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Pai de primeira viagem: como construir laços e responsabilidade?

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A experiência de pai de primeira viagem pode ser igualmente maravilhosa e assustadora. É verdade que criança não vem com manual, mas há muitas referências para o significado de maternidade. Se tornar pai e assumir esse papel, no entanto, vem com o desafio da falta dessas referências.

A boa notícia é que atualmente a sociedade está mais consciente sobre a importância da paternidade ativa. Não é necessário mais começar do 0. Muitos pais estão compartilhando suas experiências e profissionais da educação infantil entendendo, incentivando e dando oportunidade para esse aprendizado.

Elaboramos o texto abaixo com base em estudos de desenvolvimento infantil, mas também na experiência de outros pais que passaram pelo mesmo que você passa agora. Você não está sozinho e queremos ajudar na sua rede de apoio através de conselhos e conhecimento.

Faça uma boa leitura.

O que é pai de primeira viagem?

pai de primeira viagem

O pai de primeira viagem é aquele que passará pela paternidade pela primeira vez em sua vida. É uma experiência maravilhosa que nada pode substituir, ao mesmo tempo que bastante desafiadora.

Não vamos julgar e comparar com a vida da mãe de primeira viagem, certo? Nosso foco aqui será a parentalidade consciente de um pai que deseja ser presente. Que entende que não existe “ajudar a cuidar”, porque ajuda quem dá é vó, vô, tios… pai faz a sua parte.

Vivemos em uma cultura complicada: abandono paterno é a regra no Brasil, com mais de 6% das crianças em 2020 nem terem recebido o nome do pai na certidão de nascimento. O abandono pós nascimento, muitas vezes até durante a adolescência, só aumenta.

Por esses e outros motivos, os desafios de mãe e pai de primeira viagem são diferentes. O homem não tem muitas referências parentais na sociedade para se inspirar ou descartar. Agora, não queremos levar este texto para um lado pessimista – é o contrário, as coisas podem melhorar e estão mudando. Afinal, você está aqui, lendo este artigo – uma bela atitude cada vez mais comum.

Seu filho ou filha agradecem, assim como o país todo. Afinal, o abandono parental tem consequências na educação da criança, na sua vida como adulto e na sociedade como um todo.

Continue lendo o texto para aprender mais sobre cuidados neonatais (caso não seja adotante), rotina do bebê e outros tópicos do seu interesse. Ah, e parabéns pela primeira gravidez! Será cada vez mais lindo!

Como ser pai de primeira viagem?

As dicas abaixo foram fornecidas tanto pelo estudo de pediatria e pedagogia quanto pela experiência de pais e mães. Aproveite para praticá-las não apenas com seu filho, mas também na interação com outras crianças ou também para divulgar com outros pais. Se quiser, envie este artigo para seus amigos que também serão papais.

Vamos às dicas:

Evite comparações – escute o pediatra

“Meu filho não está caminhando ainda”, “não está falando” etc. Evite comparações com seu bebê. Cada criança tem seu tempo e se o seu pediatra, se for um bom profissional, vai conseguir identificar e apontar irregularidades. Todo bebê tem seu tempo.

Inclusive, muito menos faça comparações na frente da própria criança. Não faça ela se sentir mal consigo mesma ou inferior. Acredite, mesmo sem falar, ela entende tudo.

Peça licença para mexer no seu corpo

Mesmo que seja seu filho, peça licença para mexer no seu corpo, trocar fralda e dar banho. É dessa forma que você estimula a criança a ter senso de limites, individualidade e segurança. Conforme seu bebê ficar mais velho, ele será mais dono de si e, principalmente, aprenderá a dizer não para os outros.

pai de primeira viagem

Não existe segredo do papai e da mamãe

Crianças devem ter total honestidade e abertura com os pais para mantê-los seguros contra complicações. É através de segredinhos que muitos problemas na infância passam despercebidos e nem estamos falando só dos piores casos. Criança não pode aprender a esconder nada dos pais.

Limpe da frente para trás

Quando for trocar a fralda do seu bebê, passe o pano umedecido da frente para trás. Dessa forma você evitará que sujeiras e bactérias do bumbum passem para a virilha etc. Se você tiver uma filha, o cuidado deve ser cinco vezes maior para evitar infecções na vagina.

Sempre tenha uma fralda extra

Na hora de passear e também de fazer a troca, tenha uma fralda extra à mão. “Acidentes” podem acontecer e deixar a criança suja no trocador enquanto você busca outra fralda não é uma boa ideia.

Tenha um espelho no quarto

Crianças aprendem cedo a se olhar no reflexo e inclusive a se admirar, o que estimula o amor próprio. Tenha um espelho no quarto do seu filho, na sala ou no seu próprio para que o bebê acesse e possa aprender sobre sua própria imagem.

Não ofereça celular

Muito se diz que a criança nasce usando celular. Não é bem verdade isso, acontece que elas nascem em uma época em que todos os adultos ficam grudados no aparelho à sua volta. Ela também quer saber o que é. No entanto, o contato precoce com o celular é extremamente desestimulante à criatividade e à interação com o mundo real, entre outros problemas que causa.

Faça exercícios e se alimente bem

Você mesmo deve se cuidar. Esteja em forma e cuide o que come, sob acompanhamento profissional. Essa atitude tem total relação com a paternidade. Afinal, por quantos anos você quer ter fôlego para correr atrás dos seus filhos, protegê-los de ameaças e ainda conhecer netos?

Tenha acompanhamento terapêutico psicológico

A paternidade é bastante desafiadora pelos problemas que já mencionamos. Você pode acabar “entrando em parafuso” se não tiver um profissional para conversar sobre suas próprias limitações. Psicólogos e psiquiatras são as pessoas adequadas para essa conversa.

O papel do pai para além do provedor

pai de primeira viagem

O papel do pai até hoje foi tratado principalmente como o de provedor. Esse problema fica ainda mais evidente quando percebemos que mesmo os que querem ser presentes, enfrentam obstáculos. A licença paternidade obrigatória, por lei, é de apenas 5 dias, ainda que as empresas possam oferecer períodos maiores, ainda mais se forem empresas cidadãs.

Empresa cidadã é um programa governamental para que empresas ofereçam licenças maternidade e paternidade por períodos maiores. É ótimo para curtir mais seu bebê recém nascido e participar dos cuidados.

No entanto, a briga por esses direitos é constante e essa mudança cultural deve partir tanto da sociedade quanto de você, pai, assumindo seu papel além de provedor. Não basta trabalhar e pagar conta, é necessário estar presente na vida dos filhos em todos os momentos.

Mas, afinal, o que um pai pode fazer além de trabalhar? Essa é a pergunta que vamos responder abaixo:

O papel do pai na gravidez

O papel do papai durante a gravidez é dar o suporte emocional para a mamãe enquanto participa da preparação estrutural da vida de ambos. Arrumar o quartinho do nenê, fazer checklists de compras para a chegada e até mesmo planejar o chá de fraldas – que não é mais um evento exclusivamente feminino. Inclusive, aproveite para desenvolver habilidades de como trabalhar em home office com crianças em casa.

O papel do pai na hora do parto

O papel do pai na hora do parto é oferecer segurança para a mãe e isso não significa apenas deixá-la tranquila quanto ao sucesso do nascimento. Existem muitos casos de violência obstétrica, tanto física quanto psicológica, e é seu papel estudar sobre o assunto para evitar que aconteça e cause um trauma durante um momento tão importante.

O papel do pai na amamentação

Você não produz leite, mas pode usar a mamadeira. Papais podem oferecer o leite materno dessa forma, então aprenda a conservar, esquentar e dar mamá. Se for a vez de mamar no peito, ofereça suporte para a mamãe alcançando a almofada de amamentação, ajudando-a ficar mais confortável e, claro, fazendo companhia.

O papel do pai na educação dos filhos

pai de primeira viagem

É muito importante que o pai seja um participante na vida escolar da criança. Esteja presente nas reuniões com os professores, confira a agenda de tarefa de casa, estude para ajudar seu filho nas provas e aprenda a manter um estoque de papel crepom e cartolina.

Esse envolvimento fica ainda mais importante durante a adaptação escolar. Aprender a sair de casa e criar laços com outras crianças é muito importante, afetando diretamente no desenvolvimento do seu filho. Com isso, virá novos desafios e a mamãe não precisa lidar com eles sozinha.

Com quantos meses o bebê reconhece o pai?

Os bebês conseguem distinguir a imagem do pai aos 6 meses de vida e a voz aos 8 meses. Esses valores são médias de referência e não devem ser usados como regra absoluta. Interaja com seu filho desde a gestação, converse e cante para o neném, mantenha-se presente e com o tempo o bebê fortalecerá o vínculo com você. 

Livros para pais de primeira viagem

Indicar livros sobre paternidade é delicado pelo fato de que cada pessoa tem sua realidade, visão de mundo e entendimento sobre educação. No entanto, traremos sim três boas referências entre os melhores livros para pais de primeira viagem.

Confira:

“O papai é pop” de Marcos Piangers

Marcos Piangers é um comunicador, jornalista e influencer que ganhou bastante espaço na mídia quando começou a estudar sobre paternidade e expor sua experiência. Virou uma referência de pai para muitas pessoas e neste livro ele conta sobre sua trajetória e como é fundamental a presença paterna na vida da criança em cada um dos marcos do desenvolvimento infantil.

“A Criança Montessori”, de Simone Davis

Simone Davis é uma profissional especialista em educação Montessori. Esse livro, que serve tanto para o papai quanto para a mamãe, vem com um método com passo a passo para cultivar a rotina do bebê de forma saudável e que estimula o desenvolvimento. É uma educação positiva que permite o bebê criar individualidade e obter autoconhecimento. 

“Não era você que eu esperava”, de Fabien Toulmé

“Mas que bom que você veio” é a frase que abre essa graphic novel autobiográfica de um pai que conta de forma honesta, amorosa e humilde como foi receber e entender sua filha que possui Síndrome de Down. Mesmo que não seja seu caso, essa obra é uma forte oportunidade para entender sobre o processo de aprender quem seu filho é e também reconhecer e abraçar os próprios limites.

Aplicativos para pai de primeira viagem

O celular é um bom aliado dos papais de primeira viagem, pois há vários aplicativos que ajudam nos cuidados de um bebê. Sabemos que você ainda terá custos pela frente e precisa pensar bem em como investir seu dinheiro, então trouxemos uma lista de apps gratuitos para ajudar a lidar com a paternidade. Confira:

  • Sprout Bebê: Se você é um papai desorganizado ou que até se planeja, mas quer uma ferramenta melhor do que uma agenda, esse é o seu app. Através do Sprout Bebê, você organiza e acompanha a rotina do bebê, de banhos a visitas ao médico.
  • Rastreador do bebê: Esse aplicativo funciona de forma bem similar ao Sprout Bebê, que citamos acima, mas com alguns diferenciais. Entre eles, está um foco maior no registro de acontecimentos, como dias em que nasceram os dentinhos, além de lista de contatos para você colocar médicos, rede de apoio, etc.
  • Hora do medicamento: Todo bebê vai precisar de uma atenção medicamentosa em algum momento e você não pode perder o horário. Através do app hora do medicamento, você será notificado quanto ao momento certo de dar o remedinho do neném.
  • BabyCenter: Esse aplicativo foi criado para que papais e mamães acompanhem o desenvolvimento de uma criança durante a gestação. Conforme o tempo passa, ele vai informando sobre o tamanho do bebê e partes do corpo que se desenvolveram. Claro, o app não faz um ultrassom do seu filho e os dados são fornecidos com base nos processos comuns de gestação. Espere notificações e e-mails como “agora seu bebê é do tamanho de uma manga”.

Como perder o medo de ser pai? 

pai de primeira viagem

O medo de ser pai não vai acabar de vez nem quando seu bebê for adulto. Nós sempre estaremos preocupados em fazer o melhor e achar que não fizemos o suficiente. No entanto, dá para mitigar o sentimento de forma prática, que é aprendendo mais sobre a paternidade.

Você precisa aprender a trocar fraldas com agilidade e a fazer o bebê dormir em todas suas fases. Isso é, com o tempo, ele mudará seus hábitos e “manias”. E esses cuidados não param por aí.

O pai deve estar presente na criação e educação do filho em todas as etapas e, assim, é normal sentir medo. Você só não pode deixar essas emoções paralisarem suas ações, é preciso agir. 

Uma boa forma de adquirir essas habilidades é através de cursos para pais de primeira viagem. Quando fornecidos por instituições de ensino respeitáveis, preparam você para além de trocar fralda – trazem a preparação para lidar com as emoções, aprender a chorar, descobrir o mundo na paternidade e criar vínculo forte e saudável com seu bebê.

Por exemplo, o Curso Paternidade Ativa, parceria da Anhanguera com a Revista Pais e Filhos. Trata-se de uma oportunidade de estudar e aprender conceitos e habilidades como:

  • O propósito do papel do pai: descubra a importância de ter uma boa relação com seu filho e como lidar com as cobranças e expectativas da sociedade sobre sua paternidade;
  • Novas emoções: permita-se abraçar todos os novos sentimentos que nascem junto com seu filho e que poucos pais falam;
  • Vínculos fortes: entenda toda a extensão do seu papel como pai, dividindo as tarefas e funções da rotina de cuidado do bebê, extremamente importante para criar esse vínculo;
  • Diferenças entre meninos e meninas:o que você como pai deve esperar e pode ofertar na educação e criação do filho conforme seu gênero, indo além de que cor de roupa cada um usa;
  • Aplicação prática: saiba como participar de forma prática na criação do seu bebê.

O curso funciona na modalidade EAD e traz um convite profundo a conhecer melhor sua nova missão de vida como pai. É uma jornada de autoaprendizado e autorreconhecimento acompanhada de conhecimentos práticos para que sua paternidade aconteça da forma mais realista, amorosa e feliz possível.

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