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Guia completo da carreira em ciências econômicas

Seja para fazer o orçamento de casa ou definir a taxa de juros de uma grande nação. A economia é uma das ciências mais antigas e fundamentais na história. Desde as primeiras trocas comerciais nas civilizações antigas até os complexos mercados globais que interagem hoje em dia, os princípios econômicos moldaram e continuam a moldar o mundo em que vivemos. Por isso, a carreira em ciências econômicas não é apenas uma opção profissional, mas uma oportunidade de mudar o cenário financeiro de um lugar.

Estudar economia é entender as bases que sustentam as estruturas sociais e políticas de qualquer sociedade. Aprender os processos, o que é inflação, juros, a produção, a distribuição e o investimento de recursos. Tudo isso permite ao economista interpretar o comportamento das pessoas e das instituições, prever tendências e propor soluções para os desafios econômicos.

Não importa o tamanho da economia — seja a de uma família, de uma empresa ou de uma nação — o conhecimento econômico é essencial para o planejamento, a tomada de decisões e a busca por um futuro mais equilibrado e sustentável.

Neste cenário, vamos trazer neste texto tudo sobre a carreira, o que a torna relevante, os cargos, as especializações e tudo mais que envolve a área. Em um mundo cada vez mais conectado, os economistas são indispensáveis para compreender e adaptar-se às mudanças, propondo soluções que busquem o crescimento sustentável. Então, vamos lá?

Como é a carreira em ciências econômicas?

É uma profissão que oferece muitas oportunidades para pessoas interessadas em entender e influenciar o funcionamento de mercados, políticas públicas, e o desenvolvimento econômico. Os economistas atuam em diversas áreas, como:

O profissional analisa dados e tendências para prever comportamentos e orientar decisões estratégicas. O curso aborda matérias como economia política, micro e macroeconomia, econometria, e política monetária, além de disciplinas de matemática e estatística. Portanto, é uma área muito focada para quem gosta de exatas.

A formação permite ao economista entender o impacto de variáveis econômicas e sociais no comportamento dos mercados e na sociedade em geral. Esse conhecimento é essencial para desenvolver políticas que promovam o crescimento econômico e o bem-estar social, ajudando empresas e governos a tomar decisões fundamentadas.

Além disso, profissionais de ciências econômicas podem trabalhar em bancos, instituições financeiras, consultorias e organizações governamentais. Em um alto escalão, o cientista pode até atuar em organizações internacionais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A análise econômica é uma ferramenta essencial para diversos setores, permitindo aos economistas indicarem soluções para questões como inflação, desemprego, desigualdade e sustentabilidade.

Com uma perspectiva analítica e visão estratégica, o economista tem uma missão valiosa na construção de políticas econômicas e no desenvolvimento de estratégias para enfrentar desafios econômicos. Assim, a carreira é ideal para quem deseja compreender o funcionamento da economia e influenciar mudanças positivas na sociedade.

mulher fazendo apresentação de gráficos em reunião
O economista atua com políticas econômicas e estratégias

Como está o mercado na área?

É uma área onde sempre terá oportunidades devido a economia em si, seja dentro de uma empresa, numa cidade, Estado ou país. Portanto, o mercado é amplo e promissor, especialmente para aqueles que têm habilidades analíticas e experiência em dados.

Em um cenário econômico global cada vez mais conectado, onde uma enchente na China afeta a economia brasileira, economistas são vitais. Eles são procurados para ajudar organizações e governos a tomarem decisões estratégicas fundamentadas em análises econômicas e financeiras.

Além disso, com o avanço da tecnologia e o aumento da demanda por dados, profissionais que dominam ferramentas de análise quantitativa e estatística ganham destaque.

No setor privado, economistas encontram oportunidades em bancos, corretoras, seguradoras e consultorias. Eles conseguem atuar na análise de investimentos, riscos financeiros e tendências de mercado. A crescente importância da inteligência de mercado e da análise preditiva também abriu espaço para esses profissionais em empresas de diversos setores.

Os setores da tecnologia, varejo e indústria são alguns exemplos. Nesta área, as empresas buscam orientação para otimizar processos e maximizar lucros. Nesse sentido, o mercado financeiro é um dos que mais demanda economistas, oferecendo boas perspectivas de remuneração e crescimento.

Dentro do setor público, o mercado também é positivo para economistas, que formulam as políticas econômicas e fazem a análise de indicadores sociais e econômicos. Instituições governamentais, como o Banco Central do Brasil, o Ministério da Economia ou até mesmo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), contratam economistas para contribuir com o desenvolvimento de políticas econômicas.

Além disso, órgãos como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Conselho Federal de Economia (Cofecon) são ótimas oportunidades. Eles são opções para economistas interessados em atuar em projetos de desenvolvimento econômico e social.

De forma geral, o mercado para economistas é dinâmico e oferece oportunidades tanto para profissionais generalistas quanto para especialistas em áreas como economia ambiental, economia do trabalho e economia da saúde.

Quais os cargos e especializações?

A carreira permite ao profissional direcionar sua atuação conforme suas habilidades e interesses. Entre os cargos mais comuns estão o de economista, analista econômico, consultor financeiro, economista de políticas públicas e analista de investimentos. Cada um desses cargos requer habilidades específicas, mas todos compartilham o uso de ferramentas de análise para interpretar dados econômicos e auxiliar na tomada de decisões.

O cargo de economista é o mais abrangente e envolve análise de mercado, elaboração de estudos econômicos e desenvolvimento de relatórios sobre a situação econômica. Economistas podem trabalhar em instituições financeiras, empresas, governos ou ONGs, oferecendo insights sobre tendências econômicas e políticas monetárias.

Aliás, este profissional pode atuar até mesmo em empresas de outros setores, como a comunicação. É muito comum, por exemplo, sites, jornais ou televisões terem os seus economistas para opinar sobre as políticas econômicas do país.

homem e mulher em entrevista de podcast
O economista também pode atuar em meios de comunicação

Já os analistas econômicos são responsáveis por interpretar dados e relatórios, contribuindo para a tomada de decisões estratégicas dentro das empresas. Esse profissional pode atuar em bancos, seguradoras e empresas de tecnologia, onde utiliza modelos quantitativos para prever comportamentos do mercado.

Ele é fundamental dentro de um banco, por exemplo, para orientar os diretores qual direção tomar na aplicação de dinheiro, na questão dos juros.

Aliás, no setor financeiro, o cargo de analista de investimentos se destaca. Ele é o responsável por avaliar opções de investimento, monitorar a performance de ativos e fazer recomendações baseadas em estudos econômicos.

Esse cargo é bastante procurado em corretoras, gestoras de ativos e bancos de investimento. Esta é uma área que cresceu muito no Brasil nos últimos anos. De acordo com a Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord), o número de assessores de investimentos cresceu 336% no Brasil em apenas seis anos.

Outra posição relevante é a de economista de políticas públicas, que atua em órgãos governamentais e organizações internacionais. Esse profissional desenvolve e avalia políticas que visam promover o crescimento econômico e o bem-estar social, analisando impactos de reformas fiscais e mudanças regulatórias.

E sobre as especializações?

Neste caso, o profissional pode optar por áreas como economia ambiental, que foca em políticas sustentáveis; economia da saúde, voltada para a otimização de recursos em saúde pública e hospitais; e do trabalho, que estuda o mercado de trabalho e políticas de emprego.

Esses cargos e especializações demonstram a versatilidade da profissão e a variedade de opções de carreira para o economista, seja no setor privado, público ou acadêmico.

Como é a carreira no setor privado?

O setor oferece oportunidades especialmente para profissionais com perfil analítico e conhecimento em finanças. Economistas no setor privado atuam em bancos, corretoras, seguradoras, consultorias, e empresas de diversos setores.

Em ambientes como empresas de tecnologia, varejo e indústria, o economista contribui para a tomada de decisões estratégicas, analisando dados econômicos, realizando projeções de mercado e avaliando riscos financeiros.

No setor financeiro, cargos como analista de investimentos, economista-chefe e consultor financeiro são bastante comuns e oferecem perspectivas atraentes de crescimento e remuneração. Profissionais nessas funções têm a responsabilidade de acompanhar o mercado, interpretar tendências econômicas e oferecer orientações aos clientes sobre investimentos e gestão de riscos.

Portanto, a capacidade de gerar insights que aumentem a competitividade e otimizem os recursos financeiros é altamente valorizada, especialmente em um cenário econômico dinâmico.

Além disso, com o crescimento da demanda por análise de dados, o mercado tem valorizado economistas com estas habilidades. Um profissional que conhece bem estatística e ferramentas quantitativas sairá na frente. Assim como ter especializações em áreas como economia comportamental e inteligência de mercado, diferenciais que abrem portas para posições estratégicas.

homem mostrando dados gráficos em quadro branco
Ter especialização em inteligência de mercado pode abrir mais oportunidades de carreira

Como é a carreira no setor público?

É uma área ideal para profissionais interessados em contribuir para o desenvolvimento econômico e social de uma cidade, Estado ou país. Economistas no setor público trabalham em órgãos governamentais, como ministérios, secretarias estaduais e municipais, o Banco Central e agências reguladoras.

Suas funções incluem a elaboração de estudos econômicos, análise de políticas públicas e monitoramento de indicadores econômicos e sociais. Esses profissionais são essenciais para a formulação e implementação de políticas parra melhorar áreas como saúde, educação, emprego e infraestrutura.

No setor público, cargos comuns para economistas incluem analista de políticas públicas, técnico de planejamento e pesquisador em órgãos de pesquisa econômica, como o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Esses profissionais realizam estudos e análises que orientam a tomada de decisões estratégicas e a formulação de políticas de longo prazo.

A carreira no setor público oferece estabilidade e benefícios, ainda mais se for cargo concursado, além de possibilitar o impacto direto na sociedade. Economistas nessa área têm a oportunidade de trabalhar em projetos que visam reduzir desigualdades e promover o desenvolvimento sustentável. No entanto, a progressão de carreira pode ser mais lenta em comparação ao setor privado, e a remuneração tende a variar conforme o cargo e o nível de escolaridade.

Como é a carreira para quem é empreendedor?

Empreender é uma opção atraente para economistas que desejam aplicar seu conhecimento diretamente em negócios próprios ou consultorias. O profissional de economia que decide empreender pode abrir empresas de consultoria econômica e financeira, oferecendo serviços de análise de mercado e planejamento financeiro.

Essas habilidades são valiosas para pequenas e médias empresas que necessitam de orientação estratégica para crescer e se destacar no mercado. Porém, não tem condições e contratar um profissional para isso, terceirizando o serviço.

No papel de empreendedor, o economista também pode atuar em nichos especializados, como consultoria em economia ambiental, da saúde ou comportamental, atendendo empresas que precisam de insights. Além disso, há uma demanda crescente por consultores econômicos que dominem a análise de dados e o uso de ferramentas quantitativas para otimizar processos e aumentar a competitividade de negócios.

O empreendedorismo oferece ao economista autonomia e flexibilidade para desenvolver projetos de acordo com suas preferências e identificar oportunidades de mercado. Entretanto, é uma carreira que exige habilidades adicionais em gestão e marketing, além de resiliência e capacidade de adaptação, já que o mercado pode ser competitivo.

Quais os salários e benefícios?

Profissionais iniciantes no setor privado, como analistas, costumam ter salários entre R$ 3.000 e R$ 4.000, variando conforme a região e o porte da empresa. Com experiência e especialização, esses valores podem ultrapassar os R$ 10.000, especialmente em cargos de analista sênior ou consultor especializado.

Portanto, dependendo do setor, da experiência e da especialização do profissional os salários podem mudar de forma considerável. Em geral, economistas são bem remunerados, especialmente em áreas como mercado financeiro, consultoria econômica e tecnologia, onde a demanda por habilidades analíticas é alta.

mulher apresentando gráficos em tela
Dependendo da experiência, o salário do economista pode ser ainda maior

No setor público, os salários para economistas podem ser competitivos, dependendo do cargo e da instituição. Em órgãos governamentais e agências reguladoras, como Banco Central e Ministério da Economia, economistas recebem salários iniciais que variam de R$ 6.000 a R$ 12.000, dependendo do nível do concurso. Com progressão na carreira e especializações, é possível alcançar remunerações mais altas, além da estabilidade e benefícios típicos do setor público, como planos de saúde, aposentadoria diferenciada e licença-prêmio.

Além do salário, muitos profissionais de economia, especialmente no setor privado, recebem benefícios adicionais, como bônus por desempenho. Em bancos e consultorias, por exemplo, é comum que economistas tenham acesso a bônus anuais baseados em resultados, que podem representar uma parte significativa da remuneração total.

Para economistas empreendedores ou consultores autônomos, a renda é variável e depende dos contratos fechados e da carteira de clientes. No entanto, esses profissionais têm a flexibilidade de ajustar seus honorários e atuar em diversos projetos simultâneos, o que pode resultar em ganhos elevados.

De modo geral, a carreira oferece boas perspectivas de remuneração e benefícios, especialmente para profissionais que se especializam e se atualizam, aproveitando as demandas do mercado e novas oportunidades.

Como é a cultura e desafios da carreira?

Ser um economista é ter uma cultura de análise rigorosa e um profundo interesse por temas complexos, como política monetária, desigualdade econômica e planejamento econômico. Estes profissionais são motivados pela busca de soluções que possam impactar positivamente tanto empresas quanto a sociedade.

Para quem trabalha nessa área, é comum lidar diariamente com dados e estatísticas, além de ter que interpretar os efeitos de variáveis econômicas que afetam a economia de mercado, como inflação, taxa de juros e câmbio. Esse contexto exige uma mentalidade analítica, curiosidade intelectual e capacidade de prever cenários futuros.

Entre os principais desafios da profissão, está o de promover o equilíbrio entre o crescimento econômico e a redução das desigualdades econômicas. Economistas que atuam em governos e agências reguladoras desenvolvem políticas públicas voltadas para inclusão econômica e para o bem-estar da população. Para isso, precisam considerar o impacto das decisões sobre os diversos segmentos da sociedade. Já no setor privado, o desafio é aliar a sustentabilidade econômica à maximização de lucros, especialmente em áreas como investimentos e análise de riscos.

Outro grande desafio está no domínio da política monetária, que inclui o controle da inflação e a manutenção da estabilidade econômica. Profissionais dessa área devem avaliar as melhores estratégias para garantir que a política monetária esteja alinhada aos objetivos de crescimento econômico e de estabilidade financeira.

Além disso, no planejamento econômico, a carreira requer habilidades em projetar e propor soluções que visem o desenvolvimento do setor e a competitividade. A cultura da profissão incentiva o aprendizado contínuo e a adaptação, principalmente em um mundo onde a economia está em constante transformação. Para o economista, a capacidade de inovar e de buscar soluções para problemas complexos é essencial, especialmente em uma carreira que impacta diretamente a sociedade e a economia global.

dois homens analisando dados gráficos em computador
O economista deve procurar soluções para problemas complexos

Quais os principais sindicatos e associações profissionais?

No Brasil, uma das principais entidades é o Conselho Federal de Economia (Cofecon), responsável pela regulamentação e fiscalização da profissão. Além disso, ele promove eventos e debates sobre temas relevantes para os economistas. Os Conselhos Regionais de Economia (Corecons) estão presentes em todos os estados e cumprem papel essencial na orientação e representação dos economistas localmente.

Outra entidade importante é o Sindicato dos Economistas, que atua em vários estados e oferece suporte jurídico, negociações coletivas e benefícios para seus associados. O sindicato também trabalha para assegurar boas condições de trabalho e remuneração justa para os economistas, além de promover cursos e capacitações.

Além desses, a Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Ciências Econômicas (ANGE) representa o interesse acadêmico e educativo dos economistas em formação, contribuindo para a qualidade e atualização dos cursos de economia.

Essas entidades desempenham um papel fundamental na defesa da profissão, na capacitação contínua dos profissionais e no fortalecimento da presença dos economistas na sociedade, promovendo debates sobre questões econômicas e políticas públicas que afetam a economia e a qualidade de vida da população.

Quais as principais regulamentações e ética profissional?

A profissão é regulamentada no Brasil pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon), que estabelece normas e diretrizes para a atuação na área. O Cofecon, em conjunto com os conselhos regionais, exige diploma em Ciências Econômicas e registro ativo em seu estado para exercer a profissão legalmente. Essa regulamentação visa garantir que os economistas atuem de acordo com padrões técnicos e éticos, assegurando a qualidade dos serviços prestados à sociedade.

A ética profissional é um aspecto essencial na carreira de Ciências Econômicas, estabelecendo princípios que orientam a conduta dos economistas. O Código de Ética Profissional do Economista define os deveres e as responsabilidades desses profissionais, destacando a importância de atuar com integridade, transparência e responsabilidade social. Entre os princípios éticos estão o compromisso em fornecer informações precisas e embasadas, evitar conflitos de interesse e zelar pelo bem-estar da sociedade nas recomendações e estudos realizados.

Essas regulamentações e códigos éticos são fundamentais para assegurar que o trabalho do economista contribua para o desenvolvimento econômico e social de forma justa e responsável, promovendo a confiança do público e o respeito pela profissão. Além disso, o código incentiva a atualização constante, para que o economista esteja apto a lidar com as complexidades da economia atual.

Quais os desafios e perspectivas futuras?

Um dos principais desafios é a necessidade de adaptação constante às mudanças tecnológicas e às novas demandas do mercado. A digitalização e a utilização de big data e inteligência artificial têm transformado a forma como os economistas analisam e interpretam os dados econômicos.

Profissionais da área precisam, portanto, aprimorar suas habilidades em análise de dados, modelagem estatística e tecnologias emergentes para se manterem competitivos no mercado de trabalho.

mulher analisando dados em papel
Desenvolver a habilidade de análise de dados é essencial

Outro desafio relevante é a crescente preocupação com a desigualdade econômica. Economistas são constantemente chamados a desenvolver soluções e políticas que promovam a inclusão social e reduzam as disparidades econômicas entre a população. Isso é importante em um contexto em que a desigualdade social tem se tornado uma questão central em muitas economias ao redor do mundo.

Economistas que atuam no setor público ou em organizações internacionais enfrentam a responsabilidade de formular políticas públicas eficazes para combater a pobreza e promover o crescimento sustentável.

Em relação às perspectivas futuras, a economia verde e as questões ambientais são áreas promissoras para os economistas. A busca por soluções que aliem crescimento econômico e preservação ambiental está gerando novas oportunidades de atuação. Além disso, com a globalização e as crises econômicas globais, os economistas têm uma demanda crescente por estratégias que integrem política monetária com o meio ambiente.

No geral, a carreira tem uma perspectiva futura positiva, com a contínua expansão das áreas de planejamento econômico e consultoria estratégica. Isso exige dos profissionais cada vez mais capacidade e atualização nas tendências econômicas e tecnológicas. A combinação de habilidades analíticas, visão crítica e conhecimento técnico será fundamental para os economistas enfrentarem os desafios e aproveitarem as oportunidades que surgirão.

Como ingressar na carreira?

É uma área que exige dedicação e uma preparação sólida, com a conclusão do Ensino Médio bem fundamentada e bem-feita na área de exatas. A graduação, que normalmente dura de quatro a cinco anos, é essencial para fornecer os conhecimentos teóricos e práticos necessários para a formação de um economista.

Durante o curso, o estudante aprenderá sobre microeconomia, macroeconomia, estatística, política fiscal, finanças, economia internacional, entre outras disciplinas essenciais para a compreensão dos fenômenos econômicos. Já sobre os grandes nomes da economia, o aluno irá conhecer as histórias e a importância de personalidades como:

Adam Smith (1723-1790)

Considerado o pai da economia moderna, Adam Smith é mais conhecido por sua obra “A Riqueza das Nações”, publicada em 1776. Smith defendeu a economia de mercado livre, onde os indivíduos, ao buscarem seu próprio interesse, acabam promovendo o bem-estar coletivo. Ele acreditava que o mercado, se deixado sem intervenções externas, se autorregula de forma eficiente, impulsionando a produção, a distribuição de riquezas e o crescimento econômico. Sua teoria da divisão do trabalho também foi fundamental para o entendimento das economias industriais.

John Maynard Keynes (1883-1946)

Keynes é um dos economistas mais influentes do século XX, especialmente conhecido por suas ideias sobre como o governo pode e deve intervir na economia para evitar crises econômicas. Em sua obra “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda” (1936), ele argumentou que a economia poderia entrar em uma espiral recessiva onde o mercado não conseguiria se recuperar sozinho. Keynes sugeriu que, em tempos de crise, o governo deveria aumentar os gastos públicos e reduzir as taxas de juros para estimular a demanda agregada, combater o desemprego e promover o crescimento econômico.

blocos de madeira com símbolos de juros e seta descrescente
Keynes propõe a redução de juros para incentivar o crescimento econômico

Milton Friedman (1912-2006)

Foi um dos principais defensores do liberalismo econômico e da economia de mercado livre. Ele foi um grande crítico do intervencionismo estatal e da política fiscal expansionista proposta por Keynes. Sua obra “Capitalismo e Liberdade” (1962) argumenta que a liberdade econômica é fundamental para garantir a liberdade política e que o papel do governo deve ser limitado a garantir a ordem e a segurança. Friedman também contribuiu significativamente para a teoria monetarista, defendendo que a quantidade de dinheiro em circulação é a principal variável que determina a inflação e o crescimento econômico.

Paul Samuelson (1915-2009)

Paul foi um economista americano que se destacou por integrar a matemática nas análises econômicas, criando uma base teórica sólida para a economia moderna. Sua obra “Economia” (1948) se tornou um dos livros de economia mais vendidos de todos os tempos e foi utilizado por décadas como texto básico em cursos universitários. Samuelson foi pioneiro ao combinar a teoria clássica com a nova abordagem keynesiana, desenvolvendo modelos que descreviam tanto o equilíbrio de mercado quanto as falhas que justificam a intervenção estatal. Ele também foi o primeiro economista americano a ganhar o Prêmio Nobel de Economia em 1970.

Joseph Schumpeter (1883-1950)

Schumpeter é conhecido por sua teoria da “destruição criativa”, um conceito que descreve o processo de inovação no capitalismo, onde novas ideias e tecnologias substituem as antigas, criando ciclos de crescimento e recessão.

Em sua obra “Teoria do Desenvolvimento Econômico” (1911), ele argumentou que os empreendedores desempenham um papel central na economia, impulsionando a inovação e o progresso. Para Schumpeter, o capitalismo não era um sistema estático, mas dinâmico, caracterizado pela contínua transformação da estrutura econômica por meio da inovação. Ele também abordou a importância dos bancos e do crédito no financiamento de novas empresas e tecnologias.

Thomas Piketty

É um economista francês reconhecido por seu trabalho sobre desigualdade econômica. Seu livro mais famoso, “O Capital no Século XXI” (2013), revolucionou o debate global sobre a distribuição de riqueza e renda, oferecendo uma análise histórica da concentração de capital ao longo dos séculos.

Piketty argumenta que, sem intervenção governamental, a tendência natural do capitalismo é aumentar a desigualdade, já que a taxa de retorno sobre o capital tende a ser maior que a taxa de crescimento econômico, o que faz a riqueza se concentrar nas mãos de uma minoria ao longo do tempo.

Ayn Rand (1905 – 1982)

É uma filósofa e escritora russa-americana, mais conhecida por suas ideias sobre o individualismo e o capitalismo. Nascida na Rússia em 1905, Rand imigrou para os Estados Unidos após a Revolução Russa e se tornou uma defensora ardente do capitalismo de mercado livre. Sua filosofia, conhecida como Objetivismo, defende que a razão é a única fonte de conhecimento válido, e que o interesse próprio racional é a base de uma vida moral e produtiva.

lupa em cima de dólar com moedas, caneta e calculadora ao lado
Ayn Rand defendia o capitalismo de mercado livre

Rand é famosa por suas obras de ficção, como “A Nascente” (1943) e “Atlas Shrugged” (1957), que defendem a ideia de que o indivíduo, em sua busca pela felicidade e sucesso pessoal, deve ser livre para agir sem as limitações impostas pelo Estado ou pela coletividade. Para Rand, o capitalismo é o único sistema social que permite ao ser humano alcançar seu pleno potencial, pois promove a liberdade econômica e a proteção dos direitos individuais.

Esses economistas deixam legados duradouros, com teorias que ainda influenciam políticas públicas e o pensamento econômico até hoje. Suas ideias sobre o papel do Estado, o mercado e o empreendedorismo continuam a ser debatidas e aplicadas em diversas abordagens econômicas contemporâneas.

O que o mercado valoriza?

Além da formação acadêmica, o mercado de trabalho valoriza a especialização e a capacitação contínua. Após a graduação, muitos economistas optam por cursos de pós-graduação, como especializações, mestrados e doutorados, para aprofundar seus conhecimentos em áreas específicas, como economia financeira, ambiental ou políticas públicas. A pós-graduação não só amplia o conhecimento técnico, mas também abre portas para cargos de liderança e maior remuneração.

O registro no Conselho Regional de Economia (Corecon) também é necessário para o exercício da profissão, sendo um requisito legal para atuar como economista no Brasil. Isso garante que o profissional esteja apto a desempenhar suas funções de acordo com as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon).

Está se tornando cada vez mais importante também desenvolver habilidades complementares, como domínio de ferramentas de análise de dados, programação e inteligência artificial, áreas que têm ganhado relevância no campo da economia. A participação em estágios, projetos de pesquisa e eventos acadêmicos é uma ótima maneira de ganhar experiência prática e estabelecer uma rede de contatos profissionais.

Com essas qualificações e habilidades, um economista estará bem-preparado para ingressar e se destacar na carreira, seja no setor público, privado ou até mesmo como empreendedor.

Quais os caminhos e educação necessária para a carreira?

É preciso ter uma base educacional sólida, que começa com a conclusão do Ensino Médio e segue para a graduação em Economia. Ao longo da trajetória acadêmica e profissional, os estudantes podem se inspirar em pensadores que marcaram a história da economia.

Karl Marx, por exemplo, é uma referência na teoria econômica socialista, enfatizando a análise das relações de classe e a crítica ao capitalismo. No Brasil, Celso Furtado e Luiz Carlos Bresser-Pereira são dois nomes essenciais que contribuíram com suas análises sobre o desenvolvimento econômico e a crítica ao modelo econômico neoliberal.

Outro grande nome da história econômica brasileira é Joaquim Nabuco, que, além de ser um grande defensor da abolição da escravatura, também se destacou nas questões econômicas do Brasil no século XIX. Já no cenário internacional, Nouriel Roubini ficou famoso pela previsão da crise financeira de 2008, sendo um especialista em economia global e análise de crises financeiras.

homem com saco de dinheiro perto de bonecos de madeira
Nouriel Roubini é um especialista em análise de crises financeiras

Para quem não se lembra, em 2008 o banco Lehman Brothers quebrou, um dos mais tradicionais dos Estados Unidos. Consequentemente, as bolsas de valores despencaram, fazendo com que os governos de vários países anunciassem planos de socorro à economia, aplicando bilhões de dólares nos bancos.

Com a formação acadêmica e as influências dessas e outras figuras, os economistas se preparam para entender e atuar nos diversos desafios da economia, como o combate à desigualdade econômica e a promoção de políticas públicas mais eficazes.

Como se qualificar para a carreira?

 Para se qualificar, o primeiro passo é entender que essa área exige um conhecimento especial nas áreas de exatas, como matemática e estatística. Isso traz facilidade e o desenvolvimento de habilidades analíticas, críticas e quantitativas.

A graduação em Economia é o caminho mais comum, e pode ser seguida por especializações ou pós-graduações em áreas como teoria econômica, mercado financeiro, finanças e economia internacional.

O curso de Ciências Econômicas oferece uma base teórica, com disciplinas que envolvem matemática, estatística, teoria econômica, econometria e análise de políticas públicas. Além disso, o aluno também desenvolverá uma compreensão profunda sobre os fatores que influenciam os mercados, o comportamento do consumidor e a produção de bens e serviços. Ao longo do curso, o estudante é incentivado a pensar de forma crítica sobre os problemas econômicos e a buscar soluções viáveis para desafios reais.

Além da formação, o futuro economista deve desenvolver habilidades como raciocínio lógico, capacidade analítica, comunicação eficaz e domínio de ferramentas tecnológicas de análise de dados. Saber se expressar é essencial, por exemplo, quando o economista foi convidado a falar sobre temas atuais e polêmicos.

O economista Pedro Gomes, autor do livro ‘Sexta-feira é o novo sábado’, deu entrevista recente sobre as mudanças na escala de trabalho para melhorar a economia. “Acho que a semana de quatro dias é a melhor forma de organizar a economia no século 21. E não é porque devemos trabalhar menos para ser mais felizes ou pelo bem-estar. É pensando nas grandes mudanças estruturais que ocorreram na economia e na sociedade”, afirma em entrevista ao G1.

Veja também: confira como a carreira em Economia vai além dos números!

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Onde buscar qualificação?

A carreira em ciências econômicas exige muito estudo, tanto na área de exatas, como também entender o comportamento humano. Por isso, a formação acadêmica é fundamental para o sucesso na carreira.

A Anhanguera tem o bacharelado na área, com opção de EAD ou semipresencial. A formação teórico-quantitativa da graduação em economia proporciona uma base sólida para uma carreira dos sonhos. A formação histórica permite uma rica compreensão da história econômica geral, contribuindo para seu desenvolvimento pessoal.

O curso na Anhanguera é baseado em quatro etapas. A primeira é a formação geral, com aulas de matemática, contabilidade e gestão. Depois, tem o que chamamos de formação teórico-quantitativa, onde você se aprofunda em matemática financeira, aprende sobre mercado de capitais, macro e microeconomia.

O terceiro passo é a Formação Histórica, falando sobre História Econômica Geral, passando por grandes personagens como vimos no texto. Finalmente, a Formação Teórico-Prática, o momento de colocar a mão na massa em pesquisas de economia e os desafios do Trabalho de Conclusão de Curso.

Se você tem interesse em seguir essa carreira promissora e se tornar um especialista em Economia, inscreva-se no curso de Ciências Econômicas da Anhanguera e dê o primeiro passo para sua formação de excelência!

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