A arquitetura de dados é uma área que está em alta, muito importante para lidar com o grande volume de informações geradas diariamente. Afinal, com o avanço da tecnologia, os consumidores migraram significativamente para os canais online e a demanda por profissionais especializados em data analytics, só aumenta.
De fato, as empresas naturalmente sempre geraram grandes volumes de dados. Porém, agora, essas informações são produzidas no meio digital, em aplicativos, sistemas bancários e demais plataformas.
Sendo assim, é indispensável que a organização colete, trate e analise esses dados, a fim de tomar decisões assertivas. Neste cenário, entram os profissionais desta área e o arquiteto é um deles.
Reconhecendo a importância e o crescimento da profissão, preparamos um guia completo sobre a carreira em arquitetura de dados. Quer saber se essa é realmente a trajetória profissional ideal para você? Continue a leitura e descubra!
Conheça a carreira de Arquitetura de Dados
Apesar de ser uma carreira nova no mercado, o profissional em Arquitetura de Dados é quem projeta e organiza a infraestrutura de dados de uma empresa, permitindo que as informações sejam integradas de forma eficiente e segura.
É importante ressaltar que muitas pessoas confundem o engenheiro de dados com o arquiteto de dados, mas suas funções são diferentes. Enquanto o arquiteto planeja como os dados serão organizados e conectados, o engenheiro constrói e mantém o fluxo de dados na empresa.
Na prática, o arquiteto de dados cria modelos que organizam e integram informações de diversas fontes. Ele desenvolve a arquitetura de Data Warehouses, Data Lakes, e outros repositórios de dados.
Os repositórios de dados são sistemas onde as empresas guardam grandes volumes de informações para poder acessar e usar depois.
Esse armazenamento pode ser de diferentes formas, dependendo da necessidade da estrutura. Para análises rápidas, utiliza-se um Data Warehouse e para armazenar dados brutos e variados, um repositório Data Lake.
Um outro pilar da arquitetura de dados é a técnica de modelagem dimensional, que estrutura os dados em dimensões e fatos, simplificando o acesso e a compreensão das informações. Essa técnica e métodos como Data Vault 2.0 e Kimball Group permitem a criação de arquiteturas de dados seguras e bem estruturadas.
Os arquitetos de dados também trabalham com tecnologias como ETL (Extract, Transform, Load) para mover e transformar dados. Junto à equipe de análise e engenharia de dados, esses profissionais alinham soluções às necessidades de negócio e desempenho dos sistemas.
Cargos e especializações em Arquitetura de Dados
A área de gestão de estruturas de dados, que engloba o Arquiteto de Dados, oferece opções variadas de cargos e especializações, dependendo do setor e das necessidades de cada organização.
Todos esses profissionais podem atuar desde o planejamento estratégico até a implementação e gestão de soluções complexas de dados.

Dessa forma, é interessante que o Arquiteto de Dados tenha conhecimento nos segmentos da área, como com Big Data (grande volume de dados que precisa ser processado e analisado), ETL (processo de extração, transformação e carregamento de dados) e Business Intelligence (BI) (uso de dados para apoiar a tomada de decisões).
Cada especialização requer habilidades específicas, como a criação de Data Warehouses e o desenvolvimento de pipelines de dados, processo automatizado que move dados de uma fonte para um destino.
A arquitetura de dados no setor privado
No setor privado, a arquitetura de dados é fundamental para apoiar a tomada de decisões estratégicas e otimizar operações.
Empresas de grande porte, como bancos e plataformas de e-commerce, utilizam ferramentas como Data Warehouses e Processamento Analítico Online (OLAP) para analisar grandes volumes de informações em tempo real.
Profissionais como o Arquiteto de Big Data e o Desenvolvedor de Pipeline de Dados são importantes para criar sistemas escaláveis e eficientes. Além disso, ferramentas oferecidas por provedores como Amazon Web Services (AWS) e Microsoft Azure também desempenham um papel fundamental no armazenamento e processamento dessas informações.
Além de AWS e Microsoft Azure, empresas como IBM e Google Cloud também oferecem tecnologias essenciais para o armazenamento e processamento de grandes volumes de dados.
No setor privado, além do Arquiteto de Dados, cargos como engenheiro de software de dados, analista de inteligência de dados e cientista de dados contribuem para o uso estratégico da informação.
A arquitetura de dados no setor público
Já no setor público, a função é basicamente a mesma, porém o foco é a gestão de grandes volumes de dados governamentais e a garantia de segurança e transparência.
Órgãos públicos utilizam sistemas como Apache Hadoop (um conjunto de ferramentas que permitem o processamento de grandes volumes de dados distribuídos entre vários servidores) e soluções de Governança de Dados para organizar e proteger suas informações.
A arquitetura de dados para quem é empreendedor
Para empreendedores, a arquitetura de dados oferece uma oportunidade de transformar dados em informações relevantes para o negócio. Mesmo em pequenas empresas, o uso eficiente de dados gera muita vantagem competitiva.
Uma loja de roupas online pode usar uma ferramenta de BI para analisar dados de compras e descobrir que seus clientes compram mais no fim do mês e preferem itens com desconto, por exemplo. Com essas informações, a empresa lança promoções estratégicas, aumentando as vendas e melhorando o estoque de produtos mais vendidos.
Ferramentas de BI e análise de dados permitem que os empreendedores entendam melhor o comportamento dos clientes e aprimorem suas estratégias de mercado. Profissionais como o analista de BI e o consultor de dados podem ajudar na criação de soluções personalizadas.
Dessa forma, o Arquiteto de Dados pode atuar de maneira autônoma, voltado para os pequenos empreendedores.

Salários e Benefícios
Os salários para profissionais de arquitetura de dados variam conforme a experiência, o porte da empresa e o mercado local.
Um arquiteto de dados pode ganhar entre R$ 8.000,00 e R$ 16.000,00 no Brasil, conforme o Glassdoor.
Para quem domina outras tecnologias, Machine Learning e inteligência artificial, por exemplo, os salários podem ser ainda maiores.
Afinal, o uso da IA está em alta, pois eleva a qualidade da extração e da análise de dados e permite que sistemas aprendam e melhorem automaticamente esses processos.
Além dos salários atrativos, profissionais dessa área recebem benefícios adicionais e algumas empresas de tecnologia também costumam oferecer oportunidades de trabalho remoto, horários flexíveis e subsídios para treinamentos e certificações.
Outro fator importante é o incentivo ao desenvolvimento profissional. Alguns institutos investem em cursos de atualização com certificações e eventos, como os promovidos pela Data Warehouse Institute (DWI) e DAMA International (Data Management Association). Essas organizações têm o intuito de promover melhores práticas na gestão de dados.
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Cultura e desafios da carreira
A carreira em arquitetura de dados, como toda profissão, exige constante atualização. Com a evolução rápida das tecnologias, esses profissionais precisam estar sempre prontos para aprender novas ferramentas e técnicas.
Além disso, o fato da área de dados sempre estar conectada com outros setores da empresa exige que o profissional tenha boa comunicação e flexibilidade. Isso porque é preciso traduzir termos técnicos em informações de valor para gestores e demais colaboradores.
Outro desafio é equilibrar a inovação com a segurança e integridade dos dados, garantindo que eles sejam utilizados de forma eficiente e ética.
Sindicatos e Associações Profissionais
Embora ainda não exista sindicato específico para arquitetos de dados, os profissionais se beneficiam de sindicatos e associações que oferecem suporte, networking e desenvolvimento profissional da área de tecnologia. São eles:
- SINDPD (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação) – atende profissionais de TI no Brasil, oferecendo apoio trabalhista e benefícios;
- ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) – Associação brasileira que promove o desenvolvimento da indústria de software e serviços de TI no Brasil;
- DAMA International (Data Management Association) – Associação global focada em melhores práticas e desenvolvimento profissional na gestão de dados;
- Data Warehouse Institute (DWI) – Oferece certificações e eventos focados em Data Warehousing e Business Intelligence;
- ABRADI (Associação Brasileira dos Agentes Digitais) – Apoia empresas e profissionais do setor digital, promovendo boas práticas e inovação no setor de tecnologia.
Regulamentações e ética profissional
Seguir as regulamentações é um aspecto indispensável importante na arquitetura de dados, especialmente a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil. Os profissionais devem garantir que os dados coletados e processados respeitem as normas de privacidade e sejam usados de maneira ética.

Além disso, o uso de dados deve ser transparente, com a utilização de boas práticas de governança de dados e responsabilidade social. Clareza sobre como os dados serão armazenados e protegidos, para evitar o uso indevido ou abusivo, é uma dessas práticas.
Do contrário, além de sofrer punições conforme a política da própria empresa, este profissional estará sujeito à LGPD.
Desafios e perspectivas futuras
A arquitetura de dados enfrenta desafios crescentes com o aumento da migração de empresas de todos os setores para o meio digital.
Neste contexto, implantar uma estrutura de arquitetura de dados corporativa eficiente exige tanto conhecimento técnico e específico, no que diz respeito ao segmento da empresa.
Sendo assim, o mercado para o desenvolvedor de ETL também tende a aumentar, por exemplo, pois estes profissionais têm a tarefa de manter o fluxo de dados eficiente, especialmente com o volume de dados em constante crescimento.
Porém, um dos maiores desafios futuros será equilibrar as metodologias de Bill Inmon e Ralph Kimball , dois grandes pioneiros na área. Inmon defende uma centralização de dados em Data Warehouses, enquanto Kimball propõe o uso de Data Marts para análises específicas.
Enquanto o Data Warehouse é amplo e centralizado, o Data Mart simplifica o acesso aos dados para análises mais focadas e imediatas, ajudando equipes a tomarem decisões mais rápidas sem depender de todo o volume de dados da empresa.
Como ingressar na carreira de Arquitetura de Dados
Ingressar na carreira de arquitetura de dados exige uma combinação de conhecimento técnico e uma estratégia clara para se destacar no mercado.
Para isso, é importante seguir algumas etapas essenciais, como se preparar adequadamente, usar boas estratégias de networking e construir um portfólio que demonstre suas habilidades.
Se especialize
A primeira etapa para entrar no mercado de arquitetura de dados é adquirir conhecimento técnico em áreas como modelagem de dados, bancos de dados e ferramentas de ETL. Investir em certificações e cursos focados, como SQL, Hadoop e gestão de dados, ajuda a fortalecer o currículo.
Especializações em Data Science e DataOps também são vantajosas para, especialmente no suporte a operações contínuas e automáticas de processamento e análise.
Lembre-se de que, quanto mais você se especializar nas subáreas relacionadas a dados, mais chances terá de conseguir boas oportunidades.
Faça boas conexões
Além de habilidades técnicas, ter boas estratégias para fazer boas conexões também é importante.
Participar de eventos e se conectar com profissionais experientes pode abrir portas no mercado. Além disso, a utilização do LinkedIn facilita a troca de experiências e o acesso a oportunidades.
Acompanhe profissionais de referência na área de dados, recrutadores e fique de olho nas publicações das empresas que oferecem vagas na área de dados.
Prepare um bom portfólio
Ter um portfólio bem estruturado é indispensável para diferenciar os demais candidatos. Destaque suas experiências, cursos e projetos reais que participou.
Outro ponto importante é detalhar as ferramentas e metodologias utilizadas nos projetos, demonstrando sua experiência prática e ajudando a transmitir confiança para recrutadores e empresas.
Caminhos para área de Arquitetura de Dados
Atualmente, na área de arquitetura de dados, existem graduações de nível superior tecnólogo. Porém, são cursos um pouco mais longos e abrangentes.
Já as especializações e os cursos técnicos são mais curtos e objetivos, focados em áreas específicas de dados. Dessa forma, são mais interessantes para quem deseja ingressar mais rapidamente no mercado de trabalho.
Para ingressar em ambos os tipos de formação, é necessário ter o ensino médio completo.
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