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Guia Completo da Carreira em Segurança da Informação

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A carreira em Segurança da Informação é uma opção dinâmica e em constante evolução. Profissionais interessados na intersecção de tecnologia, gestão e segurança podem encontrar nesse setor uma trajetória especializada, com grande potencial de crescimento e cada vez mais valorizada pela economia nacional e internacional.

Existem diferentes opções e áreas de especialização, como combate a ameaças cibernéticas, na proteção de dados, criação e manutenção de sistemas, gestão de governança de TI e crimes digitais. Todas elas estão diretamente ligadas ao crescimento das empresas e instituições na era digital, tornando os especialistas em Segurança da Informação figuras essenciais em equipes voltadas para o futuro.

Um ponto essencial da carreira em Segurança da Informação é que ela exige aprendizado continuado. Ou seja, o profissional deve se manter sempre atualizado e ir além de uma graduação ou pós-graduação em tecnologia. É preciso estar em dia com a inovação do mercado, ter pensamento crítico e atenção para as oportunidades de levar os recursos corretos para os espaços de informação.

Como é a Carreira de Segurança da Informação?

A carreira em Segurança da Informação é uma das áreas mais estratégicas do mercado de tecnologia. A transformação digital trouxe consigo o aumento das ameaças aos sistemas de informação, além de ampliar seu impacto no dia-a-dia das pessoas e organizações.

Por exemplo, uma invasão a um sistema interno de empresas por meio de hackeamento de dispositivos de um colaborador afeta não apenas a segurança dos arquivos em si, mas também o período de produtividade da equipe associada. Já o vazamento de dados de uma instituição financeira pode acarretar em prejuízos fiscais tanto para os clientes quanto para a longevidade da empresa em si.

Nesse sentido, surgem novas normas e regulamentações, além da exigência de profissionais qualificados para proteger sistemas, dados e redes em empresas de todos os setores. Existem múltiplas áreas possíveis na carreira em Segurança da Informação, como por exemplo:

Cibersegurança 

A carreira em cibersegurança está ligada à proteção de sistemas e redes contra ataques digitais em sua multiplicidade. Uma das principais responsabilidades é a prevenção de malwares como vírus, ransomware e trojans, que podem comprometer a operação de uma empresa e causar danos financeiros e organizacionais.

Para isso, o especialista deve dominar o uso estratégico de antivírus, IDS/IPS (Intrusion Detection/Prevention Systems) e criptografia. Fica responsável por monitorar atividades suspeitas e prevenir invasões aos ambientes digitais antes que ocorram danos significativos.

Testes de Intrusão (Pentest)

O pentest (ou teste de intrusão) é uma técnica de simulação de ataques a sistemas de informação para avaliar a qualidade das medidas de segurança dos sistemas e redes de uma organização e detectar brechas de segurança por meio de ferramentas avançadas. Especialistas em pentesting usam técnicas similares a hackers, mas são contratados pelas empresas e instituições em si, com a missão de identificar vulnerabilidades antes que os hackers possam utilizá-la para comprometer os sistemas. A partir daí, as medidas necessárias serão tomadas.

rapaz digitando código
O pentest aplica técnicas parecidas com as dos hackers, a fim de testar os sistemas de segurança

Governança de TI 

A Governança de TI é um aspecto fundamental do avanço da tecnologia em empresas. Com a quantidade de redes e dispositivos essenciais para a realização da maioria dos trabalhos, seja de forma presencial, híbrida ou remota, é necessário alinhar a segurança da informação aos objetivos estratégicos da organização.

Ou seja, o TI deve garantir que os recursos digitais sejam utilizados de forma eficiente e segura. Para isso, o especialista em gerenciamento de riscos deve identificar, analisar e mitigar potenciais ameaças aos ativos da organização em tempo real e oferecer estratégias de melhoria a longo prazo.

O compliance em TI também deve ser levado em consideração para as operações empresariais estarem adequadas à legislação. O profissional deve assegurar que os sistemas de informação estejam de acordo com as normas e leis locais, como LGPD e GDPR. Para atuar nesse segmento, é essencial ter uma visão dos processos corporativos como um todo, tendências de mercado de tecnologia e interação entre sistemas e equipes.

Proteção de Dados e Políticas de Segurança

Com o aumento do volume de dados processados pelas instituições, a proteção de dados se tornou um debate essencial nas práticas organizacionais. É necessário ter um profissional ou uma equipe responsável pela elaboração de políticas de segurança bem definidas, que abordam  o tratamento de informações sensíveis e estabelecem protocolos em caso de incidentes.

Gestão de Identidades e IAM

A Gestão de Identidades e Acessos (IAM – Identity and Access Management) é uma parte crítica de qualquer organização. Ela garante que apenas usuários autorizados tenham acesso a determinados sistemas ou dados. Uma gestão de identidades falha pode abrir brechas para ataques e vazamento de informações. Por isso, as empresas investem cada vez mais em IAM como forma de proteger suas equipes e ativos digitais.

O profissional desse setor deve dominar métodos como autenticação multifator, permissões hierárquicas e monitoramento constante de acessos, além de saber quais ferramentas utilizar para tornar os processos adequados às necessidades da empresa. 

Segurança em Nuvem

A computação em nuvem está cada vez mais presente nas atividades econômicas. Ou seja, proteger dados e aplicativos hospedados nesse ambiente tornou-se uma grande preocupação para as organizações. A segurança em nuvem envolve a implementação de mecanismos de criptografia, monitoramento de acessos e prevenção de incidentes em plataformas como AWS, Azure e Google Cloud.

O especialista deve garantir que os serviços sejam seguros contra ataques e que os dados armazenados nessas plataformas não sejam alvo de acessos não autorizados.

Computação Forense

A área forense digital envolve os profissionais responsáveis pela investigação de incidentes e brechas de segurança. Eles analisam a composição e os acontecimentos em torno de ataques a sistemas de informação com objetivo de identificar os responsáveis e compreender cada etapa do incidente. 

Para isso, utilizando técnicas avançadas de recuperação de dados e rastreamento de invasores, elaboram relatórios de evidências digitais.

rapaz em banco de dados segurando tablet
A computação forense investiga ataques e brechas na segurança

Como está o Mercado para profissionais de Segurança da Informação?

A preocupação com segurança da informação tem sido um debate cada vez mais crescente, tanto na rotina de pessoas físicas quanto na criação e manutenção de sistemas empresariais. Existem riscos e brechas de segurança de dados em vários aspectos do dia-a-dia, como interfaces de usuário em apps até servidores e sistemas de armazenamento de grande corporações.

Por exemplo, o vazamento de dados bancários via brecha de senhas pode acarretar em golpes financeiros, o que prejudica, além do relacionamento bancário, a saúde do orçamento dos clientes, mesmo que a curto prazo. 

A segurança pessoal física também está ligada à segurança de informações: dados como endereço, localização em tempo real, números de documentos, fotos pessoais e outras podem tornar  as pessoas alvos de crimes digitais, como falsificação de identidade e fraude e físicos, como violência e crimes de ódio. Ou seja, pensar na integridade dos dados é essencial para a integridade individual.

As empresas também devem ficar atentas à segurança na tecnologia e nas redes associadas a suas operações. Por exemplo, caso haja um hackeamento de dispositivos conectados à rede de uma empresa, ele pode se transformar em uma porta para ataques cibernéticos se as devidas providências não forem tomadas. 

Além disso, o vazamento de informações sensíveis –  como planos estratégicos e fornecedores, informações de pagamento e orçamento de produção – podem gerar prejuízos na conclusão de projetos, além de deixar detalhes sobre sua produção vulneráveis para concorrentes.

Sem contar que, caso haja uma invasão aos sistemas da empresa ou atividade suspeita, é necessário pausar ou interromper processos recorrentes, o que gera fricção com clientes, já que os produtos e serviços podem ter prazos fechados.

Ou seja, o mercado nacional e internacional tem buscado especialistas que possam minimizar riscos, criar redes de informação seguras e elaborar planos de contingência para casos de incidentes como vazamento de dados sensíveis.

Essa tendência se manifesta, por exemplo, no Salary Guide 2025 da consultoria Robert Half, os gestores e arquitetos de segurança da informação são perfis em destaque no setor de tecnologia. Os segmentos que mais contratam, atualmente, são bancos, governos e empresas de saúde. As habilidades mais interessantes no currículo são machine learning, desenvolvimento de apps, gestão em cloud, cibersegurança, análise de dados e segurança de sistemas.

Oportunidades da carreira em Segurança da Informação

A Segurança da Informação no setor privado

O especialista em Segurança da Informação pode atuar no setor privado, oferecendo seus conhecimentos em prevenção de risco a redes e sistemas para as empresas nos mais diversos setores. Pode atuar em fábricas, instituições educacionais, bancos, fintechs, hospitais, prestadoras de serviços e muitos outros setores econômicos na proteção de dados e ativos. 

Em primeiro lugar, pode ser o profissional responsável pela implementação de sistemas de informação seguros, utilizando recursos tecnológicos e estratégias de gestão de identidade para proteção de servidores e arquivos de uma organização.

Além disso, existe espaço para o profissional de monitoramento, que analisa atividades suspeitas e sinaliza problemas em potencial antes que acarretem em prejuízo à integridade da organização. Por fim, a carreira em segurança da informação no setor privado também envolve governança de TI, com os especialistas responsáveis por estabelecer protocolos de prevenção e contingência de riscos.

homem digitando em laptop em escritório
No setor privado é possível trabalhar com contingência de riscos

A Segurança da Informação no setor público

O setor público também exige a especialidade em Segurança da Informação para suas operações.  Além de órgãos reguladores, que fiscalizam a atividade digital de organizações públicas e privadas, é essencial que os sistemas digitais de burocracia governamental estejam seguros e não suscetíveis a ameaças cibernéticas. É o caso, por exemplo, do profissional de pentest, que analisa as vulnerabilidades de redes governamentais frente aos avanços da tecnologia usados por criminosos.

A computação forense também se aplica no setor público, com especialistas sendo cada vez mais necessários em questões legais, oferecendo relatórios  essenciais para solução de crimes cibernéticos e decisões jurídicas vinculadas ao avanço das tecnologias de informação.

Empreendedorismo em Segurança da Informação

Muitos profissionais de Segurança da Informação atuam de forma autônoma na base de projetos. Podem realizar consultorias para pequenos e médios negócios, por exemplo, que oferecem interfaces a seus clientes, mas não possuem os recursos necessários para uma equipe interna de segurança digital. Assim, o consultor pode elaborar planos de implantação de sistemas e redes, além de protocolos de segurança e mitigação de risco.

Além disso, os empreendedores podem oferecer auditorias recorrentes para seus clientes com objetivo de analisar potenciais brechas e tomar as medidas necessárias. ]

Outro setor em crescimento é o de compliance de TI e LGPD: as mudanças na legislação e normas de tecnologia exigem que as empresas se adequem, o que abre espaço para profissionais qualificados realizarem consultorias pontuais nessa transição.

Salários e Benefícios

Um dos fatores que atrai novos profissionais para a carreira em segurança da informação é a possibilidade de salários competitivos e crescimento a longo prazo. Segundo a plataforma salario.com.br, o setor apresentou 20% de aumento nas contratações formais no último ano. Ou seja, a estabilidade é um fator-chave desse campo de trabalho, o que faz com que jovens interessados em uma carreira que una tecnologia e projetos queiram se inserir no mercado.

Os salários de especialistas em Segurança da Informação ficam em torno de R$8200, além de ser uma área em que grande parte dos profissionais atua na modalidade formal, ou seja, inclui plano de crescimento na carreira. A remuneração de um profissional sênior pode atingir um teto de R$17000/mês, sem considerar bônus e outros adicionais.

Outro ponto importante é que a carreira em Segurança da Informação engloba uma variedade de setores econômicos, permitindo flexibilidade e busca de oportunidades mais vantajosas. Atualmente, o destaque fica para empresas que contratam profissionais de Segurança da Informação para atuar em desenvolvimento de software e instituições financeiras, em que os salários ficam na média de 9 a 10 mil reais.

mulher checando dados em computadores
Empresas de software e instituições financeiras pagam entre R$9 e R$10 mil

Cultura e Desafios da Carreira

Sindicatos e Associações Profissionais

Existem órgãos de classe que representam os interesses e ajudam na qualificação e difusão de conhecimento em Segurança da Informação. O profissional pode participar de atividades de networking e aprendizado por meio dessas organizações, o que amplia seu currículo e permite a troca de conhecimento entre especialistas.

Uma delas é a FENATI (Federação Nacional dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação). Além de regulamentar a atuação profissional por meio de convenções coletivas e representar seus associados em questões trabalhistas, ela conta com uma plataforma de educação em TI, a Sindplay, que oferece cursos qualificadores para agregar repertório aos profissionais.

Regulamentações da carreira em Segurança da Informação

Trabalhar com Segurança da Informação, seja em consultorias ou na gestão de projetos organizacionais, exige atualização constante e atenção às mudanças do setor. A tecnologia está em constante crescimento e, portanto, os profissionais da área devem buscar conhecimento para se manterem em dia com ela.

Existem guias e normas a nível global que guiam a atuação e a prevenção de riscos para os profissionais de Segurança da Informação. É preciso, portanto, estar em dia com esses requisitos para utilizar os recursos existentes a fim de oferecer serviços atualizados.

Um exemplo histórico é o Site Security Handbook (Guia de Segurança para Sites), cuja referência digital é RFC 2196. A Força Tarefa de Engenharia da Internet, grupo global de trabalho em segurança digital, publicou o documento em 1997. Para oferecer uma perspectiva multifatorial, foi necessário incluir o repertório de especialistas em redes, gestores organizacionais, acadêmicos e analistas de risco. 

O objetivo do guia é padronizar as normas de segurança da informação, além de trazer fatores fundamentais de boas práticas e pontos aos quais cada setor deve se atentar. Alguns itens levantados são gestão de identidades digitais, sistemas antivírus, recuperação de informação e implementação de recursos digitais, como servidores e redes. Cada especialista tem duas responsabilidades e o guia pode auxiliar na determinação de métricas relevantes para operações diárias.

Apesar de ter sido publicado em 1997, esse guia ainda é relevante para uma carreira em Segurança da Informação, delimitando não apenas as normas operacionais, mas elementos éticos que se aplicam no contexto digital contemporâneo.

Por exemplo, o guia inclui um trecho sobre a criação de um plano de contingência para incidentes de segurança e quais são (ou deveriam ser) as etapas após uma falha:

“Talvez o incidente seja tão complexo que é impossível fazer tudo o que você precisa ao mesmo tempo durante a resposta. Por isso, priorizar é fundamental. Ainda que as prioridades variem de organização para organização, a sugestão abaixo é um bom ponto de partida para definir sua estratégia de resposta: 

  1. Prioridade 1: proteger a vida e a segurança das pessoas. Isso sempre deve estar acima de outras considerações.
  2. Prioridade 2: proteger dados sensíveis e/ou secretos. Prevenir exploração de sistemas, redes e sites sensíveis após a brecha (consultar regulações locais).
  3. Prioridade 3: proteger dados, incluindo proprietários, científicos e de gestão, já que vazamento e corrupção de dados podem gerar prejuízos financeiros.
  4. Prioridade 4: prevenir danos a sistemas como alteração de arquivos e drives. Danos a sistemas podem acarretar em períodos de manutenção e recuperação mais longos e custosos.
  5. Prioridade 5: minimizar interrupção de recursos computacionais. É preciso ponderar as vantagens e desvantagens de parar um sistema e desconectar uma rede para evitar danos. Em alguns casos, pode haver acordos de serviços que impedem a interrupção, mas caso a ameaça do incidente seja alta, esses acordos devem ser descumpridos.”
mulher lendo em computador concentrada
É importante estudar e seguir o Guia de Segurança para Sites

Outra norma que todo especialista em segurança da informação deve dominar é a ISO 27001. Ela tem aplicação global e seu objetivo é a valorização da transparência e segurança de dados nas operações organizacionais. 

Para cumprir com as diretrizes do documento, como prevenção de riscos, manutenção de sistemas e elaboração de protocolos de segurança efetivos, os gestores devem ficar atentos às necessidades de cada empresa Além disso, devem passar por auditorias ISO especializadas, que analisam o cumprimento das regras e oferecem certificados de segurança informacional.

Segurança da Informação no Brasil

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), criada em 2018, foi proposta com o objetivo de regulamentar o uso e armazenamento de dados sensíveis no Brasil. 

Com as mudanças organizacionais e digitalização dos processos burocráticos, essa legislação funciona como uma métrica importante das atitudes de empresas e órgãos em relação à privacidade e à segurança de seus sistemas.

Sendo assim, a carreira em Segurança da Informação exige conhecimento pleno dessa legislação e sua aplicação nos mais variados setores econômicos. Além de minimizar riscos para gestores e clientes, um profissional pode prevenir sanções legais e danos à imagem das empresas, garantindo compliance com a LGPD.

Por exemplo, caso a empresa exija cadastro de sua base de clientes para a oferta de serviços, sua plataforma deve incluir uma informação clara de como eles serão utilizados. Segundo o artigo 9º:

O titular tem direito ao acesso facilitado às informações sobre o tratamento de seus dados, que deverão ser disponibilizadas de forma clara, adequada e ostensiva acerca de, entre outras características previstas em regulamentação para o atendimento do princípio do livre acesso:

I – finalidade específica do tratamento;

II – forma e duração do tratamento, observados os segredos comercial e industrial;

III – identificação do controlador;

IV – informações de contato do controlador;

V – informações acerca do uso compartilhado de dados pelo controlador e a finalidade;

VI – responsabilidades dos agentes que realizarão o tratamento; e

VII – direitos do titular, com menção explícita aos direitos contidos no art. 18 desta Lei.”

Ou seja, o profissional de segurança da informação pode auxiliar os setores de comunicação e TI das empresas a estabelecer uma política de tratamento de dados segura e, ao mesmo tempo, documentação que informe aos clientes sobre suas práticas.

As práticas de segurança também devem ser documentadas a nível interno, incluindo estratégias para manutenção de anonimização e privacidade, incluindo falhas e mudanças no sistema. Com isso, os documentos podem ser usados como referência futura e evidência em caso de intervenção de autoridades. No artigo 38º, a lei diz que:

“O relatório deverá conter, no mínimo, a descrição dos tipos de dados coletados, a metodologia utilizada para a coleta e para a garantia da segurança das informações e a análise do controlador com relação a medidas, salvaguardas e mecanismos de mitigação de risco adotados.”

rapaz escrevendo e lendo em escritório
As práticas de segurança precisam ser documentadas

Desafios e Perspectivas Futuras

Apesar da carreira em Segurança da Informação estar em crescimento nos últimos anos, ela apresenta alguns desafios que devem ser levados em consideração. Um deles é a relação das pessoas em geral com tecnologia, tanto a nível pessoal como profissional, e quais riscos de segurança essas tendências apresentam.

“Você nunca pode se proteger 100%. Tudo o que você pode fazer é se proteger o máximo possível e mitigar os riscos até um ponto aceitável. Remover todo o risco não é viável.” – Kevin Mitnick, hacker e consultor em cibersegurança

Nesse sentido, um dos desafios enfrentados pela sociedade é a necessidade de treinamento e educação profissional. No futuro, cada vez mais empresas e instituições precisarão contratar especialistas em segurança da informação para realização de workshops, palestras e consultorias com suas equipes.

Outro aspecto interessante da difusão de tecnologia no dia-a-dia é a Internet das Coisas (IoT). Com a prevalência de sistemas digitais como smartphones, pagamento por contato e dispositivos inteligentes de uso doméstico, é preciso refletir sobre protocolos de segurança e como aplicá-los da forma correta.

A inteligência artificial também tem crescido, tanto no uso cotidiano como para organização de empresas. Muitos gestores optam, por exemplo, por utilizar sistemas com machine learning para filtrar seus dados operacionais, o que exige análise cuidadosa de pontos como ética, segurança de endpoints e uso de repertório organizacional para alimentação de algoritmos. 

Por fim, conforme os aplicativos e interfaces passam a se tornar aspectos fundamentais na educação, no lazer, na comunicação entre as pessoas e no acesso a serviços como bancos, plataformas de trabalho e transporte, o setor de desenvolvimento de software exige a qualificação de seus profissionais em segurança da informação, tornando seus protocolos de funcionamento adequados à legislação e às boas práticas do setor de tecnologia.

Como Ingressar na Carreira de Segurança da Informação

Uma carreira em Segurança da Informação é uma carreira de destaque, com múltiplas oportunidades de trabalho para interessados em gestão e tecnologia. É uma carreira pouco tradicional, mas, ainda assim, é importante seguir algumas diretrizes ao se inserir no mercado de trabalho.

Preparação para o mercado de trabalho

Em primeiro lugar, é preciso ter uma base de conhecimentos que seja aplicável à carreira em Segurança da Informação. Existem diferentes caminhos para começar, como uma graduação ou pós-graduação em tecnologia, cursos livres e qualificação oferecidas por órgãos digitais.

Um exemplo é o curso aberto gratuito de Fundamentos da Segurança da Informação na Transformação Digital, oferecido pela Enap.

Muitos profissionais interessados nesse segmento são profissionais já inseridos em uma carreira de tecnologia, como engenheiros de software e administradores de rede, já que a Segurança da Informação se destaca entre as profissões mais buscadas por empregadores. Nesse sentido, uma boa opção pode ser cursar uma pós-graduação em Arquitetura e Governança de Dados, Compliance e Gestão de Riscos ou Defesa Cibernética .

mulher olhando para tablet com símbolo de cadeado acima
Quem quer atuar com segurança pode fazer pós-graduação em Defesa Cibernética

Estratégias de busca de emprego e networking

Outro ponto importante é pensar no networking e integração com outros profissionais do setor. É uma área em crescimento, ou seja, as organizações estão cada vez mais em busca de profissionais qualificados. Para destacar seu perfil, é importante ter contatos e divulgar suas qualificações em busca de indicações e oportunidades de projetos.

Acompanhamento de mercado

Para ter uma carreira em Segurança da Informação é essencial ter uma visão clara das tendências do mercado de tecnologia e quais desafios elas apresentam para o setor da segurança.

O profissional deve se manter atualizado nas transformações, participando de eventos, lendo artigos e notícias e acompanhando portais especializados.

O que é preciso para uma trajetória em Segurança da Informação?

Graduação para atuar em Segurança da Informação

O primeiro passo para começar sua carreira em Segurança da Informação é buscar uma faculdade em Segurança da Informação. Existem diferentes opções de curso superior que se encaixam nessa carreira, a depender dos principais interesses de cada aluno.

A primeira opção é um curso tecnólogo de Segurança da Informação. Com cinco semestres de duração, essa modalidade de graduação é uma forma mais rápida de inserção no mercado de trabalho, colocando as disciplinas especializadas como foco da proposta pedagógica. Algumas das disciplinas mais importantes da grade curricular são:

  • Algoritmos e Estrutura de Dados
  • Arquitetura e Organização de Computadores
  • Direito Cibernético
  • Segurança de Sistemas Operacionais de Arquitetura Fechada
  • Computação Forense 
  • Criptografia
  • Governança de Tecnologia da Informação 
  • Green IT
  • Segurança de Sistemas de Bancos de Dados
  • Segurança de Tecnologias Web
  • Segurança Defensiva – Blue Team 
  • Segurança Ofensiva – Ethical Hacking – Red Team

Outros cursos que podem ser uma porta de entrada para sua carreira em Segurança da Informação são: Cibersegurança, Arquitetura de Dados, Ciência de Dados, Engenharia da Computação e Gestão da Tecnologia da Informação .

Habilidades necessárias

Além do conhecimento técnico, um aspecto chave de um bom especialista em segurança da informação é ter as habilidades interpessoais que o qualificam para atuar em diferentes setores. 

É importante lembrar que parte do trabalho exige interação direta com gestores e colaboradores de outras áreas nas organizações, por exemplo. Ao criar uma política de autenticação segura, o gestor de segurança da informação precisa levar em consideração como está comunicando as mudanças e treinando os profissionais da organização para cumprir as exigências. Aqui, clareza, paciência e diálogo são essenciais para o sucesso da implementação.

Uma carreira em segurança da informação também pode ser focada na implementação e monitoramento de sistemas de informação, além de análises e mitigação de risco. Para ser um bom profissional nessa área, é essencial ter capacidade de resolução de problemas, pensamento crítico e analítico

A gestão, principalmente para quem trabalha com criação e segurança de redes e dispositivos, é uma habilidade muito valorizada. Saber organizar e utilizar recursos, buscar estratégias de inovação e criatividade em soluções de desafios faz toda a diferença no perfil profissional.

Responsabilidade, ética e organização fazem toda a diferença na rotina de qualquer profissional, mas os especialistas em segurança da informação, principalmente consultores autônomos, devem dominar esses aspectos para oferecer os serviços adequados a seus clientes, focando em estratégias de prevenção.

A principal característica necessária para uma carreira em segurança da informação é o interesse e a curiosidade pela tecnologia. Com os avanços tecnológicos em alta, o profissional deve se manter atualizado às novidades, tanto para serem usadas de forma estratégica na mitigação de riscos quanto para analisar quais riscos elas apresentam para os usuários.

Certificações e licenças específicas

Por ser um segmento em constantes mudanças, espera-se que o profissional de segurança da informação esteja sempre buscando formação continuada e certificações que demonstram atualização com as exigências do mercado. 

Existem múltiplas organizações formativas internacionais que visam qualificar profissionais no mundo todo e registrar perfis adequados para empresas e organizações que buscam expertise na segurança da informação. Uma delas é o Consórcio Internacional de Certificação em Segurança de Sistemas da Informação (ISC2). Ele organiza e fiscaliza a  certificação CISSP (Certified Information Security Professional), de validade internacional, criada para profissionais com cinco anos ou mais de experiência. 

O aluno pode fazer cursos livres online e baixar os documentos relacionados à certificação para estudar em seu tempo, inserindo a atualização profissional na rotina. A partir daí, pode agendar a realização da prova, que aborda conceitos fundamentais e práticas necessárias para o crescimento na carreira em segurança da informação.

Depois de obter a certificação, o profissional está qualificado para cargos como Gestor de Cibersegurança e Consultor em Segurança de Sistemas da Informação em empresas do mundo todo. Ou seja, a certificação continuada é uma ótima forma de ampliar as oportunidades de carreira.

Como se qualificar em Segurança da Informação

Com tudo o que você aprendeu sobre a carreira em Segurança da Informação, o setor mostra que é uma grande oportunidade para quem busca uma trajetória de crescimento. É preciso levar em consideração não apenas as habilidades técnicas, mas também desenvolver as competências necessárias para levar seu conhecimento a empresas de diversos setores.

Investir em sua educação teórica prática e se manter atualizado com o mercado são os primeiros passos para começar na área. 

Veja também: conheça a carreira em Cibersegurança!

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Se você se interessa por tecnologia, gestão e segurança, esse segmento pode ser para você. Com oportunidades para inciantes e profissionais de tecnologia pensando em uma mudança de foco, a carreira em Segurança da Informação é o futuro. 

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