A Libras (Língua Brasileira de Sinais) é extremamente importante para a inclusão de pessoas com deficiência auditiva no Brasil. Sua história é mais antiga do que muitos acreditam e tem sido cada vez mais aprendida, para promover maior acessibilidade para essas pessoas.
Entender a história dessa língua permite que possamos compreender sua importância e, porque é tão crucial que mais brasileiros dediquem-se a aprendê-la. Você tem interesse no assunto?
História da Libras
Diferentemente do que muitas pessoas acreditam, a Libras não é uma língua recente. A luta por educação de pessoas surdas começa na Europa, a partir do século XVI, para deixar de lado a ideia de que eram consideradas pessoas incapazes de aprender.
Os esforços para encontrar uma alternativa inclusiva começaram na França, a partir do clérigo francês Charles Michel de l’Epée. No século XVIII ele criou a Língua Francesa de Sinais. Composta de sinais e um alfabeto manual, possibilitou a inclusão de pessoas surdas no ambiente escolar.
Em 1857, o francês Eduard Huet, uma pessoa surda que lutava pela disseminação da língua de sinais, veio ao Brasil para fundar a primeira escola para surdos no país e que funciona até hoje: o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).
Foi a partir dessa iniciativa que a Libras foi criada no instituto, unindo a estrutura da Língua Francesa de Sinais e outros sinais que já eram adotados pelas pessoas surdas no Brasil naquele momento.
Contudo, seu reconhecimento como língua oficial no Brasil ainda demorou muito a acontecer, apenas em 2002.
A importância da Libras
A Libras é uma importante língua para proporcionar comunicação entre pessoas surdas e, também, com pessoas não-surdas. Além disso, muitos acessos a produtos, serviços, ensino, oportunidades de trabalho e, até mesmo, produtos de cultura é feito a partir dela.
Além disso, ela é um importante meio de reconhecimento da comunidade de pessoas surdas, que se unem em torno de características comuns — incluindo sua própria língua.
Outro ponto é que o aprendizado da Libras para pessoas surdas desde a infância permite o desenvolvimento de todas as competências cognitivas, afetivas e educacionais delas. Por isso é tão importante que seu aprendizado seja disseminado.
Diferenças regionais
Uma curiosidade: sabia que, tal como temos regionalismos no português, em Libras também encontramos essas diferenças? Pois é, um exemplo é a cor verde. Dependendo da região, você encontrará sinais diferentes para sinalizar essa cor.
No Rio de Janeiro, em São Paulo e em Curitiba você encontrará registros diferentes de sinais para essa palavra. Mas não é só essa a diferença, sabia?
Se você encontrar idosos utilizando a língua de sinais, poderá ver diferenças na comunicação deles em relação aos jovens. Para você ver que essas diferenças na língua acontecem em todas elas, não é mesmo?
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Aprender Libras é possibilitar um mundo melhor e mais inclusivo para as pessoas surdas. Então, mesmo que você não seja uma pessoa com deficiência, conhecer mais sobre ela é crucial.
E, ainda, poderá se tornar um intérprete de libras. Faça a formação na Anhanguera, com o AEDU Flash, nosso programa de assinatura de cursos. Com uma mensalidade única, você terá acesso a um mundo de conhecimento que ajudará em sua carreira.
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Uma pessoa com formação em Libras poderá trabalhar como intérprete em diferentes cenários e contextos. Um dos mais comuns e interessantes é atuar em instituições de ensino, fazendo a interpretação da fala dos professores na modalidade visual-espacial e, também, transmitindo ao educador as perguntas dos alunos surdos.
Ela também pode atuar como intérprete em produções audiovisuais (como vídeos para YouTube, TikTok, cinema, entre outras), em palestras, eventos, shows, exposições, para auxiliar na comunicação com pessoas surdas presentes nestes ambientes.
Para ser um intérprete de Libras, a pessoa deverá ter formação no curso de Comunicação em Libras ou, então, diretamente de Intérprete de Libras. Além disso, deverá buscar formação continuada, pois, por ser uma língua viva, ela pode passar por transformações e é importante estar ciente de todas elas.
O intérprete tem um papel essencial para inclusão e acessibilidade, então é uma carreira que está fortemente em expansão atualmente.
A Língua Brasileira de Sinais é uma língua própria da comunidade de pessoas surdas e que ajuda a estabelecer uma comunicação gestual-visual para quem tenha problemas auditivos. Ela proporciona inclusão e qualidade de vida para essas pessoas.
Além disso, uma língua própria fortalece os laços entre pessoas surdas, que se reconhecem como uma comunidade e proporciona senso de pertencimento para elas.
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