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Cotas raciais: o que são e como elas funcionam?

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As cotas raciais são ações aplicadas pelo Governo Federal do Brasil para reduzir as desigualdades econômicas, educacionais e sociais entre cidadãos de diferentes raças. Esse sistema de cotas é um avanço na luta contra injustiças históricas fomentadas por sentimentos racistas — algo que envergonha e entristece a sociedade brasileira.

Neste artigo, nos aprofundaremos no conceito e no funcionamento das cotas raciais nas faculdades. Mostraremos também alternativas para aqueles que não têm os requisitos necessários para ingressar nesse sistema. Acompanhe os próximos tópicos que nós da Anhanguera preparamos!

O que são as cotas raciais?

Infelizmente, durante muitos anos, cursar o ensino superior era uma oportunidade para poucos. Devido a injustiças sociais que duraram vários séculos, e que não terminaram com a sanção da lei abolicionista, uma grande parcela da população brasileira não branca apenas sonhava com a possibilidade de ingressar em uma faculdade.

Entre os muitos obstáculos que impediam e ainda impedem esse objetivo, estão a falta de acesso a um ensino escolar de qualidade, a renda familiar muito baixa e até mesmo a discriminação racial. Por todos esses motivos, era possível “contar nos dedos” os estudantes negros, pardos e indígenas que conseguiam um diploma de graduação.

Esse triste cenário da educação superior no Brasil começou a ser modificado com a aprovação da lei n0 12.711/2012 – conhecida como lei das cotas. Como dito no início do artigo, o objetivo dessa legislação é diminuir a desigualdade educacional entre etnias raciais. Será que a meta foi cumprida?

A resposta é um orgulhoso sim! De acordo com a pesquisa “Desigualdade Sociais por Cor ou Raça no Brasil”, produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de alunos negros e pardos que ingressaram no ensino superior foi de 50,3%. Essa margem superou à de estudantes brancos.

Por que cotas raciais existem?

Apesar de ficar evidente que as cotas raciais visam “abrir as portas” do ensino superior aos negros, pardos e indígenas, o impacto do sistema vai muito além dessa definição. Como assim? É importante lembrar que a educação tem a finalidade de desenvolver o indivíduo para que exerça a sua cidadania.

Quando isso acontece em uma escala cada vez maior, a nação conta com pessoas atuantes que promovem o bem-estar e o progresso da sociedade. Outro impacto das cotas raciais é possibilidade de mudança na realidade de gerações futuras. Atualmente, segundo uma triste estatística apresentada em um artigo do site Agência Brasil, a população negra tem o maior número de desempregados do país.

Quando um estudante, por meio desse sistema de cotas, se forma em uma faculdade, a possibilidade de conseguir um bom emprego e progredir na carreira aumenta consideravelmente.

Então, começa uma transformação na vida acadêmica, profissional e pessoal. Com uma condição social mais favorável, o formado pode dar aos seus filhos um futuro melhor, longe da linha de pobreza e de marginalização.

Podemos citar ainda outro efeito positivo das cotas raciais: o reconhecimento do lugar dos negros, pardos e indígenas na cultura nacional. Dessa forma, esses grupos tornam-se capazes de realizar debates, fazer pesquisas e apontar soluções — ou seja, ter sua “voz” ouvida e respeitada — que ajudam no progresso nacional.

Por fim, as cotas raciais “tocam na raiz” do preconceito ao fomentar o processo de convivência entre as raças no ambiente acadêmico. Por exemplo, os jovens aprendem, desde a sua formação, a importância da pluralidade racial, bem como o respeito às diferenças e ao próximo.

Como as cotas raciais funcionam?

De acordo com as regras oficiais da lei das cotas, ao abrir inscrições para o vestibular, 50% das matrículas disponibilizadas por curso ou turno das faculdades federais devem ser reservadas para estudantes menos favorecidos, como negros, pardos e indígenas. Para que tenham acesso a essas vagas, os interessados precisam assinar a “Autodeclaração Étnico-Racial”.

Dentro desses 50%, existem aspectos que dividem o número de vagas, como: faixas de renda familiar (menor/maior ou igual a um salário mínimo) e se o aluno estudou ou não em escola pública. Os outros 50% de matrículas fazem parte da categoria “ampla concorrência”.

Quais são as alternativas de ingresso para quem não se encaixa nas cotas?

Embora as cotas raciais facilitem a entrada de estudantes na faculdade, nem todos preenchem os critérios para se beneficiar desse sistema. O que esse grupo pode fazer para realizar o sonho de cursar uma graduação? Um modo fácil é realizando o vestibular online de uma faculdade privada de qualidade.

Ao optar por essa seleção, o aluno realiza a prova, por meio de um dispositivo eletrônico, não importa em que lugar esteja. O tempo de prova, os assuntos exigidos e as questões seguem o mesmo modelo do vestibular presencial. Dentro de alguns dias, o estudante recebe o resultado da prova e pode seguir com a efetivação da matrícula.

Para facilitar ainda mais, é possível usar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para entrar na faculdade. Incrível, não acha? Para entender melhor como usar a nota do Enem, explicaremos alguns detalhes. É importante ressaltar que o estudante precisa ter realizado a prova após o ano de 2010 e tenha alcançado uma nota mínima.

Aqui na Anhanguera, na prova de conhecimentos e na de redação, a pontuação deve ser superior a 200 pontos para substituir a nota do vestibular da nossa instituição. Caso esse critério tenha sido alcançado, basta que o aluno comprove o desempenho apresentando uma cópia da relação dos pontos no Enem.

Sem dúvida, podemos dizer que essa possibilidade prática de ingressar na faculdade é um meio de inclusão e de democratização. Afinal, todos podem iniciar a graduação mesmo que não estejam dentro do sistema de cotas raciais.

Cotas raciais: um importante avanço na busca pela igualdade

Enfim, a igualdade entre as raças promove a paz e o progresso de uma nação. Conforme vimos neste artigo, iniciativas como o sistema de cotas raciais são um caminho para o fim da discriminação racial. Porém, cabe a cada um de nós mostrar que o nosso respeito pelo próximo não depende da cor da pele.

O que achou do artigo? Conseguiu entender como funcionam as cotas raciais? Gostaria de iniciar os seus estudos, mas não se encaixa nas regras desse sistema? Então, venha para a Anhanguera. Faça sua inscrição!

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