando as estruturas que mantêm tudo isso em funcionamento.
Como está o mercado para a carreira em desenvolvimento web
Segundo o Business Research Insights, o mercado para desenvolvedores web em 2024 segue crescendo, com uma demanda significativa por profissionais qualificados e isso se deve a diversos fatores.
Um deles é a pandemia da Covid-19. Com as restrições físicas e o isolamento social, empresas e consumidores foram forçados a migrar suas operações e interações para o ambiente online. Negócios que antes não tinham presença digital se viram obrigados a criar sites, plataformas de e-commerce e sistemas de atendimento remoto. Isso fez com que a necessidade por desenvolvedores web crescesse rapidamente, especialmente para ajudar as empresas a adaptarem suas operações à nova realidade.
Um dos fatores mais significativos foi o crescimento do e-commerce, que se tornou essencial durante o lockdown. Segundo um relatório da UNCTAD, o comércio eletrônico global aumentou em 26,7% em 2020, levando empresas a investir em websites e plataformas personalizadas para alcançar clientes. Além disso, com o aumento do trabalho remoto, muitas ferramentas de colaboração online precisaram ser aprimoradas ou criadas, o que gerou ainda mais oportunidades para desenvolvedores web.
A aceleração da transformação digital em setores como educação, com o crescimento das plataformas de ensino à distância, e saúde, com o surgimento de telemedicina, também gerou uma demanda por sites e aplicativos que conectassem usuários a esses serviços essenciais.
Esses fatores contribuíram diretamente para o crescimento do trabalho dos desenvolvedores web nos últimos anos, e muitas dessas mudanças vieram para ficar, consolidando a importância dessa carreira no cenário pós-pandemia.
Cargos e especializações em desenvolvimento web
Se o mercado de trabalho já No campo do desenvolvimento web, há uma variedade de cargos e especializações que os profissionais podem seguir, dependendo de suas habilidades e interesses. Aqui estão os principais cargos e suas respectivas funções:
Principais cargos e especializações
Engenheiro de software
Embora o desenvolvedor web geralmente se concentre em construir sites e aplicativos, ele também pode atual como engenheiro de software.
Esse profissional abrange um escopo mais amplo, desenvolvendo soluções complexas de software que podem incluir sistemas distribuídos e algoritmos avançados, utilizando conceitos de engenharia para criar sistemas escaláveis e de alto desempenho.
Coder (programador)
O programador, ou coder, é aquele que escreve o código que dá vida aos sites e aplicações. Dependendo de sua especialização, ele pode se focar em várias áreas da programação web, desde o front-end até o back-end, usando linguagens como JavaScript, PHP, Python, entre outras.
Engenheiro de DevOps
Esse profissional trabalha na interseção entre o desenvolvimento e as operações de TI.
Ele se concentra na automação e na integração contínua (CI/CD) para garantir que os produtos sejam entregues rapidamente e com qualidade. Isso envolve o gerenciamento de servidores, containers e da infraestrutura, utilizando ferramentas como Docker, Kubernetes e AWS para criar um bom e seguro ambiente de desenvolvimento.
Especialista em segurança da informação
No ambiente atual, onde a cibersegurança é uma prioridade, é o especialista em segurança da informação que protege as aplicações web contra ataques e vulnerabilidades.
Este profissional é responsável por realizar testes de penetração, implementar criptografia e seguir as melhores práticas de segurança, prevenindo acessos não autorizados e vazamentos de dados.
Especialista em UI/UX
O especialista em UI/UX (User Interface/User Experience) é responsável por projetar interfaces e experiências de usuário eficientes, práticas e visualmente atraentes.
Seu trabalho envolve entender o comportamento dos usuários por meio de pesquisa, análise de dados e testes para criar protótipos e wireframes que proporcionem uma navegação intuitiva e fluida.
Desenvolvedor
Como desenvolvedor, o profissional pode se deparar com diversas possibilidades de atuação, sendo algumas delas:
- Desenvolvedor front-end: é quem cuida da “face” de um site ou aplicativo, a parte visível com a qual o usuário interage. Ele usa linguagens como HTML (para estruturar o conteúdo), CSS (para estilizar e definir o layout) e JavaScript (para adicionar interatividade) para criar interfaces dinâmicas e responsivas. A principal preocupação do desenvolvedor front-end é garantir que os sites e aplicativos ofereçam uma boa experiência ao usuário, funcionando bem em todos os dispositivos e navegadores.
- Desenvolvedor back-end: já o back-end lida com a parte “por trás das cortinas”, responsável por armazenar, processar e manipular dados. Utilizando linguagens como Python, Java, PHP ou Node.js, os desenvolvedores back-end criam a lógica de negócios dos aplicativos e gerenciam bancos de dados. Eles garantem que as informações do usuário sejam tratadas de maneira eficiente e segura, conectando as interações do front-end aos servidores e sistemas de armazenamento.
- Desenvolvedor full-stack: o desenvolvedor full-stack é mais versátil, devendo possuir habilidades tanto de front-end quanto de back-end. Ele é capaz de desenvolver uma aplicação completa, lidando com a interface do usuário e a lógica de servidor e banco de dados. Essa função é muito valorizada, especialmente em startups, por conta de sua flexibilidade em atuar em várias camadas do desenvolvimento.
Veja também: O que faz um Desenvolvedor Web? Veja 5 funções desse programador!
A carreira no setor privado
A carreira de desenvolvedor web no setor privado oferece aos profissionais um ambiente de trabalho desafiador e boas oportunidades de crescimento. Empresas de todos os setores demandam desenvolvedores para criar e manter plataformas digitais, o que inclui desde simples websites até complexas aplicações de e-commerce, plataformas de streaming e sistemas corporativos. Essa diversidade de projetos garante que os desenvolvedores no setor privado estejam sempre expostos diversos campos de atuação.
Uma das maiores vantagens de trabalhar no setor privado é a remuneração. Empresas de tecnologia, em especial, oferecem salários altamente competitivos, além de pacotes de benefícios, que podem incluir bônus, opções de ações e planos de saúde, além de oportunidades de crescimento na carreira.
No Brasil, grandes players como Nubank, Mercado Livre, iFood e VTEX são alguns dos principais empregadores de desenvolvedores web. Internacionalmente, empresas como Google, Amazon e Meta estão sempre em busca de talentos qualificados para expandir suas operações globais.
A mentalidade de inovação se assemelha a quem opta por seguir carreira como empreendedor. Você vê isso presente em startups, que proporcionam maior liberdade criativa e um ritmo acelerado de trabalho. As startups costumam exigir que os desenvolvedores estejam sempre atualizados com as últimas tendências tecnológicas, como novas linguagens de programação, metodologias ágeis e práticas de DevOps.
Contudo, a pressão por resultados é alta, especialmente em empresas focadas em crescimento rápido ou que precisam entregar projetos sob prazos curtos, então é importante considerar a geração de um nível maior de estresse e pouco tempo livre. Outro ponto, agora, em comparação com o setor público, as empresas privadas tendem a oferecem menos estabilidade no emprego, ou seja, pode haver certa insegurança quando o assunto é demissão, seja por crises ou mudanças de direção da empresa.
A carreira no setor público
Já o desenvolvimento web no setor público envolve a criação e manutenção de sistemas que atendem às necessidades de instituições governamentais, serviços públicos e a sociedade em geral. Os projetos podem variar de plataformas de serviços ao cidadão a sistemas de gestão interna, sempre com o foco em melhorar a eficiência e a transparência nas operações governamentais.
As carreiras no governo costumam oferecer segurança a longo prazo, com menos risco de demissões em massa ou reestruturações repentinas, algo que pode ser mais comum nas empresas privadas. O setor público também costuma apresentar horários de trabalho mais regulares e previsíveis, proporcionando um maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Os benefícios, como férias e licenças, também são frequentemente mais generosos do que em muitos ambientes privados.
Os principais órgãos que contratam desenvolvedores web no setor público variam ao nível federal, estadual e municipal. Portanto, temos instituições como o Ministério da Justiça, o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), a Caixa Econômica Federal e a Receita Federal entre os principais contratantes. Também existem agências reguladoras e autarquias que frequentemente buscam profissionais para gerenciar seus sistemas e plataformas digitais.
No entanto, a burocracia é um aspecto significativo, e isso pode resultar em processos de tomada de decisão mais lentos e frustrantes. O desenvolvimento de novos projetos pode exigir uma série de aprovações e cumprir normas rígidas e, algumas vezes, não ir para frente justamente pela própria burocracia ou pela falta de incentivos em dar continuidade.
A carreira para quem é empreendedor
Por fim, para aqueles que optam pelo empreendedorismo, o diferencial está autonomia. Diferente de um emprego tradicional no setor privado, onde os profissionais estão integrados a uma equipe e seguem diretrizes específicas, o empreendedorismo permite que desenvolvedores assumam o controle total de seus projetos, desde a concepção até a execução.
Uma das principais vantagens do empreendedorismo na área de desenvolvimento web é justamente a liberdade criativa. Os empreendedores podem escolher quais projetos desenvolver, quais tecnologias utilizar e como gerenciar seu tempo e recursos.
Essa autonomia permite que os profissionais alinhem seus interesses pessoais com as oportunidades de mercado, criando produtos ou serviços que realmente os motivam. Assim, o potencial de crescimento financeiro pode ser significativo; ao construir uma base de clientes sólida e oferecer serviços de qualidade, os empreendedores podem aumentar seus lucros de forma exponencial.
Outra vantagem é a possibilidade de inovar. O profissional conta com a flexibilidade de experimentar novas ideias e tecnologias, algo que pode ser mais restrito em um ambiente corporativo, onde a adoção de novas ferramentas pode depender de aprovações e orçamentos. Essa possibilidade pode resultar em soluções criativas que atendem a nichos específicos do mercado, o que pode ser fonte de sucesso.
No entanto, ainda que o retorno financeiro possa ser significativo, é importante pensar que esse retorno não costuma surgir de imediato. Assim, existe uma certa insegurança financeira, especialmente nos primeiros meses ou anos, tornando essencial um planejamento financeiro cuidadoso e a capacidade de se adaptar rapidamente às mudanças do mercado.
Considerando que o empreendedor vai estar a frente de todo o negócio, pode se tornar um trabalho desgastante e que exige habilidades que vão além da programação. Portanto, em dado momento, será preciso avaliar uma ampliação nos próprios conhecimentos ou terceirizar as demais responsabilidades.
Outra desvantagem é a necessidade de criar e manter uma rede de contatos. Ao contrário do setor privado, onde as interações e colaborações acontecem de forma mais natural dentro da equipe, os empreendedores precisam se esforçar para estabelecer conexões com clientes, outros profissionais da área e potenciais parceiros de negócios. O sucesso muitas vezes depende da capacidade de construir relacionamentos e da reputação no mercado.
É uma jornada repleta de altos e baixos. O mercado de tecnologia está em constante evolução, e os empreendedores precisam estar dispostos a aprender continuamente e a se adaptar às novas tendências. Iniciativas bem-sucedidas podem levar a um crescimento significativo, enquanto fracassos podem oferecer lições valiosas e oportunidades para recomeçar. Com a demanda crescente por soluções digitais, os empreendedores também tem um amplo campo de atuação, desde a criação de aplicativos e plataformas até consultorias especializadas.
Veja também: O que é e qual é a diferença entre Front-End e Back-End?
Salários e benefícios
Quando falamos sobre os salários e benefícios na carreira de desenvolvedor web, é importante considerar que os valores podem variar bastante com base em fatores como a especialização, a localização geográfica, o nível de experiência e o porte da empresa. A partir dos dados oferecidos no site vagas.com.br, é possível ter uma noção inicial de quanto esses profissionais recebem, mas vale lembrar que o contexto da empresa e o mercado local influenciam diretamente nos valores. Vamos conferir?
Salários
- Engenheiro de software: média salarial de R$ 6.303,00
- Coder (programador): média salarial de R$ 5.485,55
- Engenheiro de DevOps: média salarial de R$ 9.000,00
- Especialista de segurança da informação: média salarial de R$ 12.000,00
- Especialista de UI/UX: média salarial de R$ 11.500,00
- Desenvolvedor front-end: média salarial de R$ 5.050,00
- Desenvolvedor back-end: média salarial de R$ 5.000,00
- Desenvolvedor full-stack: média salarial de R$ 4.000,00
Benefícios
Além do salário base, os profissionais da área geralmente tem acesso a um pacote de benefícios que varia bastante de acordo com o setor. No setor privado, por exemplo, principalmente as grandes corporações, costumam oferecer uma gama de benefícios que incluem bônus, participação nos lucros, vale-refeição, vale-alimentação, planos de saúde e odontológico, além de incentivos educacionais como subsídios para cursos e certificações. Em startups, apesar de o pacote ser mais enxuto, pode haver compensações com flexibilidade de horários, trabalho remoto e ambiente mais dinâmico, o que atrai muitos profissionais.
No setor público, por outro lado, os benefícios estão focados na estabilidade de carreira, aposentadoria garantida por regimes de previdência e vantagens como licença-prêmio e adicionais por tempo de serviço.
Saiba mais: Quanto ganha um desenvolvedor web? Descubra aqui!
Cultura e desafios da carreira
Com tantas oportunidades, um salário atrativo e benefícios… Falta a gente saber como é a cultura num ambiente de trabalho voltado para a área de desenvolvimento web. E não só isso, conhecer também os principais desafios, afinal, entender como esses fatores influenciam no dia a dia do profissional pode ser determinante para quem ainda tem dúvidas sobre essa carreira.
A seguir, então, vamos explorar mais a fundo as principais características desse ambiente de trabalho e os desafios que surgem ao longo dessa jornada.
Cultura
Ambiente de trabalho
O ambiente pode variar entre o setor privado, público ou no empreendedorismo. No setor público, o ambiente é mais estável e previsível, com menos pressão e prazos mais longos.
Já o foco para resultados rápidos é bem mais perceptível no setor privado e de empreendedorismo. Ambos contam com mais responsabilidade e certa incerteza, mas, em geral, dispõem de maior flexibilidade em relação ao deslocamento – podendo trabalhar de maneira híbrida, ou até mesmo remota.
Trabalho em equipe x trabalho individual
Apesar de você poder trabalhar sozinho, a cultura na área de tecnologia, no geral, é muito colaborativa. Os profissionais costumam se envolver em fóruns, grupos online, e eventos como hackathons, ou maratonas de programação, e conferências de tecnologia, trocando ideias, e chegando a resolver problemas colaborativamente.
Esse espírito colaborativo é fortalecido por uma cultura open-source, onde muitos desenvolvedores contribuem para o aprimoramento de ferramentas e frameworks, amplamente usados na indústria.
Aprendizado constante
O ritmo de evolução tecnológica é, sem dúvidas, acelerado e acaba exigindo que os profissionais estejam sempre atualizados com as mais recentes linguagens de programação, ferramentas e metodologias.
Assim, os desenvolvedores web buscam investir em cursos online, participar de bootcamps, também como falamos, participar de maratonas de programação, e estudar por conta própria para acompanhar as mudanças e melhorias.
Desafios
Transformar a teoria em prática
Criar aplicações que funcionem de forma consistente em diferentes navegadores, dispositivos e sistemas operacionais é um desafio contínuo, e pode levar tempo para ser concluído com êxito. Um exemplo disso é a compatibilidade entre plataformas e a integração de diferentes tecnologias, como APIs REST e RESTstful, que costumam aumentar a complexidade do trabalho.
No fim, o desenvolvedor precisa saber trazer o conhecimento técnico para a sua prática profissional, de modo que consiga entregar um bom resultado, em um prazo razoável.
A experiência do usuário (UX)
Atualmente não basta oferecer o básico para os usuários. Em geral, as pessoas buscam por experiências imersivas e soluções rápidas em um site ou aplicativo.
Ou seja, o desenvolvedor deve considerar ir além, sabendo desenvolver interfaces intuitivas, que fluam bem e possam atender às expectativas dos usuários. Para isso, vale equilibrar o design estético, a usabilidade e a funcionalidade, o que envolve colaborações estreitas com equipes de design e um profundo entendimento de comportamento do usuário.
Sobrecarga de trabalho
Com a crescente demanda por profissionais qualificados, os profissionais desenvolvedores lidam frequentemente com excesso de trabalho e múltiplas responsabilidades, especialmente em startups e empresas pequenas que, em muitos casos, podem não contar com uma equipe específica para a área.
Isso acaba gerando um desgaste e pressão constantes, o que pode afetar não só a qualidade do código e da programação, como até mesmo a saúde física e mental do profissional.
Sindicatos e associações profissionais
Sindicatos e associações profissionais desempenham papéis distintos, mas os dois são importantes para o trabalhador.
Os sindicatos são entidades focadas na representação dos direitos trabalhistas, especialmente em questões como salários, condições de trabalho, e benefícios. Eles negociam acordos coletivos e buscam proteger seus direitos perante empregadores e governos.
Já as associações profissionais se concentram mais no desenvolvimento da carreira, promovendo networking, oferecendo oportunidades de formação, e divulgando as melhores práticas da profissão através de blogs e até podcasts.
Os sindicatos para a área são os voltados para a tecnologia da informação, como o Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação). No entanto, muitos desenvolvedores acabam optando participarem das associações que, ainda que não atuem diretamente na mediação de conflitos trabalhistas, oferecem um suporte mais voltado ao crescimento profissional. Alguns exemplos são a Assespro (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação) e associações internacionais como a ACM (Association for Computing Machinery) e a IEEE Computer Society, que são respeitadas globalmente por promoverem educação, pesquisa e troca de conhecimento na área de TI e desenvolvimento web.
Regulamentações e ética profissional
A regulamentação da área de desenvolvimento web no Brasil não é tão específica quanto em outras profissões, mas existem algumas diretrizes e normas que afetam diretamente o trabalho dos desenvolvedores. Uma das legislações mais relevantes é a Lei nº 9.609/1998, que trata dos direitos autorais relacionados ao software, assegurando que as criações dos desenvolvedores sejam protegidas como obras intelectuais.
Além disso, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), estabelecida pela Lei nº 13.709/2018, impacta diretamente como os desenvolvedores web devem trabalhar, especialmente em relação ao tratamento e proteção de dados pessoais dos usuários. Essa lei estabelece diretrizes para o consentimento do usuário, a transparência na coleta de dados e a responsabilidade dos desenvolvedores em garantir a segurança da informação. O não cumprimento pode resultar em penalidades significativas, tornando essencial que os desenvolvedores estejam atentos a essas exigências.
Outros aspectos regulatórios incluem normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que pode influenciar práticas de desenvolvimento e implementação de software, assim como diretrizes sobre acessibilidade e usabilidade, que são cada vez mais relevantes em projetos de desenvolvimento web.
Como ingressar na carreira de desenvolvimento web
O ingresso na carreira de desenvolvimento web pode ser facilitado por diversas estratégias que ajudam a preparar o profissional para o mercado de trabalho, mesmo antes de uma formação formal, você sabia?
Um primeiro exemplo é buscar experiências práticas por meio de estágios ou trabalhos como freelancer. Plataformas como Upwork e Workana permitem que os desenvolvedores encontrem projetos temporários que ajudam a construir experiência e um portfólio, além de possibilitar a conexão com clientes e outros profissionais da área. Isso pode aumentar e muito a sua visibilidade no mercado.
Essa busca por um emprego pode ser ampliada com a participação em eventos, grupos, conferências para criar uma rede de contatos profissionais. Conversar com outros desenvolvedores e mentores pode abrir portas para oportunidades que muitas vezes não são divulgadas publicamente. O networking é fundamental; recomendações pessoais podem influenciar a decisão de contratação e fazer com que você se destaque entre outros candidatos.
Por fim, quando falamos de preparar um currículo ou portfólio, não podemos deixar de lado os elementos que mostram suas habilidades e experiências.
Um portfólio pode ser uma boa alternativa para quem trabalha como desenvolvedor, mas deve conter projetos relevantes que demonstrem suas capacidades técnicas e criatividade. É importante incluir descrições claras sobre cada projeto, mencionando os desafios enfrentados e as soluções aplicadas.
Mas você também pode montar um currículo. Nele, devem constar informações sobre sua formação, experiência profissional, habilidades e quaisquer certificações. O que não pode faltar é uma seção que destaque suas conquistas e o impacto dos projetos em que trabalhou. Busque manter um layout limpo, assim como a adaptação do currículo para cada vaga, enfatizando as habilidades e experiências mais relevantes para a vaga que você está se candidatando.
Caminhos e educação necessária para a carreira em desenvolvimento web
Agora que chegamos até aqui, não podemos deixar de falar sobre quais os caminhos para entrar na carreira de desenvolvimento web. A educação é a principal porta de entrada, ainda que você estude por conta própria, mas vamos te mostrar mais algumas possibilidades. Vamos lá?
Educação necessária
A graduação em áreas como Ciência da Computação, Sistemas de Informação ou Engenharia de Software é a escolha tradicional que fornece uma base sólida em conceitos de programação, algoritmos e estruturas de dados. Essas graduações costumam incluir disciplinas que abordam não apenas o desenvolvimento web, mas também fundamentos da informática e do design de software, que são super úteis no mercado de trabalho.
No entanto, a graduação não é o único caminho. Muitos desenvolvedores optam por cursos técnicos ou profissionalizantes que são mais curtos e focados em habilidades práticas. Esses cursos, que podem durar de alguns meses a dois anos, e costumam cobrir linguagens de programação específicas, frameworks e ferramentas amplamente utilizadas no setor.
Mas uma vez tendo dando o pontapé inicial, não faltarão as possibilidades de especialização. É possível fazer uma pós-graduação ou buscar certificações em áreas específicas, como desenvolvimento de aplicativos, design de experiência do usuário (UX) ou segurança da informação. Cursos online em plataformas como Coursera, Udemy e Alura também têm ganhado popularidade, oferecendo diversos cursos que vão desde introduções a linguagens como JavaScript e Python até tópicos mais avançados, como inteligência artificial e desenvolvimento de jogos.
Principais áreas de estudo e habilidades
No desenvolvimento web, as áreas de estudo dão a base para o futuro profissional criar e manter sites e aplicativos. Os cursos geralmente incluem programação, onde se ensina linguagens como HTML, CSS e JavaScript. A compreensão de design responsivo é outro tema importante a ser estudado, já que permite que as aplicações funcionem em diferentes dispositivos e tamanhos de tela.
De forma um pouco mais avançada, outra área de estudo é o desenvolvimento back-end, onde os profissionais aprendem a trabalhar com servidores, bancos de dados e a lógica que impulsiona o funcionamento de um site. Aqui, linguagens como Python, Ruby, PHP e frameworks como Node.js são os mais comuns de serem estudados.
Por fim, as disciplinas de segurança da informação são cada vez mais importantes, para que os futuros desenvolvedores saibam proteger as suas aplicações contra ameaças e vulnerabilidades e oferecer um serviço mais seguro para os usuários também.
Em relação às habilidades, a principal delas é capacidade de aprender rapidamente novas tecnologias. Mas o pensamento crítico e a criatividade para resolver problemas são igualmente importantes.
É bom ter entendimento das práticas de UX/UI (experiência do usuário e interface do usuário), já que essas habilidades vão ajudar a criar aplicações que não apenas funcionam bem, mas que também são agradáveis para os usuários.
Para além da técnica, considere aprimorar suas habilidades interpessoais, porque ainda que você opte por trabalhar sozinho, você deverá lidar com clientes, e caso trabalhe em grupo é muito importante saber comunicar-se bem e resolver problemas coletivamente.
Veja também: conheça qual é o salário de um cientista de dados!
Como se qualificar
Concluímos nossa jornada pelo fascinante mundo do desenvolvimento web, enfim! Ao longo deste guia, você explorou as diversas áreas de atuação, as habilidades necessárias e as opções educacionais disponíveis. Agora, surge a pergunta: será que essa é a carreira certa para você? Se a sua resposta for sim, saiba que a Anhanguera está aqui para apoiar sua trajetória rumo ao sucesso.
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Não perca tempo, comece sua jornada na área de desenvolvimento web hoje mesmo. Inscreva-se no vestibular online da Anhanguera!
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