Trote universitário: como ter uma experiência saudável?

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Você já deve ter visto algumas notícias sobre trote universitário que não são muito animadoras, não é verdade? De fato, o ritual carrega um histórico polêmico, com casos que passaram dos limites, desde brincadeiras vexatórias até práticas violentas.

Diante disso, de uns tempos para cá, grande parte das instituições de ensino superior passou a ter mais cuidado com o trote universitário. Hoje vemos que, com consciência e empatia, os trotes podem, sim, ser divertidos e saudáveis.

Está curioso para saber como funciona um trote universitário? Então, entenda o que é essa prática e conheça alternativas positivas para a recepção dos calouros na faculdade!

Entenda o que é o trote universitário

Trote universitário é um ritual com o objetivo de recepcionar o estudante que acaba de ingressar na faculdade. O calouro, que você deve conhecer como “bicho”, passa por uma série de brincadeiras feitas por seus veteranos. A intenção é gerar interação entre os alunos, marcando com alegria seu início nessa jornada.

Embora essa seja a definição de trote universitário, na prática existem alguns casos envolvendo humilhação, agressões e abusos. Contudo, nem todo trote é ruim. Dependendo do tipo e do objetivo das atividades, o evento pode oferecer uma experiência bem interessante para o calouro.

Conheça o objetivo do trote com o calouro na faculdade

O trote universitário é uma prática comum na maioria das instituições de ensino superior, inclusive aqui na Anhanguera. As atividades propostas podem ser de vários tipos, sendo que a intenção, a princípio, é a diversão e o entrosamento.

Há o clássico trote em que o cabelo dos meninos é raspado, para identificá-los como calouros. Outra brincadeira antiga é pedir dinheiro nos semáforos. Os veteranos alegam que o valor arrecadado é para fazer uma festa para todos depois. E pintar o rosto e as roupas de tinta também faz parte da comemoração.

Além desses rituais considerados mais leves, há outros bem polêmicos. É o caso da brincadeira do elefantinho, em que os alunos formam uma fila, segurando a mão um dos outros por baixo das pernas, tendo que caminhar determinada distância dessa forma.

Há também os veteranos que obrigam os novatos a tomarem bebida alcoólica, mesmo contra a vontade; outros que submetem as mulheres a desfiles e a leilões, criando uma situação de constrangimento e podem ocorrer agressões contra quem se recusa a participar.

Infelizmente, quando o trote universitário chega a esse ponto, os alunos correm sérios riscos de saúde, integridade física e psíquica e até de vida. Então, o que era para ser um momento de comemoração e boas-vindas acaba virando trauma e catástrofe.

Confira os riscos do trote universitário tradicional

Vez ou outra o noticiário mostra casos gravíssimos de crueldade nas recepções aos calouros. Entre internações, coma alcoólico, espancamento, queimaduras por materiais corrosivos e outros absurdos, a desistência da faculdade foi a menor das consequências do trote universitário tradicional.

Um dos casos mais extremos foi o que levou à morte um calouro do curso de Medicina, em São Paulo, em 1999. Ele morreu afogado porque foi obrigado a entrar em uma piscina mesmo sem saber nadar.

Os trotes cruéis e abusivos são uma expressão de poder, em que o veterano se sente superior e faz de tudo para humilhar o calouro. Muitas vezes, essas práticas estão ligadas ao preconceito, ao machismo, ao racismo e à homofobia, configurando uma evidente prática de opressão e de exclusão.

Diante disso, vale lembrar que esses casos não só acarretam riscos como são considerados casos de criminalidade. Isso mesmo! Sabia que esse tipo de trote universitário é crime?

Apesar de não existir uma lei federal específica, com o Código Penal, a legislação brasileira ampara pessoas que sofrem casos de ameaça, lesão corporal, constrangimento e outros tipos de violência. Caso isso ocorra, é possível denunciar o opressor, que deverá ser responsabilizado e punido legalmente.

Além disso, nos estados de Minas Gerais e de São Paulo já existe lei específica que proíbe o trote violento. Portanto, é preciso urgentemente que a sociedade se conscientize e pare com essa prática. Há maneiras muito mais saudáveis e seguras de fazer um trote universitário.

Veja alternativas positivas ao trote

Lendo até aqui, você deve estar achando que passar pelo trote universitário não é uma boa, não é verdade? Mas calma! Quando chegar sua vez de começar uma graduação, você não precisa ficar de fora das brincadeiras — caso não queira.

Hoje, há um maior movimento de repúdio aos trotes abusivos, contribuindo para que eles sejam combatidos. Existem diversos exemplos de trotes universitários saudáveis.

Além disso, as faculdades podem ter um funcionamento próprio em relação a essa prática. Algumas, por exemplo, proíbem os trotes. Outras exigem práticas positivas e mudanças no modelo tradicional.

Veja como é possível criar atividades mais adequadas ao clima de confraternização que todo trote universitário deve ter!

Ações de integração

O trote saudável tem o papel importante de ajudar na integração entre os alunos. Uma forma de fazer isso é com ações colaborativas entre veteranos e novatos.

Os alunos antigos podem formar grupos com calouros, fazendo um tour para mostrar o campus. Também podem apresentar palestras sobre os cursos, orientando e dando informações importantes.

Na recepção, os veteranos podem, ainda, distribuir um manual do calouro, a fim de ajudá-los a se adaptarem à nova rotina universitária. De quebra, essas atividades ajudam a criar amizades entre os alunos.

Gincanas e dinâmicas

Atividades de cunho pedagógico também são muito bem-vindas no trote universitário. No início, muitos alunos se sentem tensos e ansiosos. Assim, gincanas e dinâmicas com os calouros, por exemplo, costumam gerar descontração e entrosamento.

Atividades educativas, como ações de sustentabilidade (oficinas de reciclagem e plantio de árvores, por exemplo), também são muito benéficas.

Atividades solidárias

Existem várias maneiras de criar um trote solidário, como:

  • arrecadação de alimentos, roupas e brinquedos para instituições de caridade;
  • campanha e mutirão para doação de sangue;
  • visitas a instituições de assistência social, como orfanatos, creches e asilos;
  • prestação de trabalho voluntário.

Além de ser um aprendizado para o aluno, que entra em contato com outras realidades, ele pratica o bem a outras pessoas.

Saiba como engajar a turma e entrosar

Além dessas ações, um trote universitário saudável deve, antes de tudo, entrosar os novos alunos, envolvê-los nas atividades da faculdade e trazer diversão para esse momento.

Para isso, um dos pontos essenciais é saber respeitar. Os casos trágicos que ocorreram devem servir de lição para que nunca mais aconteçam. E bom senso nunca é demais. Medir as brincadeiras, evitar exageros e não ultrapassar o espaço e o direito do outro é fundamental.

Por isso, se você está prestes a se tornar um calouro, saiba que não deve se sentir obrigado a realizar as tradicionais brincadeiras. É importante se posicionar, mostrar seus limites e, se necessário, denunciar qualquer prática vexatória ou violenta.

Por fim, lembre-se de escolher uma entre as melhores faculdades disponíveis, que se preocupe com o aluno e busque priorizar o seu bem-estar. Aqui na Anhanguera, temos empatia e oferecemos apoio aos estudantes para garantir uma experiência de trote incrível.

Confira outras dicas para se dar bem nos primeiros dias de faculdade:

Agora que você sabe que é possível ter um trote universitário saudável e já sabe como se guiar durante o primeiro período, que tal compartilhar este artigo nas suas redes sociais? Promova a conscientização, espalhando essa ideia!

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