A Biologia é um ramo apaixonante da ciência, já que o seu âmago é o estudo da vida. Como os seres vivos são o foco do curso, você deve imaginar quão ampla é essa área, não é mesmo? Um dos campos que têm crescido muito é o da Biologia Marinha — tanto pelo do fascínio das pessoas por esse ambiente quanto pela demanda do mercado.
Nós temos noção do universo de possibilidades de atuação dos biólogos somente depois de ingressar no ensino superior. Por isso, é importante saber desde já que, para se tornar um biólogo marinho, você precisa cursar Ciências Biológicas e, depois, especializar-se no assunto.
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Aqui na Anhanguera, tanto o Bacharelado quanto a Licenciatura dão uma base sólida para quem deseja se dedicar ao estudo dos seres que habitam o mar. Então, elaboramos este artigo para esclarecermos algumas dúvidas comuns:
- O que é a Biologia Marinha?
- Por que a profissão está em alta?
- Quais são as atribuições do biólogo marinho?
- Como se tornar um profissional de Biologia Marinha?
Continue conosco e aproveite a leitura!
O que é a Biologia Marinha?
A Biologia Marinha é a área da Biologia que estuda os seres vivos que habitam ambientes salinos, como oceanos, estuários e manguezais. Assim, engloba pesquisas referentes aos ciclos de vida, às relações entre os indivíduos e o meio, às adaptações das espécies a esses ambientes e aos efeitos que os fatores oceânicos exercem sobre os seres vivos e o ecossistema.
Esse ramo está intimamente ligado com a Ecologia, a Zoologia e a Botânica, dependendo do tipo e do foco do estudo. A Educação Ambiental também tem uma importância gigantesca para a Biologia Marinha e é sempre desenvolvida nos projetos, mesmo que paralelamente às pesquisas centrais.
É comum as pessoas confundirem essa área com a Oceanografia — outra esfera fortemente relacionada com a Biologia Marinha. Apesar de terem interesses em comum, os oceanógrafos concentram-se nos processos geológicos, químicos e físicos que ocorrem no mar, enquanto os biólogos, nos seres vivos que ali vivem.
Por que a profissão está em alta?
A relação do homem com o mar sempre foi muito intensa. Não é à toa que grande parte da população mundial vive próxima às áreas costeiras e usufruem dos recursos marinhos como fonte de alimento, renda e satisfação pessoal. Além disso, os mares sempre foram uma importantíssima rota de transporte de pessoas e de mercadorias.
Os oceanos cobrem cerca de 71% da superfície terrestre e são considerados berços da vida na Terra. O fascínio e a curiosidade dos homens por aquilo que é desconhecido são naturais, ainda mais quando nos damos conta do abismo que existe entre a imensa biodiversidade marinha e o conhecimento que se tem sobre ela.
Aliás, no site The Deep Sea, que faz parte do projeto Neal.fun do graduado em Ciência da Computação Neal Agarwal, você pode ver alguns dos organismos que conhecemos e a profundidade na qual eles vivem. Contudo, rolando a página, você se dá conta do quanto ainda não conhecemos. É muito legal, não deixe de conferir!
Já em um estudo publicado na Plos Biology, os autores fizeram o que se considera a estimativa mais próxima do real sobre quantas espécies há na Terra e no oceano: seriam aproximadamente 8,7 milhões de eucariotos no globo (excluindo os domínios Bacteria e Archaea), sendo que, destes, 2,2 milhões de organismos são marinhos.
Os autores ainda sugerem que cerca de surpreendentes 86% das espécies terrestres e 91% das marinhas ainda não são conhecidas pela ciência, apesar dos 250 anos de esforços voltados à taxonomia e à sistemática (áreas que se dedicam a descrever as espécies e a desvendar a evolução das suas linhagens).
Apenas essa informação seria suficiente para percebermos a carência de cientistas na área, concorda? Porém, a Biologia Marinha está em alta devido às alterações ambientais que estamos causando. O aquecimento global, a poluição dos mares e a acidificação dos oceanos são preocupações reais de todo biólogo, principalmente porque mais da metade do oxigênio liberado na atmosfera é produzido por algas marinhas e dulcícolas.
Ou seja, o papel dos biólogos marinhos é imprescindível para minimizar e reverter os impactos a esse meio ambiente. Os projetos na área normalmente são multidisciplinares, envolvendo diversos profissionais, tais como oceanógrafo, geólogo e engenheiro ambiental.
Quais são as atribuições do biólogo marinho?
As atribuições do biólogo marinho dependem muito da empresa ou da instituição ao qual tem vínculo. Uma vez que, para trabalhar com Biologia Marinha, é preciso fazer uma pós-graduação, um dos caminhos mais comuns trilhados pelos profissionais é a carreira acadêmica.
Durante o mestrado e o doutorado, o biólogo estende suas pesquisas e, muitas vezes, faz pós-doutorado antes de ser professor em faculdades. Em suma, esses profissionais aplicam seus conhecimentos biológicos sobre o ciclo de vida, a fisiologia, o comportamento, a evolução e as relações entre as espécies de ecossistemas costeiros, estuarinos e manguezais.
Também estudam sobre a influência que determinados fatores externos exercem sobre a vida desses organismos e a adaptação deles às alterações do meio. Independentemente de estar vinculado a uma instituição pública ou a uma iniciativa privada, o biólogo marinho desenvolve pesquisas que estão diretamente ligadas à preservação dos oceanos.
Sendo assim, os projetos são muito voltados à Educação Ambiental, à conscientização e à divulgação científica. O Projeto Tamar é um dos mais famosos, mas, como ele, existem muitos outros em andamento no Brasil, dedicados à conservação das espécies marinhas em extinção.
Além disso, quem se especializa em Biologia Marinha pode atuar como consultor de pesca em empresas, orientando os processos ao considerar o ciclo reprodutivo dos peixes e de outros animais. Também trabalham na aquicultura, setor que cria peixes, crustáceos e moluscos para consumo. Assim, a produção e a exploração desses recursos são equilibradas e sustentáveis.
O profissional pode ainda fazer parte das equipes de aquários, zoológicos, museus e centros de pesquisa que abrigam a fauna marinha local. O ecoturismo também é uma alternativa, já que o especialista pode atuar como instrutor de mergulho. E outra possibilidade bastante atrativa é a Petrobras, que oferece cargos para biólogos marinhos em seus editais.
Como se tornar um profissional de Biologia Marinha?
Como explicamos logo no início do artigo, para trabalhar nesse setor, é preciso cursar Ciências Biológicas e, então, uma especialização em Biologia Marinha. Na verdade, o mestrado e o doutorado são escolhas bastante comuns para quem se forma em Biologia, já que essa esfera do conhecimento é extremamente ampla, e é preciso focar algum conteúdo.
Depois da graduação, os títulos de mestre e de doutor abrem oportunidades para cargos e salários mais altos. É interessante destacar a atuação da mulher no mercado de trabalho nessa área, apesar de o grupo ainda ser minoria nos cursos científicos. Apaixonadas pelo que fazem, elas fazem um belíssimo trabalho no campo e nos laboratórios.
Cabe ressaltar, também, que se formar tanto em Licenciatura quanto em Bacharelado dá as mesmas oportunidades de trabalho para os profissionais. A única diferença é que os licenciados são os únicos que podem dar aulas no ensino fundamental e médio.
Quanto ao salário, é difícil mensurar, já que as possibilidades são amplas, e a profissão é um ramo da Biologia. Contudo, a média salarial de um biólogo no Brasil em 2020 é de R$ 3.438,51, com reajustes de acordo com os títulos e a experiência do profissional.
Muito bem, agora você já sabe o que é Biologia Marinha e viu o universo de possibilidades para atuar na área. Está bem interessado, mas ainda não tem certeza se quer cursar Biologia? Então, explore o Giro de Profissões e confira se o seu perfil se encaixa nessa especialidade!
Aliás, é mais comum do que você imagina as pessoas terem dúvidas se cursam Biologia ou Medicina Veterinária, dado o interesse e o amor pelos animais. Então, saiba, agora, quanto ganha um veterinário!
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