Entrevista: o futuro do marketing de conteúdo por Luiza Pagani

entrevista marketing de conteúdo

Para quem gosta de escrever e de se comunicar, o mercado vem abrindo muitas portas nos últimos anos. São empresas que buscam profissionais capazes de informar e engajar pessoas na internet com textos práticos, diretos e surpreendentes.

Você já pensou em seguir essa carreira? Nesta entrevista sobre Marketing de Conteúdo, convidamos Luiza Pagani, consultora de conteúdo e especialista no Banco Inter, para falar um pouco de suas experiências na profissão e as tendências para os próximos anos. Confira!

O que fez você escolher essa profissão?

Nossa primeira pergunta para Luiza já mostra uma característica comum para o Marketing de Conteúdo: por ser uma especialização recente, muitas pessoas começam em outras áreas para só então migrar para essa função como freelancer ou dentro de empresas.

O Marketing de Conteúdo é uma estratégia que marcas utilizam para criar textos, vídeos, interações e podcasts que sejam interessantes, úteis e informativos para seu público geral.

A ideia é construir uma relação de confiança com esses clientes por meio de um relacionamento mais significativo, que envolve educação sobre temas e produtos relacionados àquela organização.

“Eu escolhi o curso de Letras por gostar mesmo da questão de escrever e ler, por preferência, e acabei caindo no mercado do Marketing Digital e de Conteúdo no meu primeiro estágio. Foi ali que as portas começaram a se abrir e estou aqui até hoje”, ela comenta.

Para a entrevistada, o background em Letras foi importante em sua capacidade de interpretar e construir textos, mas não é fundamental para exercer a profissão.

Para atuar na área, é preciso não só saber produzir bons conteúdos, mas também fazer isso de uma maneira objetiva, interessante e informativa.

Fazer um curso especializado em Marketing de Conteúdo ajuda, mas você pode também aprender na prática, como Luiza fez.

Como foi o início da sua carreira?

Formada em Letras, Luiza entrou em contato com essa área ao estagiar em uma agência de Marketing Digital

“Eu atendia clientes como Oi, Tim, Algar Telecom e Banco BMG. Eram clientes bem grandes e a gente tinha uma pressão muito grande por entregas de qualidade. Isso é um ponto muito importante também no marketing de conteúdo: entregas de qualidade, mas dentro do prazo, se não a coisa não flui.”

Passando por empresas como Rock Content e Ingage, Luiza, que hoje trabalha para o Banco Inter e tem a própria empresa de consultoria, conta que esse equilíbrio entre bom conteúdo e eficiência no trabalho fizeram com que ela crescesse na profissão.

O que determina um bom conteúdo?

Uma coisa muito importante que surgiu durante a entrevista é algo que sempre confunde quem está pensando em entrar nessa área: Marketing de Conteúdo é sobre produzir textos com um objetivo específico e elaborados a partir da expectativa de um perfil bastante focado de leitor.

“É um choque de realidade quando você passa da teoria da faculdade para a prática,” a especialista nos conta. “Os textos com os quais eu lidava no dia a dia, o que eu tinha que escrever, eram bem diferentes do que eu aprendia na faculdade”.

Como Luiza analisa, são textos mais práticos, mais diretos e simples para a pessoa conseguir entender e absorver mais rapidamente.

“Um bom conteúdo é aquele que consegue entregar informação de valor para as pessoas, e ao mesmo tempo ser acessível. Não é uma coisa com a qual a pessoa fica se debatendo para entender, além de ter a questão do cumprimento de prazos. O marketing de conteúdo tem muito esse foco no prazo porque a gente não pode perder o timing de entregar um conteúdo em épocas específicas de mercado”.

Outra característica crucial de um bom conteúdo de marketing é ser feito com uma “mira laser” no tipo de pessoa que a empresa quer atrair.

“A persona nada mais é do que um personagem semifictício com quem vamos conversar e nos comunicar. Temos que entender muito bem essa personificação. Fazemos uma descrição dessa pessoa para identificarmos as necessidades dela e construir uma jornada até ela chegar no nosso produto”.

Portanto, podemos dizer que o Marketing de Conteúdo está para a literatura como o Design está para a Arte. É utilizar uma forma atraente de engajamento com uma função específica: informar, atrair, converter. Algo que é muito valorizado atualmente no mercado.

Existe alguma tendência de Marketing de Conteúdo surgindo?

Como Luiza aponta, o Marketing de Conteúdo é uma área muito dinâmica. Sempre estão surgindo novas tendências, principalmente em canais de comunicação como as mídias sociais.

“Não adianta querer testar todos os novos canais que surgem — só se isso fizer sentido para o seu negócio e sua persona. Às vezes, queremos atirar para todo lado e é aí que o foco é perdido. Vão surgir novas coisas, mas eu só vou adotar isso se fizer sentido para o meu negócio e para o rumo que eu quero tomar”.

E é importante notar também que estratégias de Marketing de Conteúdo levam tempo — no mínimo seis meses para resultados consistentes de atração.

Por isso, esse tipo de profissional deve se atentar sempre às novas tendências, mas sabendo que é preciso de um planejamento e estudo antes de adaptar estratégias. Não dá para tentar tudo ao mesmo tempo assim que uma nova moda aparece.

Quais conselhos você dá para quem está em busca de uma faculdade de Marketing de Conteúdo?

Para terminar, pedimos a Luiza que falasse um pouco sobre o que as pessoas precisam saber na hora de buscar uma faculdade e seguir carreira nessa profissão tão dinâmica.

Primeiro, ela fala sobre a grande armadilha que você deve evitar desde o começo: criar textos genéricos, que não se encaixam nos objetivos da empresa.

“O público-alvo é muito abrangente e com a persona queremos expressar o máximo de tudo que sabemos para conseguir ter alguém o mais próximo do real,” ela nos conta e continua.

“Temos que olhar para o abrangente, mas também é preciso seguir um caminho”. Esse equilíbrio é fundamental para o sucesso de quem trabalha com Marketing de Conteúdo.

Por fim, Luiza incentiva quem quer ingressar na área começar quanto antes. Não existe idade para produzir seus primeiros conteúdos profissionais.

“A dica que dou também, para quem procura estágio e emprego na área, é estar no digital. Estar no LinkedIn, por exemplo, é essencial.

Os últimos empregos que eu consegui foram pelo LinkedIn, não existe mais aquela coisa de entregar currículo no papel pessoalmente. Principalmente na era pós-pandemia, isso já era. A tendência é 100% online.”

Concluindo nossa entrevista sobre Marketing de Conteúdo, a especialista reforça que quem tem um bom texto, gosta de estudar pessoas e de se comunicar e sabe usar a informação como maneira de engajamento tem tudo para se dar bem na profissão.

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