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Carreira em gestão ambiental: tudo o que você deve saber!

A carreira em gestão ambiental cresce na mesma proporção de como nossas ações causam impactos na natureza. A cada ano se fala cada vez mais de acordos climáticos, sustentabilidade e preservação do meio ambiente. 

Você já deve ter ouvido falar em El Nino, aquecimento global, fim dos recursos naturais.  Tudo isso afeta a nossa vida hoje e no futuro, por isso, em um mundo cada vez mais preocupado com a sustentabilidade, esta carreira tem ganhado destaque.

Seja no setor privado, público ou no empreendedorismo, os profissionais têm a missão de promover práticas responsáveis e desenvolver soluções inovadoras para os desafios ambientais.

Venha conosco neste texto que vamos mostrar as perspectivas de carreira para quem decide seguir esse caminho, destacando as oportunidades e desafios que aguardam os gestores ambientais.

Como é a carreira em gestão ambiental?

Diversificada, assim como a natureza, pode ser uma breve definição de como é a carreira em gestão ambiental. A maioria dos profissionais tem formação em cursos como Engenharia Ambiental, Ciências Ambientais, Biologia, Geografia, ou áreas afins.

É claro que o estudo pode ir muito além com pós-graduação, mestrados ou doutorados focados em áreas específicas da gestão ambiental, como sustentabilidade, políticas ambientais, ou gestão de recursos naturais.

Assim como os estudos, a área de atuação também é bem vasta, podendo ser um empreendedor, atuar em empresas privadas, para o governo ou até mesmo em ONG’s, como o Greenpeace, ou outras organizações, como o WWF (World Wide Fund for Nature)..

Em todos estes setores, o profissional poderá oferecer orientação sobre práticas sustentáveis, avaliação de impacto ambiental, desenvolver políticas de proteção ao meio ambiente. Aliás, podemos elencar a profissão em alguns pontos, como:

Implementar políticas ambientais

O profissional pode criar e implementar políticas que garantam que as operações, sejam de empresas públicas ou privadas, estejam em conformidade com as leis ambientais e promovam a sustentabilidade.

Assim, a principal atividade é atuar em situações como redução de emissões poluentes, gestão de resíduos, uso eficiente de recursos naturais e energia.

Auditar e monitorar

O gestor ambiental também pode ser um profissional fiscalizador, então ele realizará auditorias ambientais para garantir que as práticas da organização estejam em conformidade com as regulamentações. Isso pode ser com o monitoramento contínuo dos indicadores ambientais, relatórios sobre o desempenho ambiental e recomendação de melhorias.

Educar e treinar

Tanto na parte acadêmica ou até mesmo em empresas, o gestor pode ocupar um cargo para educar e treinar funcionários e partes interessadas sobre práticas sustentáveis e a importância da conformidade ambiental.

Gestão de projetos

Assim como define a carreira, o gestor ambiental atua, principalmente, para planejar e executar projetos que visem a sustentabilidade. Isso inclui, por exemplo, programas de reciclagem, conservação de energia e restauração de ecossistemas. A gestão vai desde definir os cronogramas, orçamentos e equipes para assegurar o sucesso dos projetos.

mulher mostrando planejamento para equipe
O gestor é responsável por gerenciar projetos e seus cronogramas

Como está o mercado para o gestor ambiental?

A nova realidade econômica e que preza pela sustentabilidade fez nos últimos anos o mercado crescer e ter boas oportunidades. Isso devido à crescente conscientização sobre a importância da preservação ambiental.

De acordo com um estudo feito pela Organização Internacional do Trabalho, até 2030, a chamada Economia Verde gere um aumento de R$ 2,8 trilhões no PIB brasileiro. A expectativa é que se abra mais de 7 milhões de emprego no país.

Estes números são devido a demanda crescente em todas as áreas. Empresas estão cada vez mais comprometidas com práticas sustentáveis e procuram profissionais para desenvolver e implementar estratégias ambientais.

Além disso, as leis e regulamentações ambientais estão se tornando mais rigorosas. Isso aumenta a necessidade de especialistas que possam garantir a conformidade e evitar multas e penalidades.

Este mercado é super diversificado, mas alguns setores estão em expansão. O de energia renovável, por exemplo, tem tido um alta demanda por profissionais que possam gerir projetos de energia solar, eólica, e outras fontes renováveis. O sistema fotovoltaico se tornou em pouco tempo a segunda maior fonte de energia no Brasil.

Outro setor crescente é o de gestão de resíduos. Empresas neste segmento, assim como de tratamento de água, estão expandindo, necessitando de profissionais qualificados para lidar com a reciclagem, tratamento de efluentes e gerenciamento de resíduos perigosos.

O mercado está forte e em crescimento, com oportunidades em vários setores e uma demanda crescente por profissionais qualificados. A tendência é que essa área continue a se expandir, impulsionada pela necessidade global de práticas mais sustentáveis e pela evolução das regulamentações ambientais.

Como são os cargos e especializações?

Os profissionais conseguem se desenvolver em diversas áreas, ocupando cargos em vários setores, dependendo das especializações. Eles podem ser:

  • Analista ambiental;
  • Coordenador de sustentabilidade;
  • Gestor de resíduos;
  • Consultor ambiental;
  • Engenheiro ambiental;
  • Administração Ambiental;
  • Auditor;
  • Fiscal;

Tudo dependerá do setor de atuação e da especialização que escolheu. Um analista, por exemplo, realiza estudos de impacto ambiental, coleta e analisa dados ambientais, auxilia na elaboração de relatórios e na implementação de projetos de sustentabilidade. Para isso, é claro, ele precisa ter algumas qualificações, seja formação em Ciências Ambientais, Biologia, Engenharia Ambiental ou áreas afins.

Assim como o gestor de resíduos, que tem a missão de supervisionar a coleta, transporte, tratamento e disposição de resíduos. Ele desenvolve programas de reciclagem e garante a conformidade com as regulamentações de resíduos. Este profissional precisa ter conhecimento prático e técnico em gestão de resíduos e regulamentações ambientais.

Outro cargo essencial para que as empresas levem a sério a sustentabilidade é o fiscal ambiental. Para se ter uma ideia, em 2023 os registros de crimes ambientais dobraram na Amazônia, segundo o Ibama. As infrações são aplicadas quando a ação pode causar poluição de qualquer natureza e gerar danos à saúde humana ou de animais.

Em relação às especializações, as mais comuns são as de gestão de resíduos, focado em técnicas de reciclagem, tratamento e disposição de resíduos. Além dela, há bastante procura pela especialização na implementação e manutenção de sistemas como ISO 14001.

homem mexendo em tablet em depósito de reciclagem
A gestão de resíduos é uma possibilidade de especialização

Como é a carreira no setor privado?

Grandes empresas, em que o serviço afeta o meio ambiente, estão constantemente em busca de profissionais. Seja na indústria, agricultura ou até mesmo empresas de gestão ambiental em si.

Imagine uma grande usina de cana-de-açúcar, em pleno funcionamento, produzindo milhares de litros de etanol e toneladas de açúcar diariamente. Com essa produção em larga escala, surgem os impactos ambientais, como grandes volumes de resíduos, consumo intensivo de água, e a emissão de poluentes no ar.

É a missão da equipe de gestão ambiental da usina realizar estudos de impacto ambiental, monitorar indicadores ambientais e auxiliar na elaboração de relatórios. Além disso, é necessário implementar projetos de sustentabilidade.

A usina também precisará de um gestor de resíduos, responsável por gerenciar a coleta, tratamento e disposição de resíduos. Ele também terá de desenvolver programas de reciclagem e redução de resíduos, e garantir a conformidade com regulamentações de resíduos. Este é só um exemplo na carreira privada, mas o profissional ainda pode seguir vários setores, como:

  • Consultor ambiental interno;
  • Engenheiro ambiental;
  • Coordenador de sustentabilidade;
  • Gestor de projetos de energia renovável;
  • Auditor ambiental.

O setor privado é promissor e oferece diversas oportunidades de crescimento e especialização. Com a crescente importância da sustentabilidade, os profissionais desta área atuam no desenvolvimento sustentável de práticas empresariais.

 Como é a carreira no setor público?

O gestor ambiental no setor público é fundamental para a formulação e implementação de políticas e regulamentações para proteger o meio ambiente.  Uma maneira de entrar nesta área é por meio de concurso público.

O profissional pode ocupar o cargo de fiscal ambiental e ter a missão de acompanhar e, se precisar, multar empresas que não cumprem as leis. O problema neste cargo público, muitas vezes, é que as equipes são pequenas, o orçamento limitado, e as pressões externas, principalmente de setores econômicos, podem se tornar constantes.

O Brasil é um país rico quando o assunto é natureza e biodiversidade, tendo um litoral imenso, a floresta amazônica, os pampas, pantanal e muito mais. Por isso, o gestor ambiental pode atuar em várias regiões, seja em órgãos municipais, estaduais ou até federais. Falando nisso, o principal órgão ambiental é, sem dúvida, o Ibama (Instituto Brasileiro Meio Ambiente e Recursos Renováveis).

Atuar no setor público é uma escolha valiosa para aqueles que desejam contribuir diretamente para a preservação do meio ambiente. Apesar dos desafios, as oportunidades de impacto positivo e crescimento profissional fazem desta uma carreira essencial para o bem-estar das comunidades.

Como é a carreira para quem é empreendedor?

O terceiro rumo para a carreira em gestão ambiental é seguir para o empreendedorismo. Assim, é possível explorar diversas vertentes, desde consultoria ambiental e prestação de serviços até o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis.

O empreendedor tem a chance de abrir uma empresa e oferecer consultoria para empresas em áreas como conformidade regulatória, avaliações de impacto ambiental, gestão de resíduos e auditoria ambiental. Os possíveis clientes seriam indústrias — para desenvolver uma Ecologia Industrial —, empresas de construção, órgãos governamentais e até mesmo organizações não-governamentais.

mulher apontando para algo ao lado de colega em lago que estão analisando
O empreendedor pode atuar com consultoria para empresas

Outra opção é desenvolver produtos e tecnologias que ajudam empresas a reduzir seu impacto ambiental. Isso pode ser desde soluções de energia renovável, tecnologias de reciclagem e sistemas de gestão de água. O grande foco aí está em pesquisa e desenvolvimento e parcerias com instituições acadêmicas.

O empreendedor pode ainda oferecer programas de treinamento e capacitação em sustentabilidade, boas práticas ambientais e conformidade regulatória. Isso envolve desde instituições de ensino, como empresas que visam aperfeiçoar seus funcionários.

Para este setor, além do conhecimento técnico e o entendimento profundo de questões ambientais, regulamentações e melhores práticas, o profissional precisa também ter habilidades empresariais. O gestor precisa ter competências em planejamento estratégico, finanças, marketing e gestão de operações. Além disso, deve ter a capacidade de construir e manter relações com clientes, parceiros e stakeholders.

Com esta combinação de conhecimento técnico, habilidades empresariais e inovação, é possível construir um negócio de sucesso e contribuir para um futuro mais sustentável.

Quais são os salários e benefícios?

É claro que esta pergunta tem várias respostas, dependendo do cargo, tempo de carreira e, ainda mais, o setor que escolher seguir. O gestor ambiental tem uma média salarial de R$ 2.894,00, mas podendo a chegar a mais de R$ 4 mil.

O setor privado traz benefícios como a cobertura médica e odontológica extensiva para o funcionário e, em muitos casos, para dependentes.  Além disso, pode oferecer bônus anual baseado no desempenho da empresa e do funcionário.

Enquanto isso, o setor público tem a garantia de estabilidade após aprovação em concurso público, além de licenças remuneradas, como licenças maternidade e paternidade estendidas. A progressão de cargos é baseada em tempo de serviço e qualificações adicionais.

Em geral, os salários no setor privado podem ser mais altos, especialmente em cargos de liderança e em grandes empresas. Há também possibilidade de ganhos variáveis, como bônus e participação nos lucros.

Já no setor público, embora os salários possam ser competitivos, especialmente para cargos de nível sênior, geralmente oferece menor variabilidade salarial e menos oportunidades de grandes aumentos salariais.

O importante é que a carreira oferece uma gama de oportunidades tanto no setor público quanto no privado, com faixas salariais e benefícios variando conforme a região e o nível de experiência.

Qual a cultura e desafios da carreira?

Muitos gestores ambientais passam grande parte do tempo em escritórios, especialmente quando estão envolvidos em análise de dados, elaboração de relatórios e planejamento de projetos. Este ambiente pode ser encontrado tanto em empresas privadas quanto em órgãos públicos.

Mas é preciso ir também para a rua, no caso, para a natureza. Dependendo da função específica, o trabalho de campo é uma parte essencial do dia a dia. Profissionais que atuam em consultorias, indústrias ou órgãos de fiscalização realizam inspeções ambientais, coletas de amostras, monitoramento de áreas protegidas. Enfim, fazem a supervisão de projetos de recuperação ambiental. Esses profissionais costumam passar muito tempo ao ar livre, em áreas naturais ou em locais industriais.

moça coletando amostra em rio
Coletar amostras e monitorar áreas protegidas faz parte da profissão

Como muitas profissionais, depois da pandemia e a crescente digitalização, muitos profissionais de gestão ambiental têm a opção de trabalhar remotamente. No entanto, o trabalho de campo e reuniões presenciais ainda são essenciais para muitas tarefas.

Equilíbrio entre sustentabilidade e lucro

Talvez um dos principais desafios enfrentados por profissionais esteja na pressão para conformidade com regulamentações. Os gestores ambientais sofrem a pressão de garantir que suas organizações estejam em conformidade com as regulamentações ambientais. Um tropeço neste ponto pode gerar penalidades e multas exorbitantes. Portanto, a responsabilidade é de evitar encargos e penas que impactem de forma negativa a reputação e o lado financeiro da empresa.

Quer ver um exemplo? A Cesteb, que é a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, aplicou uma multa de mais de R$ 18 milhões para uma usina por causa da mortandade de peixes no Rio Piracicaba. Centenas de espécimes de peixes morreram por falta de oxigênio na água e a recuperação da área vai demorar até 10 anos.

Este é um dano que o gestor que trabalha na usina deve evitar. Em primeiro lugar, há o dano ambiental por causa da poluição da água, mas também há o problema na questão empresarial. Um desastre ambiental deste porte afeta a imagem da empresa, sem contar no valor da multa. 

Por isso, um dos maiores desafios na gestão ambiental é encontrar um equilíbrio entre práticas sustentáveis e a viabilidade econômica dos projetos. Em muitos casos, há uma tensão entre os objetivos ambientais e as metas financeiras, especialmente no setor privado, onde a pressão por resultados pode ser intensa.

Equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Dependendo do cargo e do setor, a carga de trabalho pode ser significativa, especialmente em períodos críticos como auditorias, avaliações de impacto ou implementações de projetos. O trabalho de campo também costuma exigir viagens frequentes e longas jornadas em áreas remotas, o que interfere no equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

No setor privado, a flexibilidade de horário e o home office podem facilitar este equilíbrio, embora dependa muito da cultura da empresa e da natureza do trabalho. Já no setor público, a jornada de trabalho geralmente é mais fixa, mas costuma oferecer uma carga horária menos intensa e maior previsibilidade.

Em relação ao estresse, a pressão para atender às regulamentações ambientais, lidar com conflitos e gerenciar projetos pode levar à exaustão. Profissionais que não conseguem gerenciar bem essas pressões podem ter dificuldades em manter um bom equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Quais são os sindicatos e associações profissionais?

Estes órgãos têm o trabalho de dar suporte aos profissionais, representar seus interesses e promover o desenvolvimento da carreira. Além disso, essas organizações são essenciais para garantir condições de trabalho justas, salários adequados e benefícios. O maior órgão relacionado nesta área é o Ministério do Meio Ambiente.

prédio do ministério do meio ambiente em Brasília
O Ministério do Meio Ambiente dá suporte aos profissionais da área

Participar de sindicatos e associações permite acesso a treinamentos, workshops, seminários e conferências que ajudam a aprimorar as habilidades e conhecimentos. Muitos desses eventos são exclusivos para membros, oferecendo uma vantagem significativa em termos de aprendizado e atualização.

As associações profissionais também servem de plataformas para construir uma rede de contatos. A participação em eventos e fóruns facilita a interação com outros profissionais da área, possibilitando troca de experiências e até oportunidades de emprego.

Além disso, os sindicatos oferecem suporte legal e representam os profissionais em negociações com empregadores. Isso ajuda a assegurar direitos trabalhistas, melhores condições de trabalho e negociações salariais. Em situações de conflito ou quando o profissional enfrenta desafios no ambiente de trabalho, o sindicato pode interferir.

As principais organizações nesta área envolvem sindicatos, como o SINTAF (Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística e Meio Ambiente).  Ele representa trabalhadores ligados ao meio ambiente em fundações públicas. O sindicato defende melhores condições de trabalho, remuneração justa e direitos dos servidores públicos. Outras organizações são:

ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental)

Focada em engenharia sanitária e ambiental, a ABES oferece cursos, seminários e eventos sobre saneamento e meio ambiente. Também promove a troca de experiências e conhecimento entre profissionais da área.

ANAMMA (Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente)

Reúne gestores ambientais de órgãos municipais de todo o Brasil, promovendo o fortalecimento da gestão ambiental municipal. Oferece suporte técnico, capacitação e promove a integração entre os municípios.

 UNEP (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente)

Conhecido em português como PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), é uma agência da ONU responsável por coordenar as atividades ambientais internacionais e apoiar países na implementação de políticas ambientais sustentáveis. Criado em 1972, o UNEP atua como uma autoridade global que promove a cooperação em questões ambientais, oferecendo orientação científica, técnica e política para enfrentar desafios ambientais globais.

SBE (Sociedade Brasileira de Ecologia)

Esta sociedade é focada na ecologia, sendo uma das principais associações para quem trabalha com conservação ambiental e estudo dos ecossistemas. Promove conferências, publicações científicas e oportunidades de networking entre pesquisadores e profissionais.

PROAMB (Associação Brasileira de Empresas de Engenharia e Consultoria Ambiental)

Voltada para profissionais e empresas de consultoria ambiental, a PROAMB promove a defesa dos interesses do setor, oferece cursos de capacitação, e facilita o networking entre seus membros.

EPA (Environmental Protection Agency)

A Agência de Proteção Ambiental é um órgão independente do governo dos Estados Unidos, criada em 1970, cuja missão é proteger a saúde humana e o meio ambiente. A EPA é responsável por criar e implementar regulamentos que garantam a preservação do ar, água e solo, além de controlar a poluição e promover práticas sustentáveis em diversas indústrias e setores da economia.

IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)

Esta autarquia federal atua como uma organização central na regulação ambiental e fiscalização, e interage frequentemente com profissionais da área, oferecendo capacitação e certificações.

caminhonete do ibama ao lado de pilha de madeira
O IBAMA oferece capacitação e certificações profissionais

O presidente do IBAMA, Rodrigo Agostinho, falou um pouco sobre a atuação o instituto em questões de greve e profissionais. “O Ibama participa das negociações com as demais instâncias do governo no que diz respeito às demandas. Estamos em diálogo constante para que haja um desfecho positivo, que leve em conta as principais  reivindicações, como a valorização e a reestruturação das carreiras, algo no qual estamos trabalhando desde que assumi”, disse em entrevista.

Quais as regulamentações e ética profissional?

Quando se trata de meio ambiente, o Brasil tem várias regulamentações para tratar o bem-estar e as regras para evitar poluição. Mas fora isso, o gestor ambiental precisa ter a ética profissional de segui-las.

Dessa maneira, a carreira é influenciada por regulamentações e leis que buscam proteger o meio ambiente e garantir que as atividades econômicas sejam sustentáveis. Os gestores ambientais devem estar cientes dessas leis para atuar de forma eficiente e dentro dos parâmetros legais.

Uma delas é a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/1981).  Ela Estabelece os princípios básicos da preservação ambiental no Brasil, incluindo a criação do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e a definição de instrumentos como o licenciamento ambiental e as avaliações de impacto ambiental (EIA).

Enquanto isso, a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998) define as sanções penais e administrativas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Ela abrange uma ampla gama de infrações, desde poluição até a destruição de áreas de preservação permanente.

O Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) regula a proteção ecológica da vegetação nativa, incluindo Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais. Esta lei é crucial para o planejamento e a gestão do uso do solo, especialmente em áreas rurais. Muitos produtores costumam destruir APPs, seja para criar pasto ou plantio, acabando com o ecossistema na região.

Além disso, o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) emite resoluções que complementam a legislação ambiental, definindo padrões técnicos e procedimentos específicos, como os critérios para o licenciamento ambiental.

Quais os padrões de ética?

Os gestores ambientais devem seguir padrões éticos elevados, já que suas decisões têm impacto direto sobre a saúde do meio ambiente e das comunidades. O principal ponto é a responsabilidade social e ambiental, para tomar decisões que considerem o bem-estar das gerações atuais e futuras, preservando os recursos naturais.

Além disso, é essencial atuar com honestidade e transparência em todas as atividades, evitando conflitos de interesse e denunciando práticas que possam prejudicar o meio ambiente. Realizar análises e avaliações de forma objetiva, sem se deixar influenciar por interesses pessoais ou pressões externas.

moça explicando sobre sustentabilidade em reunião
O gestor deve atuar com honestidade e transparência

Quais os desafios e perspectivas futuras?

A carreira de gestão ambiental está em constante evolução, impulsionada por avanços tecnológicos, inovações e mudanças de leis. Falando da tecnologia, hoje o monitoramento e análise de dados ficou mais ágil. Com o avanço dos drones, sensores remotos e satélites, o monitoramento ambiental se tornou mais preciso e abrangente.

Essas ferramentas permitem a coleta de dados em tempo real sobre a qualidade do ar, água, solo e biodiversidade. Assim, facilita a identificação de problemas e a tomada de decisões rápidas e informadas.

Falando ainda em tecnologia, o uso de big data está transformando a maneira como os gestores ambientais lidam com grandes volumes de informações. A análise preditiva, por exemplo, pode prever desastres ambientais, mudanças climáticas e impactos de projetos antes mesmo de serem iniciados.

A inovação em energias renováveis, como solar, eólica e biomassa, está criando oportunidades para os gestores ambientais. A demanda por especialistas que possam implementar e gerenciar projetos sustentáveis está em alta, assim como a necessidade de profissionais que compreendam o ciclo de vida dos produtos.

Quais as perspectivas futuras?

A conscientização global sobre a importância da sustentabilidade está moldando uma nova cultura corporativa. As empresas estão cada vez mais comprometidas com práticas sustentáveis, não apenas por questões legais, mas também devido à pressão de consumidores e investidores. Elas buscam a Certificação Ambiental para ter boa imagem e contribuir com o meio ambiente. Existe, inclusive, uma nova onda de edifícios com ‘selo verde’, onde os empresários buscam criar prédios sustentáveis. Isso aumenta a demanda por gestores ambientais capacitados para liderar iniciativas de sustentabilidade.

No futuro, o grande desafio será a regulação. Com o aumento da conscientização ambiental, espera-se que as regulamentações ambientais se tornem mais rigorosas e complexas. Os gestores ambientais precisarão se adaptar rapidamente a essas mudanças, garantindo que suas empresas permaneçam em conformidade com as novas leis.

As mudanças climáticas representam um dos maiores desafios para os gestores ambientais. A necessidade de desenvolver estratégias de adaptação e mitigação se tornará cada vez mais urgente, exigindo profissionais altamente qualificados e com conhecimentos interdisciplinares.

Por fim, o futuro poderá trazer escassez de recursos naturais, como água potável e terras aráveis. Neste sentido, os gestores ambientais precisarão desenvolver estratégias inovadoras para gerenciar esses recursos de maneira sustentável. Tudo para garantir a continuidade das operações sem comprometer o meio ambiente.

Dessa maneira, a implementação de práticas de Economia Circular pode ser o futuro. Ela busca maximizar a reutilização de recursos e minimizar o desperdício. Gestores ambientais serão fundamentais na implementação dessas práticas, ajudando as empresas a repensar seus processos produtivos.

Como ingressar na carreira?

Além da formação acadêmica, a gestão ambiental exige uma preparação que combina conhecimento teórico, experiência prática e um forte compromisso com a sustentabilidade.

O primeiro passo para se tornar um gestor ambiental é obter uma graduação em áreas como Gestão Ambiental, Engenharia Ambiental, Ciências Biológicas, Geografia, ou cursos correlatos. Essas formações oferecem uma base sólida em ecologia, legislação ambiental, gestão de recursos naturais e outras disciplinas relevantes.

mulher observando muda de planta em estufa
O gestor ambiental deve ter formação em uma área com foco em temas relacionados, como Ecologia

Agora, se quiser se destacar na carreira, considere fazer uma pós-graduação ou especialização em áreas específicas. Existem várias opções como:

  • Gestão de Resíduos;
  • Direito Ambiental;
  • Energias Renováveis;
  • Sustentabilidade Corporativa;
  • Energia sustentável.

Esses cursos aprofundam o conhecimento técnico e ampliam as possibilidades de atuação. Além disso, ter certificações como a ISO 14001 (Gestão Ambiental) ou LEED (Sustentabilidade em Construção) podem aumentar a credibilidade e atratividade do profissional no mercado.

Durante a jornada acadêmica, busque participar de estágios em empresas, ONGs Ambientais, ou órgãos públicos para adquirir experiência prática. Estágios oferecem a oportunidade de aplicar o conhecimento adquirido em sala de aula, entender a dinâmica do mercado e estabelecer contatos profissionais.

Ingressar na carreirarequer uma preparação cuidadosa, combinando educação ambiental formal, experiência prática e uma estratégia eficaz de busca de emprego e networking.  Com o aumento da conscientização sobre a sustentabilidade e a crescente demanda por profissionais capacitados, as oportunidades na área de gestão ambiental estão em expansão. Por isso, aqueles que estiverem bem-preparados estarão prontos para aproveitar as chances

Quais os caminhos e educação necessária?

O nível de educação requerido pode variar dependendo do tipo de cargo e do setor em que se deseja atuar. A base começa no ensino médio, quando disciplinas como biologia, geografia e química são essenciais para construir uma base sólida de conhecimentos ambientais.

Durante ou após o ensino médio, os alunos podem optar por cursos técnicos, como em Meio Ambiente, Gestão Ambiental ou Técnico em Saneamento. Esses cursos oferecem formação prática e são uma ótima maneira de ingressar rapidamente no mercado de trabalho. A grade curricular vai variar um pouco entre as instituições. 

Para quem foca na graduação, o de Gestão Ambiental oferece uma formação abrangente em aspectos técnicos, legais, e de gestão de recursos naturais. Este curso prepara o profissional para atuar em diversas áreas do setor ambiental. Além deste, cursos de Engenharia Ambiental, Ciências Biológicas, Geografia, Agronomia e Oceanografia também são altamente valorizados. Cada um desses cursos oferece uma perspectiva única sobre o meio ambiente.

Durante a graduação, os alunos estudarão temas como ecologia, legislação ambiental, geoprocessamento, manejo de resíduos, energias renováveis. Essas disciplinas são fundamentais para o desenvolvimento das habilidades técnicas e analíticas.

Por fim, cursos de especialização em áreas como Sustentabilidade Corporativa, Direito Ambiental e Planejamento Ambiental são opções populares para quem deseja aprofundar seus conhecimentos.

Veja também: descubra se o seu caminho é a carreira em Biologia!

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Como se qualificar?

A carreira em gestão ambiental está em alta, por isso o mercado busca profissionais qualificados. Uma boa formação é o primeiro passo para se tornar um gestor ambiental requisitado pelas empresas.

O curso da Anhanguera Educação traz benefícios da gestão ambiental. Uma das habilidades desenvolvidas é o diagnóstico ambiental. Isso te permite trabalhar com a vistoria e avaliação ambiental. Faça a sua inscrição no curso e escolha entre estudar de forma presencial, semipresencial ou até mesmo EaD. 

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